
Na quarta-feira passada, 15 de outubro, nos unimos à greve geral em solidariedade com o povo palestino, para denunciar o genocídio que está sofrendo e a cumplicidade dos estados ocidentais no mesmo.
Fomos a nossos centros de trabalho, mas não para trabalhar, mas para informar aos trabalhadores do motivo e da importância da greve e seus direitos nela.
Às 7h00 da manhã começamos com o primeiro piquete, frente a um dos centros de menores gestionados pela Fundação Diagrama, que tentou obstruir o direito à greve dos trabalhadores com uns serviços mínimos abusivos nos quais havia mais pessoal que em muitos turnos em dias normais.
Depois estivemos na estação de Príncipe Pío falando com os transeuntes, que manifestaram em mais de uma ocasião não ter conhecimento da jornada de greve convocada, o que demonstra que a mesma não foi convocada nem preparada com a antecedência suficiente, erro que já advertimos na anterior convocatória em 2024.
Seguimos a jornada de luta com um piquete nos escritórios de Revoolt, subcontratada da Glovo que explora ainda mais que esta a seus empregados.
A reunião seguinte foi em frente ao centro ocupacional Barajas, onde também impuseram uns serviços mínimos que gostaríamos que tivessem quando não há greve.
O último dos piquetes informativos o realizamos ante o centro juvenil El Sitio de Mi Recreo, gestionado pela empresa Tandem, que recentemente despediu um de nossos companheiros por sua luta sindical.
Por último, nos concentramos frente à junta municipal de Vallecas, onde seguimos informando sobre o genocídio do povo palestino e chamando ao boicote à Israel antes de irmos juntos à manifestação de Atocha a Callao.
Na CNT-AIT Madrid sempre estaremos do lado dos oprimidos e apoiaremos as causas justas, mas isso não nos impede sermos críticos com a maneira na qual esta greve foi convocada. Toda greve requer um extenso trabalho prévio se queremos que esta tenha êxito. Não vale convocar depressa e correndo para sair na foto, como fizeram alguns. Porque então as pessoas não se inteiram de que há greve ou não entendem as razões da mesma e não aderem. E isso, além de levar ao fracasso da mesma, desvirtua o próprio conceito de greve. Das paralisações parciais dos sindicatos amarelos nem falamos, porque é uma clara tentativa de boicote que não surpreende ninguém.
Gostaríamos de finalizar esta crônica fazendo um chamado à reflexão para evitar cometer no futuro os mesmos erros. Para que na próxima greve paremos todas e obriguemos o estado e o capital a ceder ante nossas reivindicações. Porque sobram razões para uma greve geral, porque estamos fartos de cortes para aumentar o gasto militar. Estamos fartos de que com o suor de nosso rosto se financiem bombas que matam ao povo palestino. Estamos fartos de que os donos do mundo joguem com nossas vidas.
madrid.cntait.org
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Nesta fria noite
Dorme no fundo do poço
A Lua encurvada.
Mary Leiko Fukai Terada
Nossas armas, são letras! Gratidão liberto!
boa reflexão do que sempre fizemos no passado e devemos, urgentemente, voltar a fazer!
xiiiii...esse povo do aurora negra é mais queimado que petista!
PARABÉNS PRA FACA E PRAS CAMARADAS QUE LEVAM ADIANTE ESSE TRAMPO!
Um resgate importante e preciso. Ainda não havia pensado dessa forma. Gratidão, compas.