Respostas a algumas perguntas de Redes Libertárias: LA PANTERA ROSSA, Centro Social e Livraria. Zaragoza
Como e quando surgiu o Centro Social e Livraria?
La Pantera Rossa nasceu em sua localização atual, em Zaragoza, no inverno de 2010, graças à confluência de diferentes coletivos dos quais participavam as pessoas que a fundaram (economistas críticas, planejadores urbanos sociais, antimilitaristas e antirracistas pelos direitos dos migrantes “sem documentos”), que haviam sido persuadidos por nós que formávamos a antiga equipe editorial aragonesa do jornal Diagonal (hoje El Salto). Conseguimos avançar graças a essa grande equipe de pessoas, aos microcréditos pessoais de solidariedade (sem juros) e ao apoio de experiências amigáveis do ecossistema crítico do livro com presença em outros territórios que confiavam e apostavam em multiplicar geograficamente a rebelião cultural, especificamente a editora e distribuidora libertária Virus em Barcelona, Traficantes de Sueños em Madri e La Hormiga Atómica em Iruña-Pamplona (hoje Katakrak).
Que objetivos vocês estabeleceram quando fundaram a La Pantera Rossa, e vocês acham que eles foram alcançados?
Nosso objetivo original era construir um espaço público à margem da cultura de mercado, capaz de oferecer recursos básicos aos movimentos sociais locais, de reunir o descontentamento social e produzir antagonismo por meio da promoção de encontros críticos e livros. “Abrimos por causa da crise”, clamava uma grande faixa que exibimos na vitrine de nossa loja durante os primeiros dias de abertura. Estávamos nos referindo não à crise econômica ou financeira que nos cercava, mas à crise da organização social, abandonada ao identitarismo, à endogamia e à dinâmica cega e autodestrutiva da esquerda autoritária, também responsável pela desmobilização social que nos assolava. Queríamos abrir um “buraco” nessa dolorosa realidade para nos questionarmos e, assim, podermos pintar o mundo de outra cor.
Sabíamos, porque fazíamos parte deles, que os coletivos sociais de Zaragoza precisavam, que nós precisávamos, de um lugar aberto e livre de preconceitos e estereótipos, onde pudessem se expressar e falar “ao mundo” para difundir e convocar a revolta social, e queríamos, ao mesmo tempo, divulgar uma cultura radical, que abordasse a raiz dos conflitos sociais, com dignidade e garantias de permanência. Hoje podemos afirmar que, apesar das dificuldades econômicas, e em particular da venda de livros, com o que nos autofinanciamos, conseguimos consolidar o espaço social que pretendíamos, devido à qualidade de seus meios e propostas e à quantidade e substância heterogêneas das ações transformadoras que abrigamos.
Que ações são prioritárias nas suas atividades?
A disseminação da literatura e do conhecimento crítico, a promoção da auto-organização popular e do protesto político, a subversão cultural e a extensão da economia social e solidária e do cooperativismo como uma alternativa prática ao capitalismo.
Que setores sociais vocês atingem?
Os setores sociais com os quais estamos em contato são múltiplos e diversificados, desde a população “local” do bairro velho onde estamos localizados (La Magdalena), até pessoas do resto da cidade ou visitantes de outros lugares que simpatizam com o projeto cultural em uma ampla gama ideológica que vai de posições socialistas e humanistas a posições libertárias. La Pantera Rossa é “habitada” por ativistas ambientais, feministas, antimilitaristas e pacifistas, sindicalistas de “classe” e pessoas sensíveis a essas mesmas ideias que estão procurando um ponto de encontro seguro.
Que meios de divulgação de suas atividades vocês utilizam (web, redes, etc.)?
Os meios de divulgação que usamos são comunicados à imprensa, as redes sociais, um boletim informativo por e-mail e nosso próprio website. E, em algumas ocasiões, fazemos divulgação impressa que distribuímos pela cidade.
Como você avalia sua trajetória na cidade?
Após quase quatorze anos de existência, nosso balanço é positivo pela recepção e aceitação social diversificada que temos encontrado, o uso do espaço pelos movimentos sociais e outras iniciativas da cidade é abundante, às vezes avassalador para um projeto comunitário pequeno como o nosso. Acreditamos que conseguimos garantir um espaço de autogestão e crítica cultural, independente de qualquer meio de pressão política ou econômica, com dignidade e reconhecimento público.
>> La Pantera Rossa www.lapanterarossa.net/
Fonte: https://redeslibertarias.com/2024/06/28/la-pantera-rossa-centro-social-libreria-zaragoza/
Tradução > anarcademia
agência de notícias anarquistas-ana
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Alonso Alvarez
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
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Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…
Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...