[Alemanha] Cartaz | Por mais ataques e ódio contra todo estado

Em fevereiro de 2025, o promotor público de Munique realizou novamente uma operação repressiva contra anarquistas, dessa vez na forma de batidas e prisões. O estado policial da Baviera, constrangido por publicações anarquistas e ataques anônimos, inventou acusações e saiu em busca de indivíduos suspeitos para incriminar. A agitação anarquista dos últimos anos alcançou um impacto subversivo difícil de estimar, mas certamente incontrolável. Ideias anarquistas divulgadas por meios impressos e colocadas em prática podem se mostrar uma mistura perigosa que contribui para a disseminação da revolta social.

Durante essas batidas, os policiais prenderam es camaradas N. e M., que ainda estão em prisão preventiva. O motivo: um processo em andamento que suspeita que N. e M. tenham feito parte de uma suposta equipe editorial, considerada uma organização criminosa, do jornal anarquista Zündlumpen. A invenção dessa acusação levou a várias batidas em 2022, ao confisco de uma gráfica inteira e ao fechamento da biblioteca anarquista Frevel de Munique. No entanto, dessa vez os motivos das batidas, realizadas com a típica arrogância bávara, foram diferentes. O primeiro tem como alvo um jornal agitador de edição única: Hetzblatt gegen den Windpark, que se volta contra a empresa química Wacker, responsável por envenenar a área ao redor de Altötting, na Baviera, com sua produção de microchips e painéis solares. Desta vez, o periódico supostamente justifica e até “recompensa” atividades criminosas. O segundo motivo foram seis ataques incendiários. Um deles foi contra o maquinário de uma usina geotérmica, que escava nossa terra e a suga para abastecer essa sociedade insana. Outras ações tiveram como alvo máquinas de extração de madeira e de trabalho em estradas, um veículo de manutenção ferroviária de 200 metros de comprimento e uma estação de energia eólica. Por fim, vários incêndios em uma usina de concreto interromperam temporariamente sua capacidade de tornar nossas vidas mais cinzentas.

Não nos importamos se as acusações e suspeitas contra es camaradas são “verdadeiras” ou não. Em todo caso, não há nada mais alheio à verdade do que o cérebro de um promotor público. O conceito de culpa e inocência é tão hostil para nós quanto a lógica da punição e do encarceramento. Apoiamos nosses camaradas afetades pela repressão, as ideias de anarquia selvagem e os ataques anônimos contra estruturas e pessoas no poder.

Em solidariedade a N. e M.: Continuemos a nos mobilizar contra o estado e o patriarcado. Contra o capital e a indústria e a tecnologia que estão destruindo nossas vidas e nossa terra! Sua infraestrutura e seu domínio se baseiam, em última análise, em uma rede que é vulnerável e pode ser atacada onde quer que seja. Sejamos transparentes: somente atacando diretamente os pilares da autoridade e seus responsáveis, por meio da recusa e da revolta individual e coletiva, poderemos encontrar um modo de vida diferente que não seja baseado na indústria, no capital e na dominação.

Para acabar com os horrores das prisões, manicômios, campos de concentração e todas as outras jaulas, não basta reformar essas instituições, pois isso apenas refinará seu funcionamento. Elas devem ser queimadas até o chão junto com o estado e a sociedade que as criaram. Porque somente a partir das ruínas dessas instituições uma vida em liberdade pode nascer.” Sociedade Prisional – Zündlumpen Nr. 035

Fonte: https://de.indymedia.org/node/502421

Tradução > acervo trans-anarquista

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agência de notícias anarquistas-ana

Ah, quanta inveja
Da maneira que termina
O namoro dos gatos.

Ochi Etsujin

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