
Publicado em 02/05/2025 por Espacio Fênix.
A greve de mais de 200 mil operários exigindo a jornada de trabalho de 8 horas resultou em importantes momentos insurrecionais que desempenhariam um papel decisivo nas histórias revolucionárias de diversos territórios.
Após o assassinato de vários trabalhadores no dia 3 de maio, anarquistas e revolucionários tiveram a capacidade e souberam responder a tal agressão com uma manifestação violenta no dia seguinte, em que parte da propaganda dizia: «É preferível a morte à miséria. Se fuzilam os trabalhadores, respondamos de tal forma que os patrões lembrem por muito tempo.»
E essa propaganda não ficaria apenas em palavras incendiárias, mas se materializou na explosão de uma bomba no meio do contingente policial que reprimia a manifestação do dia 4 de maio em Haymarket, provocando a morte de um policial e deixando vários outros feridos.
Junto com os manifestantes mortos pela repressão naquele dia, esse ato de vingança levou à perseguição, invasões de domicílio e detenção de centenas de pessoas, ao fechamento de jornais anarquistas e à condenação à prisão perpétua de 3 revolucionários e, como se sabe, à pena de morte de 5 anarquistas.
Com o passar dos anos, descobriu-se que os condenados não tiveram relação direta com o lançamento do artefato explosivo. No entanto, isso é irrelevante para quem, como nós, não acredita na justiça nem na falsa dicotomia inocência/culpabilidade.
A importância está na firmeza que a maioria dos condenados demonstrou ao enfrentar o duro processo e a sentença posterior. Essa postura inquebrantável complementou e fortaleceu todo o movimento insurrecional liderado principalmente por trabalhadores que lutavam não apenas pela jornada de 8 horas, mas pela derrubada da ordem imposta.
Portanto, mais uma vez fica evidente a importância das decisões e da iniciativa individual no curso e no desenrolar das lutas coletivas. Decisões individuais que necessariamente devem caminhar em sintonia com o contexto de enfrentamento generalizado, já que essas posturas também fazem parte dele.
Nesse sentido, é importante esclarecer que o posicionamento diante das sentenças e da vida na prisão não é o fim, assim como não é uma etapa separada das ações, mas sim uma parte constitutiva delas. Um posicionamento em luta que reafirme constantemente a decisão individual de romper com a monotonia do estabelecido.
Por uma constelação de individualidades e grupos de afinidade para o combate!
Francisco Solar D.
Presídio La Gonzalina – Rancagua
Maio de 2025
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Na despedida
as costas! Solitário
vento de outono.
Bashô
Anônimo, não só isso. Acredito que serve também para aqueles que usam os movimentos sociais no ES para capturar almas…
Esse texto é uma paulada nos ongueiros de plantão!
não...
Força aos compas da UAF! Com certeza vou apoiar. e convido aos demais compa tbm a fortalecer!
Não entendi uma coisa: hoje ele tá preso?