Uma história de sabotagem em dois volumes é uma oportunidade para explorar os muitos movimentos que se opõem a todas as formas de exploração e opressão. De ataques a fortificações durante a Idade Média, a incêndios contra antenas 5G hoje, passando por trenós em fábricas e a sabotagem da colonização, esses dois volumes nos permitem entender o que é sabotagem e por que ela ainda é relevante.
O volume 1 foi publicado em 25 de novembro de 2022
O volume 2 será publicado e entregue em novembro de 2024
Formato 14×21,6 cm
2 volumes de ~300 páginas
editionslibre.org
Descrição
No primeiro volume, trata-se de voltar às origens anarquistas da prática. Foi numa altura em que os militantes renunciaram ao assassínio político que foi tomada a decisão de minar a produção. Além da quebra de máquinas, a sabotagem também se manifesta na preguiça do trabalhador, naquele que demite voluntariamente, cruza os braços e, assim, retarda a produção, como Bartleby, personagem do conto de Hermann Melville que responde sistematicamente ao patrão: “Prefiro não fazê-lo”. Neste primeiro volume, a reflexão filosófica sobre as diferentes técnicas de luta cruza-se com as principais datas da sabotagem. Revoltas pouco conhecidas são descritas e revolucionários esquecidos são retirados dos arquivos. Ficamos sabendo que a construção do metrô de Paris está ligada ao massacre de grevistas em Draveil e Villeneuve-Saint-Georges. Fala-se também da insurreição contra as agências de emprego e, claro, das duas grandes ondas de sabotagem representadas pela greve do PTT em 1909, depois pela greve dos ferroviários em 1910. Por fim, no apêndice, há textos inéditos do revolucionário Émile Pouget.
No segundo volume, trata-se de evocar a situação atual de sabotagem. Após as duas Guerras Mundiais, a sabotagem mudou de cara. Ela está deixando as indústrias, deixando o mundo do trabalho para atacar tecnologias assassinas de forma mais ampla. É assim que a resistência à colonização pode ser interpretada como sabotagem das técnicas de invasão. Com a transição para a era pós-industrial favorecida pela automação, a sabotagem enriquece seu repertório de ações. Em suas formas mais contemporâneas, encontramos os ceifeiros dos transgênicos, os movimentos de libertação animal e da terra e do mar, os hacktivistas que se infiltram nas redes de comunicação, as lutas dos povos colonizados, o movimento antinuclear, a sabotagem de meios de transportes poluentes e grandes projetos inúteis, etc.
Este projeto já recebeu o apoio de 300 pessoas que encomendaram os dois volumes do livro através do site de crowdfunding Ulule (www.ulule.fr/histoire-du-sabotage).
agência de notícias anarquistas-ana
Voar sempre, cansa –
por isso ela corre
em passo de dança
Eugénia Tabosa
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!