[Espanha] Paremos o mundo por Gaza!

Cuidar da Flotilha, bloquear a Volta, protestar contra o genocídio…

Nos últimos dias, segunda-feira 8 e terça-feira 9 de setembro, a Global Summud Flotilla foi atacada por drones carregados com material incendiário. Uma estratégia que parece querer se tornar norma e que viola o direito internacional em um exercício de sabotagem nauseante. Os barcos atacados estavam atracados no porto da Tunísia e, no primeiro deles, Family, viajava o comitê diretivo da organização e algumas das figuras mais conhecidas da missão; entre eles Greta Thunberg, Yasmine Acar e Thiago Ávila. Felizmente, não houve danos graves nem pessoas feridas em nenhum dos dois casos. São ataques covardes contra uma missão que pretende dar um abraço humanitário aos habitantes da Faixa de Gaza. Uma agressão por trás da qual ninguém duvida que esteja, mais uma vez, o Estado de Israel, alérgico a tudo que tenha a ver com direitos humanos e com a denúncia do genocídio. A Flotilha já anunciou que não pretende se deter, que seu rumo segue firme, que não há tempo para recuar diante das ameaças e violências do Estado de Israel.

No dia seguinte, a Volta à Espanha voltou a ser interrompida por protestos. Uma constante que acompanha a competição ciclística desde sua largada. Milhares de pessoas de toda a Galícia tomaram as estradas para protestar contra a presença da equipe ciclística Israel Premier Tech. Mais uma vez, nada pôde evitar o grito de indignação de milhares de cidadãs e cidadãos que não vamos normalizar o genocídio ao vivo nos noticiários e depois assistir tranquilamente a uma corrida de ciclismo como se nada estivesse acontecendo. Não queremos que pelas nossas ruas passe uma equipe cujo único propósito é avalizar a política criminosa e assassina de Israel, cujo dono ainda é amigo íntimo do criminoso Benjamin Netanyahu. O verdadeiro campeão desta edição é a Palestina e as milhares de pessoas solidárias com sua causa. Que a organização da Volta se prepare: até chegar à linha de chegada em Madri, a competição vai se tornar cada vez mais difícil…

Essas não são as únicas demonstrações de solidariedade que neste momento estão dando um passo à frente. Há professoras e professores que realizaram ocupações para denunciar a situação na Palestina, e já se fala em greves estudantis para as próximas semanas. As trabalhadoras e trabalhadores do porto de Gênova conclamam a população a tomar as ruas se a Flotilha for atacada. A CGT e outros sindicatos dos cinco continentes estamos estudando a forma de coordenar um grande protesto internacional, que seja uma resposta global contra o genocídio e um gesto de apoio à Flotilha. É um clamor mundial que é preciso deter o genocídio e que seus responsáveis devem ser julgados.

Conclamamos toda a classe trabalhadora a expressar sua indignação e manifestamos mais uma vez nosso apoio a um povo que está sendo massacrado impunemente, diante do olhar impassível de uma comunidade internacional cúmplice. É hora de agir e de parar o mundo. O que está em jogo na Palestina nos afeta em nosso dia a dia, no planeta em que queremos viver, no tempo e na ética que queremos habitar.

Apoio total à Flotilha, paremos a Volta, detenhamos o genocídio

Solidariedade com o povo palestino

cgt.es

Tradução > Liberto

agência de notícias anarquistas-ana

em nosso universo
breve, passa, com pressa! e
graça, a borboleta

Issa

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