
A União Federalista Anarquista (UFA) é uma organização de luta de classes e revolucionária, um veículo político e um expoente do anarquismo e de sua rica tradição de movimentos em todo o mundo. Seu objetivo estratégico é a Revolução Social, a derrubada do poder do Estado e do capital e a construção de uma sociedade libertária baseada na autogestão coletiva, na solidariedade e na igualdade social. De uma sociedade em que a produção, os serviços e todos os assuntos da vida social estarão nas mãos da própria base social e de seus órgãos coletivos.
A UFA foi constituída em novembro de 2025, numa época marcada por enormes reconfigurações históricas. Vivemos um período em que as contradições do sistema capitalista não podem mais ser ocultadas nem embelezadas. Desde o início da crise econômica global de 2007–2008, que nunca foi superada, o sistema capitalista tem estado em um constante declínio: colapsos financeiros, falências de países, pilhagem e esgotamento dos recursos naturais, inflação, conflitos geopolíticos para a reordenação das esferas de influência. As políticas implementadas para a “salvar a economia” não tinham como objetivo salvar os povos e as classes trabalhadoras, mas o grande capital e sua lucratividade. Os resultados são globais e visíveis em todos os cantos do planeta: guerras, empobrecimento violento, exacerbação do autoritarismo estatal, desmantelamento e privatização das estruturas públicas de assistência social, transformação de países inteiros em zonas de mão de obra barata e desenraizamento em massa. Tudo isso não é resultado de “políticas erradas”, mas sim consequências inevitáveis da crise estrutural de um sistema explorador que, para perpetuar sua dominação, não hesita em recorrer a sacrifícios humanos e enormes desastres sociais.
Na Grécia, a crise capitalista global assumiu a forma de crise da dívida e a política de transferência de responsabilidades por suas causas para a esmagadora maioria social, para a qual todo o peso de seus impactos também foi transferido, pagando um preço altíssimo. O conjunto dos governos de memorando que estiveram à frente da administração política, de mãos dadas com a União Europeia, o FMI e o grande capital nacional e internacional, demoliu conquistas sociais que haviam sido alcançadas com duras lutas de classe e sociais, muitas vezes sangrentas, como as oito horas de trabalho, as convenções coletivas, o direito de greve, as liberdades sindicais, a ação política nas universidades, etc. A reestruturação social violenta no espaço grego ainda não foi concluída; pelo contrário, assume aspectos cada vez mais bárbaros, com as regras fiscais do memorando permanecendo em vigor, a inflação corroendo a renda dos trabalhadores e a repressão estatal esmagando sem obstáculos as resistências, preparando o terreno para a imposição total dos planos do Estado e do capital. É certo que o pior está por vir, enquanto as lutas sociais e de classe estão em retrocesso após a derrota e a assimilação da década anterior.
Nesta conjuntura histórica de crise e decadência, a construção de uma organização anarquista foi para nós uma tarefa política tanto na direção da reorganização das lutas quanto na perspectiva da necessidade da Revolução Social, que é a única solução para os nossos tempos. Uma organização que será a vanguarda da luta da classe trabalhadora, dos pobres, dos desempregados, da juventude e de todos aqueles que vivenciam diariamente a exploração e a opressão em um mundo doente. A UFA nasceu precisamente para dedicar todas as suas forças a esses propósitos, à criação desta organização e à elaboração de um programa e estratégia revolucionários no meio da guerra social e de classes que se alastra diariamente.
A União Federalista Anarquista luta para convencer que outro mundo não é apenas necessário, mas também possível. Que nenhuma “gestão” burguesa da crise e nenhuma mudança de governo pode beneficiar a grande maioria social, cujo único interesse é a derrubada, a revolução, o estabelecimento de outro modelo de organização da economia e da vida social: o Comunismo Libertário, a Anarquia! Nesse contexto, lutamos pela construção de um movimento anarquista moderno, combativo e revolucionário, que não se limitará à protesto ou ao papel de “bagunceiro” na retaguarda das lutas e da luta de classes, mas que apresentará um programa, um plano e uma estratégia de derrubada. Que não apenas se defenderá, mas também atacará, que não seguirá a “agenda” da atualidade política, mas protagonizará os desenvolvimentos políticos e a luta em todas as frentes de classe e sociais. Paralelamente, lutamos pela reconstrução do movimento operário e estudantil em outras bases, sem tutela, de baixo para cima, longe dos programas burgueses e dos agitadores falidos da ditadura do partido sobre o proletariado.
A UFA visa a ação organizada nos locais de trabalho, nos bairros, nas universidades, nos empreendimentos sociais, em cada pequena e grande luta dos nossos tempos. Contra a desilusão, a resignação e o medo, contra a futilidade do “nada muda” que a ideologia dominante e o pós-moderno “fim das revoluções” pregam, contra o individualismo e o reformismo.
A declaração de princípios fundadores e o estatuto de identidade-funcionamento-objetivos da União Federalista Anarquista serão divulgados nos próximos dias.
Organize-se – Coletivize-se – Lute
REVOLUÇÃO SOCIAL — para o presente e o futuro do mundo.
EVENTO-APRESENTAÇÃO da União Federalista Anarquista –
Sexta-feira, 28/11 às 18h na ASOEE
União Federalista Anarquista
Contato: fean@riseup.net
agência de notícias anarquistas-ana
Frondosa mangueira
Sua florada antecipa
Sabor da manga.
Mary
Nossas armas, são letras! Gratidão liberto!
boa reflexão do que sempre fizemos no passado e devemos, urgentemente, voltar a fazer!
xiiiii...esse povo do aurora negra é mais queimado que petista!
PARABÉNS PRA FACA E PRAS CAMARADAS QUE LEVAM ADIANTE ESSE TRAMPO!
Um resgate importante e preciso. Ainda não havia pensado dessa forma. Gratidão, compas.