Mil pessoas se manifestaram neste 20N convocadas pela Coordinadora Antifascista oscense para condenar as últimas agressões neonazistas e advertir que “esses não são incidentes isolados”. A mobilização também lembrou todas as pessoas que historicamente lutaram contra o fascismo e enviou uma mensagem de solidariedade ao povo palestino, as 6 de la Suiza e aos 6 de Zaragoza.
Cerca de mil pessoas participaram nesta quarta-feira, 20N, da manifestação antifascista em Uesca. Convocada pela Coordinadora Antifascista oscense com o slogan “Ante su odio y su violencia. Solidariedad antifascista”, a mobilização, maior do que o habitual, foi em resposta à recente agressão cometida por um grupo de ultradireita com cerca de dez pessoas, incluindo dois neonazistas conhecidos que foram presos e posteriormente liberados com ordens de restrição.
Essa agressão contra um jovem de Uesca, que lhe causou sérios danos físicos e psicológicos, somada às realizadas nos últimos meses por esses neonazistas com um longo histórico de incidentes violentos, aumentou a indignação popular e o apoio público à manifestação do Comitê Coordenador Antifascista da Uesca.
A marcha começou às 19 horas na Plaza de Zaragoza (Plaza Navarra), onde foi lido um manifesto em homenagem a todas as pessoas que historicamente lutaram contra o fascismo. A luta do povo palestino também foi lembrada, bem como os casos de repressão sofridos atualmente pelas sindicalistas de as 6 de la Suiza ou pelos seis antifascistas de Zaragoza – quatro deles na prisão há mais de seis meses.
Os ataques fascistas “não são incidentes isolados”
No manifesto, eles deixaram claro que “essas agressões não são incidentes isolados”, mas “o reflexo de um sistema que protege a violência da ultradireita”. Eles também criticaram a mídia que “dá voz” aos partidos de extrema direita e destacaram “a importância da organização popular e da construção de redes de apoio” como “a única resposta aos discursos de ódio promovidos pelo fascismo”.
Durante o protesto pelas ruas do centro de Uesca, as pessoas presentes não pararam de entoar slogans como “Nazistas fora de nossos bairros”, “Uesca é antifascista”, “Nenhuma agressão sem resposta” ou “Liberdade para os seis de Zaragoza”.
“Seguimos na luta”
A Coordinadora Antifascista de Uesca destacou o sucesso da convocação e agradeceu o apoio recebido. “Foi muito bem. Havia cerca de mil pessoas. Queremos agradecer a todas as pessoas que vieram expressar seu repúdio à ideologia fascista, aos discursos de ódio e às agressões violentas que sofremos. Esperamos que elas não voltem a acontecer, mas isso não será possível. Seguimos na luta”, declararam após a passeata.
Durante os dias anteriores, vários coletivos, sindicatos e partidos – CNT Uesca, CGT Aragón, PCE Aragón, Anticapitalistas ou Acción Libertaria – mostraram seu apoio à convocação da Coordinadora Antifascista, incentivando os cidadãos a se manifestarem no dia 20 de novembro em Uesca, unindo assim o antifascismo de Aragão contra as agressões nazistas, os discursos de ódio e a normalização do fascismo.
Embora a manifestação tenha sido pacífica, o dia foi marcado por uma forte presença policial. Desde a manhã, os policiais alertaram os estabelecimentos da Plaza de Navarra sobre a possibilidade de os móveis serem usados como “projéteis”, recomendando sua remoção. No entanto, o protesto, que contou com a participação de pessoas de todas as idades, incluindo famílias inteiras, transcorreu sem incidentes. Dessa forma, ficou claro o compromisso dos moradores de Uesca com a defesa dos valores da convivência, condenando veementemente as agressões fascistas.
agência de notícias anarquistas-ana
Céu de primavera
no jardim dorme a menina.
Qual a flor do sonho?
Anibal Beça
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!