Neste fim de semana, em Marselha, mais de 13.000 pessoas participaram do Carnaval de la Plaine, uma grande festa de rua autogerida e comprometida.
Para esta 25ª edição, o Carnaval aconteceu em dois dias: uma primeira fogueira iluminou a noite no sábado, 15 de março, à noite, depois um desfile de rua aconteceu no domingo, 16. Fantasias coloridas, corais, máscaras, carros alegóricos e slogans contra a repressão e a extrema direita encheram as ruas.
Uma réplica de carro de polícia e grandes cabeças simbolizando os opressores pegaram fogo na noite de domingo, enquanto a multidão dançava e cantava ao redor da fogueira. Como sempre acontece, a polícia chegou para estragar a festa por volta das 22h, usando granadas e um canhão de água antes de entrar em ação. Mas eles não conseguiram impedir que a festa selvagem e coletiva que acabara de acontecer fosse um sucesso.
Desde seus primórdios, o carnaval tem sido um momento para o povo desabafar, se revoltar e derrubar valores estabelecidos. Um falso “rei” temporário é nomeado, as pessoas se vestem, gêneros e papéis são invertidos, eles celebram e ídolos são queimados. O capitalismo contemporâneo destruiu o significado dos carnavais, que se tornaram procissões regimentadas, turísticas e sinistras, controladas pelo Estado.
Como acontece todos os anos, o Carnaval de Marselha traz à tona a verdadeira tradição do Carnaval: um momento de alegria e irreverência. E, apesar das ameaças das autoridades, nunca houve tantas pessoas no Carnaval de la Plaine. E se esse tipo de carnaval popular e rebelde florescesse em todos os lugares?
>> Veja o vídeo aqui:
https://contre-attaque.net/2025/03/18/marseille-carnaval-populaire-et-revolte-2/
agência de notícias anarquistas-ana
Árvore sem frutos
ainda é uma árvore:
frutifica sombra.
Isaac
A FACA agradece a ressonância que nossas palavras tem encontrado na ANA: ideias e projetos autônomos, horizontais, autogeridos e anticapitalistas…
parabens
Parabéns pela análise e coerência.
Olá Fernando Vaz, tudo bem com você? Aqui é o Marcolino Jeremias, um dos organizadores da Biblioteca Carlo Aldegheri, no…
Boa tarde, meu nome é Fernando Vaz, moro na cidade de Praia Grande. Há mais de 4 anos descobri que…