
de pé e dançando
Primeiro sábado de 2025, Zagreb, Croácia. Anarcoqueers agitaram uma ação direta “anti-clero-fascistas”, em suas palavras. O alvo foi impedir uma prática já corriqueira na cidade, realizada pelos “Cavaleiros do Imaculado Coração de Maria”: organizam-se na praça principal e, ostentando imagens sacras e patrióticas, ajoelham-se para orar. O ato é repetido em outras cidades croatas e durante marchas contra o aborto e os direitos de minorias, notadamente as lgbt’s, como gesto de “hombridade” e de amor à pátria, à deus e à família (ato também imitado no Brasil, em meio às manifestações pró-aborto, em 2024). No início deste ano, após o convite de anarcoqueers, mais libertárixs e antifascistas juntaram-se na praça antes do amanhecer. Quando os machos do senhor chegaram, encontraram o local onde armam seu púlpito tomado por gente que dançava e cantava: “morte ao fascismo, morte ao patriarcado” e, em provocativo tom lírico, “maria sapatão”. Elxs não se intimidaram e não deram espaço. Em pouco tempo, os fachos estavam empurrando, socando e chutando algumas pessoas, com escolta da polícia. Anarquistas, queers e antifascistas seguiram com seus berros e tambores ruidosos, sem recuar. De joelhos, os cavaleiros foram embora.
fúria sem lamúria
Primeira sexta-feira de fevereiro de 2025, Bogotá, Colômbia. Durante manifestação em solidariedade às mulheres e lgbt’s que vivem na Argentina, irromperam ações diretas de anarcoqueers. Com faixas e pichações afirmando “fúria marika”, “fúria trans” e “fúria kuir”, depredaram a fachada da Embaixada da Argentina, empreendimentos gringos, painéis eletrônicos de publicidade e propriedades estatais. Pelas ruas, deixaram pintados “A’s na bola”. Em texto, assinado incognitamente, propagam a revolta e o enfrentamento às crescentes violências perpetradas contra pessoas consideradas inferiores por seu sexo, corpos, prazer. Apartadxs do coro do/a/es que lamentam retrocessos no campo dos direitos e da inclusão no mercado, explicitam não estarem interessadxs em melhorar as coisas para serem assimilados à ordem e se tornarem o mesmo.
>> Leia o Flecheira Libertária 794 na íntegra aqui:
https://www.nu-sol.org/wp-content/uploads/2025/02/flecheira794.pdf
agência de notícias anarquistas-ana
Vi de uma lagarta:
faço um casulo de lã
na noite gelada.
Anibal Beça
Perfeito....
Anônimo, não só isso. Acredito que serve também para aqueles que usam os movimentos sociais no ES para capturar almas…
Esse texto é uma paulada nos ongueiros de plantão!
não...
Força aos compas da UAF! Com certeza vou apoiar. e convido aos demais compa tbm a fortalecer!