
Semi sotto la neve [sementes sob a neve] é uma revista libertária e anarquista trimestral publicada desde 2021. É publicada pela Associazione di promozione sociale Semi sotto la neve [Associação de promoção social sementes sob a neve], fundada em Trento em 2021. Seus promotores afirmam que “as principais características dessa linha de pensamento e ação (anarquismo) são bem conhecidas, especialmente em sua dimensão de negação de qualquer forma de dominação. Mas os editores desta revista querem propor uma mudança substancial de atitude em relação à complexa e variada vida social. Em nossa opinião, trata-se de promover uma dimensão construtiva, positiva e experimental de uma tradição social, política e cultural que reconhecemos como antiautoritária e solidária”.
A Semi sotto la neve e a Redes Libertarias estabeleceram uma relação de cumplicidade e colaboração, cujo fruto é a troca de conteúdo para publicação em ambas as revistas.
Por que escolhemos este título para esta nova revista?
Com a expressão “Sementes sob a neve” (cunhada por Ignazio Silone e conceitualmente retomada por Colin Ward), pretendemos propor aos nossos leitores uma interpretação renovada do pensamento anarquista, das experiências libertárias e das práticas mutualistas.
Em nossa opinião, trata-se de promover uma dimensão construtiva, positiva e prática de uma tradição social, política e cultural que reconhecemos como antiautoritária e solidária.
De fato, nas páginas desta revista, as experiências que já existem (ou existiram) encontrarão espaço e voz, apesar da organização social hierárquica na qual estão imersas. Essas sementes sob a neve, se devidamente interrogadas, como tentaremos fazer, podem representar, em nossa opinião, uma prefiguração concreta, embora às vezes inevitavelmente contraditória, de uma maneira diferente (antiautoritária) de organizar nossa vida social e individual. Não se trata, portanto, de tecer elogios triunfalistas a experiências individuais, mas de analisar quais são os problemas, quais podem ser as soluções e quais são, é claro, as contradições que surgem nas várias esferas das relações sociais.
Ao longo das diferentes colunas, tentaremos manter isso como o fio condutor que nos permitirá propor um diálogo ativo com nossos leitores. Uma revista, portanto, com uma orientação crítica e interessada em fortalecer a relação entre pensamento e ação. Se é essencial experimentar imediatamente diferentes relações sociais, é igualmente necessário estimular a reflexão e o pensamento crítico e autocrítico.
O pensamento deve se renovar continuamente à luz da experiência concreta e da experimentação, mas também tem uma autonomia própria, muito necessária, que lhe permite fazer uma leitura crítica da realidade e produzir continuamente visões e ideias.
Essa visão prepositiva da dominação (seja lá como se manifeste!) caracteriza a perspectiva que a equipe editorial pretende adotar sistematicamente em todos os temas e em todas as seções que compõem a revista. Uma revista libertária que se refere, de forma crítica e autocrítica, principalmente ao pensamento anarquista, mas que se contamina e se confronta com outras expressões culturais que mantêm um trabalho em prol de uma efetiva emancipação social e humana. Esse confronto contínuo é essencial para aprimorar a atualidade e a substância do pensamento libertário e para enriquecê-lo com diferentes culturas e tradições que contribuem para um esforço autêntico de emancipação da dominação e da exploração.
Por fim, acreditamos que é somente no trabalho coletivo, feito de confrontos e trocas, que faz sentido empreender uma direção editorial como a que estamos buscando. De fato, cada especificidade e sensibilidade individual pode se beneficiar dessa dimensão relacional e colegial e contribuir para que estas páginas sejam um instrumento ativo de pesquisa, questionamento, verificação e planejamento de sementes sempre novas sob a neve.
A revista está estruturada da seguinte forma: editorial, experiências, análise aprofundada, internacional, conversas, raízes e resenhas.
Tradução > anarcademia
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agência de notícias anarquistas-ana
Unidas voam longe
Nos postes da cidade
Com imensa fragilidade.
Fernanda Gonçalves
Perfeito....
Anônimo, não só isso. Acredito que serve também para aqueles que usam os movimentos sociais no ES para capturar almas…
Esse texto é uma paulada nos ongueiros de plantão!
não...
Força aos compas da UAF! Com certeza vou apoiar. e convido aos demais compa tbm a fortalecer!