Tecendo Caminhos à Revolução Ecológica

Em Belém, trabalhadores são explorados e partes da Amazônia devastadas para receber a COP30, a cúpula anual do clima patrocinada pela ONU. Há 30 anos, líderes governamentais, cientistas, grandes ONGs e corporações de todo o mundo afirmam que vão resolver o problema, mas ele só piora. Não surpreende, porque as instituições que tentam monopolizar as soluções são as mesmas que causam o problema, destruindo nossos ecossistemas, nos explorando, cortando nossos serviços de saúde e colocando em risco nosso acesso a alimentos, moradia, ar puro e água.

Não temos o luxo de confiar neles nem mesmo por mais um dia.

Em novembro, enquanto os ricos e poderosos se encontram e fazem acordos, uma rede anticolonial com ramificações em todo o mundo se unirá ainda mais. Anarquistas lutando nas cidades por moradia, saúde e transporte gratuito e contra o autoritarismo que destruiu revoluções anteriores. Comunidades rurais que fugiram da pobreza extrema nas cidades, sobreviventes do colonialismo e da diáspora africana, retomando terras das garras do agronegócioe de outras indústrias extrativistas, curando-as, cultivando seus próprios alimentos e, então, compartilhando-as por meio de suas redes em expansão. Povos indígenas que chamam a Amazônia de lar, que a defendem, que cuidam da floresta e dos rios e nunca perderam as formas ecossistêmicas de organizar suas comunidades.

Queremos fortalecer nossos laços e aprender uns com os outros. Queremos mostrar ao mundo que toda nós podemos nos desconectar desta Máquina que destrói a vida. Queremos deixar claro que o Estado, capitalistas, especialistas, as grandes instituições de caridade não vão nos salvar desta enorme crise que eles causaram. E queremos disseminar exemplos de como é uma mudança real, para que pessoas em todos os lugares possam apoiar tais iniciativas em suas próprias regiões ou iniciar novos projetos e se juntar a esta rede crescente, uma rede que não é um Partido ou uma organização única. Não queremos que vocês abram mão de sua autonomia, de seu pensamento crítico, de sua história. Queremos conversar com você, para que possamos aprender umas com as outras e apoiar uns aos outros em um espírito de solidariedade e ajuda mútua.

Para isso, precisamos da sua ajuda: pagando o transporte enquanto cruzamos as fronteiras que nos separam. Pagando a alimentação básica enquanto alguns de nós pegamos a estrada para encontrar novos amigos e aprender sobre projetos e lutas de São Paulo a Belém, distâncias de milhares de quilômetros. Pagando equipamentos que nos ajudarão a dar entrevistas e a produzir documentários sobre o que estamos aprendendo. E trazendo recursos para projetos que possam inspirar resistência ao redor do mundo.

Doe o que puder. Compartilhe com amigos. E quando os artigos, entrevistas, podcasts e vídeos deste projeto começarem a sair nos próximos meses, por favor, ajude-nos a divulgá-los e traduzi-los!

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agência de notícias anarquistas-ana

Escudo de papel:
as leis são frágeis diante
de um poema em brasa.

Liberto Herrera

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