
A dignidade humana é um termo que encontramos no dicionário, e define a escolha de uma pessoa por agir com base na solidariedade, pontualidade, consciência e na luta intransigente contra os inimigos da liberdade.
A história de todas as sociedades até hoje é a história das lutas por dignidade, uma guerra social, de classes.
Homem livre e escravizado, patrício e plebeu, invasor e resistente, em uma palavra: opressor e oprimido estão em constante oposição uns aos outros. Uma luta contínua, expressa ora de forma velada, ora abertamente.
As classes dominantes de cada época usam a justiça e o sistema legal para neutralizar aqueles que, com sua luta, questionam o status quo dos que estão no topo, aqueles que escolhem reagir diante da injustiça.
A justiça é apenas a expressão de uma correlação de forças, e por isso sempre foi usada para silenciar revolucionários, prender rebeldes, obrigar insurgentes à renúncia.
A justiça burguesa é o resultado natural de uma sociedade composta por pessoas que desejam enganar o máximo possível, já que o engano é o único caminho rumo ao poder e à riqueza.
A ganância dos autoritários os conduz a atos horrendos: à pobreza, guerras imperialistas, genocídios, miséria e desamparo, violência patriarcal e sexismo. À luta cotidiana por moradia, eletricidade, aquecimento, alimento. À cultura da produção e ao terrorismo dos patrões.
A história, no entanto, nos mostrou que o lado dos oprimidos carrega lutas e sacrifícios imensos. Sempre houve pessoas que se colocaram como escudo contra a brutalidade. Das lutas operárias e feministas no cotidiano até revoltas, revoluções, resistências a invasões.
Sempre houve pessoas que se sacrificaram pela justiça da causa, pagando um alto preço por essa escolha.
Prisões, execuções, deportações, exílios. O objetivo de tudo isso é simples: o extermínio físico e moral dos militantes, e o uso de seus casos como exemplo. O prisioneiro é considerado um refém nas mãos do Estado, que visa a destruição gradual de sua vontade, sua personalidade, sua identidade política e suas emoções através do isolamento.
Por que este texto agora?
Em 29/01/2024, fomos convocados pela Segurança do Estado para uma entrevista preliminar na GADA sobre um caso de ataque incendiário ao Ministério dos Sistemas de Informação em Moschato, ocorrido em 10/10/2021. À época, ainda éramos considerados suspeitos e fomos chamados para dar explicações à polícia sobre o caso. Um ano depois, somos agora chamados como réus nesse processo, com julgamento marcado para 24/06/2025, acusados de posse e uso de artefatos explosivos, incêndio criminoso e provocação de explosão.
Naturalmente, a obsessão da polícia e das autoridades judiciais contra nós não nos surpreende. O Estado tenta nos aterrorizar, a nós e aos nossos companheiros, com essas práticas, esquecendo-se de que, ao contrário deles, nós escolhemos a dignidade como companheira de vida.
Como anarquistas, escolhemos escutar o instinto de vida.
Escolhemos estar ao lado dos que lutam por um mundo livre, sem exploração de pessoas nem da natureza.
É por isso que estamos sendo processados novamente.
Lambros Vougiouklakis
Panagiotis Vougiouklakis
Fotis Daskalas
Fonte: https://anarchistnews.org/content/athens-information-about-new-prosecution-and-court-case-against-us
Tradução > Contrafatual
agência de notícias anarquistas-ana
casa na neve
odores vindos de longe
o céu como teto
Célyne Fortin
Parabéns, camarada Liberto! O pessoal da Ana poderia informar como adquirir a obra. Obrigada!
Obrigado pela traduçao
Oiapoque/AP, 28 de maio de 2025. De Conselho de Caciques dos Povos Indígenas de Oiapoque – CCPIO CARTA DE REPÚDIO…
A carta não ta disponível
UM ÓTIMO TEXTO!