semana passada, esta e as seguintes
O país arde em chamas, as pessoas e bichos na cidade de São Paulo ficam sufocados na fumaça com o quase pior ar do planeta; os ilegalismos empresariais em alta no comércio das chamadas drogas; os candidatos a prefeito entre cadeiradas e berros de filho da puta se aprumam para o próximo debate democrático em busca das futuras benesses governamentais. Os assujeitados permanecem paralisados. Há o fogo resultante das lucratividades capitalistas. Falam que é problema nosso. E o fogo colocado a mando de empresários legais e ilegais. Problema de ninguém. E dá-lhe retórica e palavras ao vento jorrando de boquitas moles. Tem ministro dizendo que o próximo orçamento do governo deverá destinar verba para isso. Mais uma vez se explicita que o Estado é para os empresários. Trouxa é quem acredita em sustentabilidade, igualdade de direito, democracia representativa… Viva Papai Noel e o coelhinho da Páscoa!
vestidos de terno e de farda
No capitalismo, assim como no socialismo autoritário, milico também pode ser empreendedor. Nos últimos anos, escolas cívico-militares proliferaram no país. Hoje, contando apenas as unidades de ensino que integram as redes estaduais e federal, são quase 800 escolas tuteladas pelos militares. Algumas escolas privadas também aderiram ao modelo. Isso se deve, entre outras coisas, à proliferação de agências de consultoria comandadas por milicos aposentados. Estes, além de suas elevadas aposentadorias, também se beneficiam por meio de negociatas feitas com o Estado e outros empresários da educação. Isso explicita o óbvio: a educação escolar, para além da produção de obediência, também serve para encher o bolso de empresários vestidos de terno e de farda. Pouco importa. E ainda há quem diga que militar e política devem estar separados… Tudo para o bem da pátria!!! Nunca tais palavras soam tão velhas e velhacas!
>> Leia o Flecheira Libertária 780 na íntegra aqui:
https://www.nu-sol.org/wp-content/uploads/2024/09/flecheira780.pdf
agência de notícias anarquistas-ana
no mesmo banco
dois velhos silenciam
no parque deserto
Carol Lebel
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!