Pescadores artesanais do Marajó querem fim da exploração de petróleo na Amazônia

Às vésperas da COP30, comunidade pesqueira faz protesto contra projeto de exploração na Foz do Amazonas

Às vésperas da COP30, pescadores artesanais  da Ilha do Marajó se uniram no domingo (21/09), em Jubim, para protestar contra a exploração de petróleo na Foz do Amazonas. Dezesseis barcos formaram uma linha e exibiram uma faixa gigante com a frase: “COP30: Amazônia de Pé, Petróleo no Chão”.

O projeto de exploração na Foz do Amazonas é visto como uma ameaça à segurança alimentar e econômica da comunidade, pois coloca em risco os ecossistemas marinhos e os estoques pesqueiros. Um vazamento ou a simples presença da indústria do petróleo poderia poluir a água e destruir o modo de vida tradicional dos pescadores.

A mobilização destaca o papel crucial das comunidades que vivem na linha de frente dos impactos da exploração de combustíveis fósseis. Nelson Bastos, pescador e pesquisador da UFPA, alerta que a exploração agravaria os problemas já enfrentados pelos pescadores, que têm suas ferramentas e redes danificadas pelo trânsito de navios.

“E com a exploração de petróleo em curso na Foz do Amazonas, a vida dos pescadores artesanais do Jubim e do Marajó está ainda mais ameaçada. Estes grandes projetos em curso no território amazônico deixam as comunidades tradicionais da região vulneráveis ao capital internacional, que vem nos explorar e deixar os pescadores sem opção”, disse.

A mensagem das comunidades é clara: a COP30 não pode ser coerente com a abertura de novos poços na Amazônia. A ação no Marajó simboliza uma “linha vermelha” contra a violência e a destruição ambiental, exigindo um futuro sem fósseis e sem “falsas soluções”.

Fonte: agências de notícias

agência de notícias anarquistas-ana

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Sandra Miyatake Sakamoto

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