[Chile] Santiago: Quase um ano desde que a vida nos golpeou. Texto em memória de nossxs companheirxs e no marco do Agosto Negro

Quase um ano já se passou desde que a vida nos atingiu onde mais dói. Perdemos nosso queridíssimo amigo e companheiro Luciano Balboa, também conhecido como o Lupi. O irmão deixou este mundo em um acidente de trânsito, pouco depois de que os esbirros lhe devolvessem a liberdade noturna. A notícia chegou rapidamente àqueles que amaram o Lupi, dilacerando nossos corações. Custava acreditar que uma notícia tão horrível fosse real. Mas era. Nosso companheiro havia partido rumo à memória eterna, onde descansam nossxs companheirxs que dedicaram sua vida ao enfrentamento.
 
Lembranças que carregaremos para sempre: a motivação de fazer as coisas bem, a constante disposição para o aprendizado e novos métodos de sabotagem — fosse em ações diretas ou na expropriação.
 
Poucos dias depois, também nos deixou o companheiro anarquista Luciano Pitronello, que nos ensinou o verdadeiro significado da palavra convicção. A tristeza parecia ter vindo para ficar — e como não? Apenas 13 dias após a partida do Lupi, nos deixou a companheira e amiga Belén, que desde muito jovem se posicionou como anarquista antiautoritária. Sempre com mãos solidárias e dispostas, ela apoiou diversas instâncias da luta anárquica. Muitas são as lembranças que vêm à nossa mente — dúvidas, arrependimentos, emoções diversas que nos atormentaram a nós que conhecemos de perto essxs companheirxs.
 
Alguns dxs companheirxs chegaram a se conhecer entre si, como a Belén com o Tortu, e o Lupi com a Belén. Porque a confrontação uniu nossxs caídxs. Não os esqueceremos e eles viverão para sempre na luta contra a autoridade e pela libertação total. Porque agosto é negro como nosso coração e como a pólvora.
 
Não esquecemos tampouco de Alonso Verdejo, que foi covardemente assassinado na romaria em 8 de setembro — exatamente um mês após o irmão Lupi.
 
Abraçamos a cada uma das individualidades que hoje sentem a dor e as lembranças vividas com cada um dxs nossxs irmãs que já partiram — nossxs irmãs, pessoas de coração nobre, solidárixs, que se foram sem pedir nada em troca, mas continuam vivxs em todos os corações antiautoritários, espalhando suas ideias como o fogo que atenta contra o progresso.
 
Companheirxs caídxs presentes, agora e sempre no fogo da revolta.
 
LBDL
 
Fonte: https://es-contrainfo.espiv.net/2025/08/04/santiago-chile-a-casi-un-ano-que-nos-golpeo-la-vida-texto-en-memoria-de-nuestrxs-companerxs-y-en-el-marco-del-agosto-negro/
 
Tradução > Liberto
 
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agência de notícias anarquistas-ana
 
Sertão nordestino —
mandacaru solitário
enfeita a paisagem.
 
Renata Paccola

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