Na madrugada de sábado, 06 de julho, enquadrados em uma investigação sobre a colocação de artefatos explosivos, são invadidos vários domicílios em diversas comunas da região metropolitana, assim como também a rádio Villa Francia e o espaço comunitário Pablo Vergara Toledo. As invasões concluem com um saldo de 14 pessoas detidas, dando um golpe repressivo aos espaços autônomos e comunitários e como um claro gesto de perseguição e tentativa de amedrontamento à luta, se escolheu a data em que faleceu nossa amada e incansável companheira Luisa Toledo e onde esse mesmo dia, se realizaria sua comemoração em Villa Francia.
Desde um primeiro momento, individualidades solidárias se aproximaram do espaço comunitário Pablo Vergara Toledo, sem assustar-se com a numerosa e aparatosa presença da bastarda polícia. No espaço se encontrou com os destroços deixados pelos lacaios. Sua crueldade e indolência que nunca surpreende, mas que sempre indigna um pouco mais, chegou ao ponto de arrebentar a sede “os anos alegres” de vovozinhos que está localizada atrás do mesmo espaço, onde adultos idosos realizam atividades recreativas. O espaço alberga diversas iniciativas autogestionadas e comunitárias como o Comedor Popular Luisa Toledo, várias oficinas e sempre é sede de incontáveis atividades solidárias para a autogestão de muitas e diferentes instâncias, como com os presos anarquistas, subversivos e mapuche, sempre desde a autonomia. Este espaço foi um bastião fundamental no tecido social e na auto-organização que se manteve, apesar de todas as adversidades, ao longo do tempo em Villa Francia, território que carrega uma resiliente história, que se mantêm no fogo das barricadas a cada data combativa.
Esse dia, apesar de seu show policial/midiático, apesar da forte presença dos lacaios uniformizados e civis, se realizou uma bela atividade comemorando uma vez mais a cativante Luisa, gente de toda a região metropolitana, cruzou a forte instalação das forças da ordem, para aproximar-se do espaço. Esse dia apesar da raiva e da dor pelas pessoas detidas, o poder não pode dobrar a vontade rebelde, sua indolência não pode silenciar os que carregamos sangue nas veias. Na noite, e como a cada 6 de julho desde sua partida, ainda com o tenso ambiente desse dia, se realizou o cortejo, culminando em ataques com fogo e chumbo da polícia na avenida 5 de abril, terminando um zorrillo [veículo antidistúrbio] completamente em chamas, fatos que curiosamente não se nomeiam na mídia. Tratam de mostrar uma vitória quando não ganharam.
No dia de hoje fazemos um chamado a manterem-se firmes e atentos aos devires deste novo golpe, à solidariedade anticarcerária permanente com os detidos, e a manterem os laços e a presença nos espaços afetados pela repressão.
Com a memória de Pablo, Eduardo e Rafael!
Com o fogo de Luisa Toledo sempre ardendo em nossos corações!
Auto-organização, Luta e Ação Direta!
Rede de Luta e Propaganda
Julho de 2024
Tradução > Sol de Abril
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