Distúrbios e bloqueios na Itália em uma greve contra a guerra em Gaza

A Itália viveu ontem (22/09) uma jornada de greve geral convocada pelos sindicatos de base do país em solidariedade com o povo palestino. Umas greves que afetaram especialmente portos, o transporte público, a saúde e o ensino, e que terminaram com fortes confrontos em Milão entre manifestantes e policiais.

De Turim a Nápoles, a greve geral decorreu sem incidentes na maioria das mais de 80 cidades que saíram às ruas contra a invasão em Gaza. Só em Roma, segundo a organização, o protesto mobilizou mais de 100 mil pessoas.

Em Milão, no entanto, o protesto degenerou em confrontos com a polícia quando cerca de uma centena de manifestantes encapuzados tentou entrar à força na estação de trem, quebrando portas e mobiliário urbano. A polícia de choque usou gás lacrimogêneo para dispersá-los. Pelo menos 20 pessoas foram detidas e 60 agentes da polícia ficaram feridos. Anteriormente, na Praça da República, perto do Consulado Geral dos Estados Unidos, alguns manifestantes queimaram bandeiras de Israel, dos Estados Unidos, da UE e da OTAN.

“A greve foi convocada em resposta ao genocídio em curso na Faixa de Gaza, ao bloqueio da ajuda humanitária pelo exército israelense e às ameaças contra a missão internacional da Flotilha Global Sumud”, explica a central sindical USB (Unione Sindacale di Base).

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