Confira a seguir entrevista com o Esp(a)ço, um Centro Social e Espaço de Cultura Libertária localizado em Porto Alegre (RS).
Agência de Notícias Anarquistas > Falem um pouco de como surgiu o Centro Social e Espaço de Cultura Libertária, mais conhecido como Esp(a)ço… Um pouco de história, em que contexto…
O Esp(a)ço surgiu quando a necessidade coletiva de um espaço físico de encontro e agitação para reunir anarquistas em Porto Alegre se deparou com a disponibilidade de um espaço físico ocioso onde antigamente funcionava o restaurante coletivo antiespecista Bonobo. O Esp(a)ço iniciou suas atividades em 2022 com um evento contra as eleições presidenciais daquele ano.
ANA > E qual é o objetivo principal do projeto que envolve o Esp(a)ço?
Ser um ponto de encontro, confraternização, aproximação de pessoas que de alguma forma se identifiquem com o Anarquismo e também de disseminação dos ideais anarquistas, atraindo novas pessoas para a luta. Seja através de exibição de filmes, reuniões abertas ou fechadas, rodas de conversa, atividades variadas, além da Apoio Mútuo – a Loja Grátis anticapitalista.
ANA > Como mantém economicamente o Esp(a)ço? Há grupos por trás do projeto ou só individualidades?
O imóvel é cedido. Até pouco tempo boa parte dos custos de manutenção do imóvel eram custeados por uma colaboradora que usava uma das salas para ministrar oficinas de cerâmica. Atualmente essa pessoa não utiliza mais o local, e estamos em processo de transição e nos adaptando. A manutenção do mesmo é feita pelas pessoas que compõem o coletivo, com dinheiro de doações. Nenhum outro grupo ou organização apoia o projeto.
ANA > E o Esp(a)ço abre diariamente?
O Esp(a)ço abre de acordo com sua agenda que ainda não é diária. A Apoio Mútuo, loja grátis, abre toda terça-feira das 17h30 às 20h30, e também durante os eventos de acesso livre.
Mas estamos abertos a quem queira somar nos outros dias e horários com propostas de eventos ou na loja.
ANA > O local também funciona como biblioteca, livraria…
A loja grátis disponibiliza livros e revistas em diversas línguas e temáticas não exclusivamente anarquistas, desde que não conflitem com nossas políticas.
Também temos zines diversos.
ANA > Vocês já foram alvo de alguma violência fascista, intimidação?
No final de 2023, em uma exibição de um documentário sobre o Genocídio de Israel sobre a Palestina, uma guarnição da Brigada Militar permaneceu desde antes do evento de prontidão na esquina oposta e diversas viaturas (automóveis e motocicletas) circularam pela rua até o final da roda de conversa que aconteceu depois da exibição do filme.
ANA > Que momentos consideram que foram mais importantes nesta caminhada de dois anos? Muitas aventuras e poucas desventuras?
A abertura em si do local para o público, o início das atividades da Loja Grátis e o período das enchentes, quando o coletivo passou a atuar de forma mais contundente fora de seu espaço (sem trocadilho).
ANA > Vocês atuam apenas na parte cultural, enquanto Esp(a)ço, ou também em outras esferas do movimento anarquista?
A principal atuação sempre foi cultural. Porém a loja grátis tem se tornado importante para nós como ponto de apoio mútuo e um espaço de troca e acolhimento da comunidade. Mas o período das enchentes foi importante para o coletivo ser também um ponto de intersecção entre outros coletivos, como no exemplo da campanha internacional de arrecadação para os territórios atingidos.
ANA > Mais alguma coisa, algum recado? Valeu!
Que venham conhecer o Esp(a)ço, participar de alguma atividade ou das nossas reuniões abertas para propor atividades, visitar nossa loja grátis ou se voluntariar pra ajudar na abertura dela, trazer doações.
Sempre bom lembrar que podem acompanhar nossa programação em nosso site: espaco.noblogs.org ou nos nossos perfis das redes sociais: Mastodon @espaco@kolektiva.social, Instagram @__espaco__ ou nos envie um email pra espaco@riseup.net.
agência de notícias anarquistas-ana
Estranhos ruídos
Perturbando meus sonhos:
Cântico dos grilos.
Maria Tereza da Luz
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!