Na sexta-feira, 12 de julho, foi realizada uma intervenção com faixas e folhetos no Consulado do Quênia em solidariedade aos rebeldes
Nas últimas semanas, houve manifestações contínuas e maciças no Quênia contra uma nova lei tributária que atingirá ainda mais os setores mais pobres da sociedade. Os aumentos de impostos, aprovados como parte da aprovação do projeto de orçamento nacional, provocaram um debate político acalorado. O ponto culminante dos protestos e manifestações contra o projeto de lei foram as manifestações em massa na capital Nairóbi em 25 de junho (o dia em que o projeto de lei foi aprovado), quando grupos de manifestantes conseguiram romper o cordão policial e incendiar o parlamento, de onde os deputados e ministros foram escoltados por túneis. Naquele dia, pelo menos 30 manifestantes foram mortos na repressão assassina do Estado. A ferocidade das manifestações até forçou o governo a recuar e retirar o projeto de orçamento.
O Quênia, como a maioria dos países africanos, tem uma história muito dura de colonialismo pelas potências ocidentais. O regime de colonialismo, imposto na Ásia, na África e na América Latina, garantiu enormes lucros para os Estados ocidentais e foi perpetuado pelo terrorismo de Estado extremo e pela miséria/pobreza para as populações indígenas. Na maioria dos casos, mesmo quando o regime colonial terminou formalmente, eles permaneceram sob forte influência e controle dos Estados ocidentais, que continuaram a extrair grandes riquezas da exploração de mão de obra barata e da pilhagem do mundo natural. Nessa estratégia, eles encontraram aliados dispostos nas burguesias em ascensão desses países, que mantiveram sua posição principalmente por meio da repressão brutal.
As manifestações em massa e os confrontos no Quênia são um lembrete brilhante para os oprimidos deste mundo de que, mesmo nos momentos mais difíceis e sob os regimes mais severos, o desejo de liberdade e igualdade não pode ser sufocado. Nas dezenas de revoltas em todo o mundo nos últimos anos, o desejo de um mundo melhor está respirando.
É fundamental intensificar essa luta em nível global. Construir relações de solidariedade e companheirismo além das limitações das fronteiras, trocar experiências, aprender uns com os outros, lutar lado a lado contra todo o poder. Para espalhar a chama da revolta por todo o planeta, para a revolução social global, para o fim de todo poder, para a criação de um mundo de solidariedade, igualdade, liberdade, para a Anarquia.
Coletivo Anarquista Acte
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agência de notícias anarquistas-ana
Em cima da folha
Joaninha descans
Que colorido!
Andréa Cristina Franczak
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!