[França] A misoginia cotidiana do regime islâmico no Irã

Comunicado emitido pela Fédération Anarchiste (Federação Anarquista) em 13 de novembro de 2024

AHOO DARYAEI, AREZOU KHAVARI, A MISOGINIA COTIDIANA DO REGIME ISLÂMICO NO IRÃ

A teocracia iraniana não se contenta com sua repressão sangrenta ao Movimento Mulheres, Vida, Liberdade, mantendo sua opressão e repressão às mulheres.

Em 2 de novembro de 2024, em Teerã, a estudante e mãe de dois filhos, Ahoo Daryaei, é um triste exemplo disso. Depois de ser repreendida pela polícia da moralidade por seu protesto, Ahoo Daryaei ficou só de roupa íntima em frente à Universidade de Teerã e foi prontamente presa pela polícia iraniana.

De acordo com o governo iraniano, Ahoo Daryaei foi colocada em uma ala de um centro psiquiátrico. Uma alegação totalmente inverificável e que só pode nos preocupar, sabendo como a polícia se comportou com Mahsa Amini, que foi covardemente assassinada pela mesma força policial.

Em 5 de novembro de 2024, Arezou Khavari, uma garota de 16 anos de origem afegã cometeu suicídio atirando-se de um prédio em Teerã. Ela morreu no hospital. Dois dias antes, ela havia sido repreendida por sua escola, por usar jeans em vez de uniforme, tirar o lenço da cabeça e dançar em um ônibus escolar.

Os funcionários da escola ameaçaram expulsá-la. A ameaça atingiu Arezou duramente, especialmente porque o regime dos mulás impõe severas restrições aos imigrantes afegãos, inclusive a não matrícula na escola.

Mais uma vez, são as mulheres que estão sendo alvo e oprimidas pelo Estado iraniano.

Isso é totalmente inaceitável.

Vamos continuar lutando contra todas as formas de dominação religiosa.

A Fédération Anarchiste oferece seu apoio a Ahoo Daryaei e Arezou Khavari e suas famílias.

A Fédération Anarchiste luta contra todas as teocracias e suas procissões de obscurantismo assassino e seu caráter misógino.

Nem Deus, Nem Mestre.

A Federação Anarquista de língua francesa

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