
O mundo assiste a uma nova escalada da violência institucionalizada. Enquanto milhões de trabalhadores enfrentam o desemprego, baixos salários, trabalhos precários e cortes em serviços essenciais, os governos destinam cifras obscenas à máquina de guerra.
O gasto militar global já ultrapassa os 2,4 trilhões de dólares anuais em 2025 — seis vezes mais do que todo o orçamento destinado ao combate à fome no mundo.
Essa loucura armamentista ocorre enquanto há 56 conflitos ativos que já deslocaram mais de 100 milhões de pessoas.
Hoje, o aparato industrial-militar das principais potências concentra 70% das vendas de armas no mundo, alimentando guerras que depois são apresentadas como “crises humanitárias”.
A indústria bélica segue batendo recordes de lucros. As cinco maiores corporações armamentistas obtiveram no ano passado um lucro de 200 bilhões de dólares — equivalente ao PIB combinado de vários países latino-americanos. Enquanto isso, uma em cada dez crianças no mundo trabalha para sobreviver, e os sistemas públicos de saúde colapsam por falta de financiamento.
Esse militarismo crescente não é um fenômeno isolado, mas parte essencial do sistema capitalista atual. Os mesmos Estados que cortam aposentadorias e gastos com saúde e educação sempre encontram trilhões para novas armas de destruição.
As guerras modernas já não são travadas apenas em territórios distantes: a militarização da repressão e a criminalização da pobreza são hoje formas de guerra contra os próprios povos.
A FORA-AIT, fiel à sua tradição internacionalista e antimilitarista, faz um chamado aos trabalhadores e trabalhadoras do mundo para:
- Rejeitar a produção de material bélico em fábricas e oficinas;
- Organizar a resistência contra o recrutamento militar;
- Rejeitar os gastos militares e exigir que sejam investidos em saúde, educação e moradia;
- Fortalecer a solidariedade internacional contra os verdadeiros inimigos: os Estados e o capital.
A memória nos traz o eco daqueles companheiros anarquistas que, em 1914, sabotavam navios de guerra nos portos italianos; dos mecânicos que se recusaram a consertar os motores dos aviões de guerra de Pinochet; dos jovens russos e ucranianos que hoje rasgam suas convocações militares, preferindo a prisão a empunhar armas contra outros trabalhadores.
Hoje, como ontem, a paz não virá dos palácios de governo. Será conquistada de baixo para cima, com a força organizada de quem sofre as consequências dessa barbárie.
Nenhum operário a mais nas frentes de batalha!
Nem mais um dólar para a indústria da morte!
Federação Operária Regional Argentina – Associação Internacional dos Trabalhadores (FORA-AIT)
Abril de 2025
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
É tarde, escurece,
a lua se esforça
mas logo aparece.
Pedro Mutti
Excelente
Esquerdistas não são anarquistas. Lulistas muito menos. Uma publicação desacertada que não colabora com a coherencia anarquista.
ESTIMADAS, NA MINHA COMPREENSÃO A QUASE TOTALIDADE DO TEXTO ESTÁ MUITO BEM REDIGIDA, DESTACANDO-SE OS ASPECTOS CARACTERIZADORES DOS PRINCÍPIOS GERAIS…
caralho... que porrada esse texto!
Vantiê, eu também estudo pedagogia e sei que você tem razão. E, novamente, eu acho que é porque o capitalismo…