não foi só na frança
Ações diretas contra trens de alta velocidade, antenas e cabos de transmissão de internet 4 e 5G, também foram praticadas na Alemanha, ao longo de julho e início de agosto. “Feliz coincidência?”, provocaram xs incendiárixs em Berlim. Em agosto, mais ações diretas foram levadas adiante contra os que se arrogam superiores, donos da terra e dos demais viventes. Em Midlands, Reino Unido, anarquistas libertaram jovens perus, confinados para serem mortos e servidos nas cristãs (ou não) ceias de Natal. “Que se foda qualquer um que objetifique, explore e lucre a partir desse negócio sanguinário que faz de vidas, produtos”. Na Cidade do México, incógnitas da Coordinadora Informal de Mujeres Anarquistas contra la Depredación Civilizatoria lançaram uma bomba contra a Torre del Bienestar, prédio da Secretaria do Bem-Estar. “Não queremos a depredação civilizatória, queremos ser selvagens, unirmo-nos à natureza. Somos a natureza se defendendo. Preferimos lutar, lutar até o seu fim ou o nosso. Não tememos vocês”. Em diferentes cantos do planeta, o fogo ácrata vibra.
juventude nada transviada 1
Foi-se o tempo em que pessoas inteligentes, que diziam “genial” a vários intelectuais, constataram, ainda que tardiamente no Brasil, o macabro e sanguinário autoritarismo do socialismo soviético. Procuraram assimilar as escancaradas de Kruschev contra o massacre de Stalin desde o final dos anos 1920, com a confissão por autocrítica massacrando intelectuais revolucionários bolchevistas e parecidos, incluindo Trotsky e os anarquistas. Com a matança de fome e bala de mais de 30 milhões de camponeses, além dos campos de concentração, incluindo os gulags… Com o pacto Ribbentrop-Molotov de não agressão com o nazismo. Enfim, a juventude planetária dos anos 1950 até o final do século passado transgrediu o PC e seus líderes condutores da revolução pastoral.
tiranos e negócios
Em 1991, a URSS foi dissolvida. Foi-se, para o beleléu, o então chamado “paraíso socialista”. A China, décadas antes, já havia se decidido pelas suas políticas de incentivo aos investimentos capitalistas. A figura do timoneiro cuja liderança produziu incontáveis mortes e um único livro “revolucionário”, já não era reivindicada a todo instante. Seja na própria China ou nos partidos comunistas que, em outros momentos, alinharam-se ao país asiático, às diretrizes soviéticas ou à antiga Albânia socialista. Décadas se passaram e, agora, aparecem jovens cujas cabeças estão voltadas para um passado teórico, idealizado e à caça de monetizações em seus canais nas plataformas digitais. São empreendedores que, impregnados de uma verborragia empoeirada, batem continência ao “Generalíssimo” soviético cujas empreitadas também resultaram em incontáveis mortes, inclusive por fome, não só na Ucrânia, mas pelos territórios da república socialista soviética e mais tarde por suas colônias. Em tempos da racionalidade neoliberal, a apologia aos tiranos do passado também é fonte de negócios, sejam literários, políticos, lives ou quaisquer outras práticas comerciais capitalistas.
>> Leia o Flecheira Libertária 777 na íntegra aqui:
https://www.nu-sol.org/wp-content/uploads/2024/09/flecheira777.pdf
agência de notícias anarquistas-ana
Em meio ao capim
de onde sopra o vendaval,
lua desta noite.
Miura Chora
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!