A Sociedade Anarquista da Tchecoslováquia (Czechoslovak Anarchist Society – CAS) expressa solidariedade e apoio a todos os homens ucranianos que estão evitando a mobilização e o alistamento militar refugiando-se no ocidente. A UE estima que existam cerca de 750 mil ucranianos aptos a lutar, mas que se recusam a se alistar. Atualmente, a República Tcheca registra 94.643 homens com idade entre 18 e 65 anos, aos quais foi concedida proteção temporária relacionada à guerra na Ucrânia e que estão sujeitos à mobilização. Como anarquistas, temos grande empatia com esse imenso exército de pessoas que se recusam a morrer em uma guerra dos poderosos para promover os interesses imperialistas do Ocidente (EUA e UE) de um lado e do Oriente (Rússia e China) do outro. Nenhum de nós pode ser forçado, contra sua vontade, a pegar em armas e se tornar bucha de canhão!
O governo e os políticos ucranianos enfrentam uma escassez de mão de obra dispensável, e seu ministro de relações exteriores, Dmytro Kuleba, está descontente com o número de homens prontos para o combate no exterior. Entretanto, a recusa em lutar está mais disseminada do que nunca entre as pessoas da classe trabalhadora, mesmo na Ucrânia. Os estadistas poloneses e lituanos já declararam que estão prontos para ajudar a Ucrânia no retorno dessas pessoas. O ministro tcheco de relações exteriores, Jan Lipavský (Piratas), disse que a República Tcheca não apoia aqueles que estão fugindo do alistamento legal. O TOP 09 juntou-se ao SPD e à ANO. Ele busca devolver os ucranianos prontos para o combate contra sua vontade. O TOP 09 planeja discutir esse tópico nas próximas reuniões da coalizão governista. Essa proposta foi feita após mais de dois anos de guerra na Ucrânia por Ondřej Kolář, do TOP 09, filho de Petr Kolář, conselheiro do presidente Petr Pavel.
O Ministro do Interior, Vít Rakušan (STAN), confirmou que a coalizão está em discussões com a oposição sobre uma emenda legal chamada Lex Ukraine. No entanto, ele afirma que o retorno dos ucranianos prontos para o combate à Ucrânia está longe de ser simples devido ao direito internacional. “Se as pessoas já estão na UE e não tiverem cometido um crime nesse solo, há pouca chance de devolvê-las”, disse Rakušan, acrescentando que “neste momento, a repatriação devido à não obediência ao recrutamento em outro país simplesmente não é possível”.
Como anarquistas, protestamos contra as ações dos políticos tchecos e estrangeiros, que se esforçam para prolongar a guerra em vez de trabalhar para acabar com a morte de milhares de pessoas em um conflito geopolítico sem sentido, negociando um cessar-fogo e a paz! Protestamos contra as ações do governo ucraniano, que nunca se importou com os trabalhadores que agora quer enviar para os matadouros da linha de frente contra a vontade deles. Apoiamos todos os desertores (tanto russos quanto ucranianos) e aqueles que recusam a mobilização. Respeitamos a consciência de qualquer pessoa que decida não pegar em armas, não lutar e salvar sua própria vida e a de sua família. Nossas vidas são mais que os interesses de estados, nações e capital!
Se os ricos e os políticos querem ir para a guerra, eles mesmos deveriam vestir uniformes e ir para a linha de frente!
Nem um centavo e nem um homem para o militarismo e a guerra!
Fonte: https://anarchiste.org/solidarity-with-the-workers-of-ukraine-who-do-not-want-to-enlist/
Tradução > anarcademia
agência de notícias anarquistas-ana
Noite escura,
chuva fina esconde
a lua cheia.
Fabiano Vidal
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!