Por mais um ano a CGT abre sua Escola de Verão Libertária: um espaço de encontro e debate, de aprendizado e recreação, onde todos nós podemos contribuir com nossas experiências e conhecimentos para enriquecer uns aos outros.
Este ano, nos reuniremos novamente em Ruesta (Zaragoza) sob o lema “Organizando fora do capitalismo: o papel fundamental das mulheres“.
Este ano, a Escola Libertária discutirá se é possível organizar nossas vidas fora das imposições do capitalismo e mais perto de um modo de vida autogerido e solidário, substituindo o interesse pela acumulação e pela competitividade e aproximando-se um pouco mais de uma vida digna para todos, colocando a vida no centro, e se algumas das campanhas da CGT podem contribuir para essa possibilidade.
O mesmo projeto do povo de Ruesta, a partir de nossos princípios libertários, autogestionários, e de apoio mútuo, poderia se aproximar desse objetivo, e nosso Coordenador de Ruesta falará mais sobre isso. Os mesmos princípios permeiam todos os projetos, todas as campanhas que desenvolvemos a partir da CGT, e poderemos analisar, sob esse prisma, algumas das mais recentes, como o impulso para a mudança para menos horas de trabalho, para que todos trabalhemos, para redistribuir a riqueza, para que tenhamos mais tempo para viver, e que se concretiza na campanha pelas 30 horas; Ou o direito a uma aposentadoria digna, que nós, mulheres trabalhadoras, temos tanta dificuldade de incluir entre os direitos pelos quais devemos lutar durante toda a nossa vida profissional, e em que a diferença de gênero não signifique mais uma discriminação, mais uma precariedade em nossas vidas.
E se nossos acordos incluem a promoção de grupos de consumidores, achamos interessante saber se há experiências de autogestão da soberania alimentar popular, como o desenvolvimento do direito de um grupo de pessoas ou de uma aldeia de definir suas próprias estratégias sustentáveis de produção, distribuição e consumo de alimentos com base na pequena e média produção. Outros exemplos de projetos reais já desenvolvidos podem ser encontrados nas Ecovilas. Quase todos nós conhecemos alguma, mas talvez não saibamos como viver em uma Ecovila, como elas são organizadas, como esses projetos coletivos funcionam, como estão interligados em redes. Acreditamos que será muito interessante que elas compartilhem suas experiências conosco.
Sempre que nós, libertários, nos reunimos, concordamos que a semente para um novo mundo, aquele que carregamos em nossos corações, deve ser plantada não apenas por meio de ação direta e resistência, mas, indispensavelmente, por meio da educação desde a mais tenra idade. Mas a verdade é que a grande maioria das escolas que conhecemos são fiéis transmissoras dos valores e do conhecimento do sistema capitalista. Tentaremos conhecer iniciativas de escolas libertárias e seu impacto sobre as crianças que as frequentam. Conheceremos também experiências em que o esporte é o meio para um desenvolvimento saudável, com apoio mútuo e trabalho em equipe e, com diversão, favorecendo a integração inquestionável de todas as pessoas que o praticam e que vêm compartilhá-lo, e não uma finalidade lucrativa, competitiva, individualista e excludente. O esporte, em suma, fora do capitalismo.
Todas estas são experiências que colocam a vida no centro, que nos mostram maneiras de nos afastarmos dos interesses escravizadores do capitalismo, inseparáveis do patriarcado, e é por isso que queremos destacar o papel das mulheres nessa nova maneira de ver o mundo. Em nossa assembleia final, compartilharemos o que mais ressoou em nós, o que mais nos surpreendeu ou levantou mais questões, a fim de avaliar o que podemos incorporar em nosso trabalho diário e em nossos sindicatos.
Todas as informações estão nesse link: https://ruesta.com/escuelalibertaria2024/
As inscrições, já abertas, poderão ser realizadas até o dia 15 de julho nesse link: https://forms.gle/WUkJaGVSvU8eUqPAA
Esperamos vocês!
cgt.org.es
Tradução > anarcademia
agência de notícias anarquistas-ana
meus hai-kais:
lápis caídos
de um estojo frágil
Valdir Peyceré
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!