
No dia 15 de novembro, primeiro dia da comemoração de três dias do 52º aniversário da revolta da Politécnica de 1973, logo pela manhã, aproximadamente 200 membros da ARAS [organização de tendência maoísta], usando capacetes e com uma formação de estilo militar, alinharam-se no pátio da Politécnica e lançaram um ataque cego, furioso, sangrento e assassino contra os anarquistas.
Depois de abrir cabeças e quebrar braços no exterior do prédio, os hooligans continuaram dentro do edifício da Tositsa, destruindo e batendo em tudo o que encontravam pelo caminho, onde prenderam dezenas de pessoas, trabalhadores, estudantes, anarquistas. Entre eles estavam membros da Iniciativa de Estudantes Anarquistas de Atenas e da APO, que naquele momento estavam preparando o espaço no térreo do prédio para a exposição do material político e em preparação para o evento programado para a tarde.
A brutalidade do pogrom perpetrado pela gangue da ARAS foi demonstrada tanto pela bestialidade, através do terrorismo, em todo o recinto da Universidade Politécnica, quanto pelo exercício desenfreado de violência impensada, que poderia inclusive resultar em mortes. Isso ficou evidente pelo confinamento de um grande número de pessoas em um espaço fechado, pela perseguição por escadas e corredores, pelos golpes repetidos e incontroláveis na cabeça, nos braços e em outros órgãos vitais, por deixarem nua uma companheira, pelas ameaças e pelo risco real de pessoas caírem das janelas do prédio. O resultado foi de aproximadamente 20 feridos com fraturas na cabeça, nas mãos e nos dedos, a abertura de um inquérito policial por suposta briga, a denúncia contra os feridos que foram levados para o Hospital Evangelismos e a inevitável e absoluta provocação de todas as comemorações de três dias.
O planejamento, a organização e a execução deste ataque dos capangas da ARAS não só tinham as características típicas de uma ação paramilitar, mas também a seleção de alvos para tal ataque. Esta operação de imposição com características de tipo militar só pode ser articulada com o ataque geral da repressão estatal tanto nos espaços universitários, onde se manifesta com medidas disciplinares, expulsões, perseguições, câmeras de vigilância e a criminalização e tentativa de expulsão das propostas radicais, combativas e anarquistas do espaço de asilo [universitário], quanto mais amplamente nas lutas sociais e de classe e no ataque ideológico e repressivo em curso contra os anarquistas.
A ARAS é, sem dúvida alguma, um corpo estranho às lutas estudantis e sociais e de classe em geral, e assim deve ser tratada. As organizações que colaboram com ela devem isolá-la, caso contrário, acobertarão suas ações assassinas e de quinta falange.
Diante da fracassada tentativa atemporal do Estado de enterrar os verdadeiros significados e conteúdos da revolta da Politécnica de 1973, das atuais manobras repressivas das autoridades reitorais, do terrorismo estatal contínuo e cada vez maior, as lutas autogestionadas e coletivas da sociedade e da juventude não são reprimidas. O movimento anarquista não recua – não se submete. A luta contra toda autoridade continua e vencerá.
Para trás cafajestes – avante camaradas
Abaixo o Estado, abaixo o poder
Organização e luta pela anarquia
Nenhuma perseguição aos detidos.
Organização Política Anarquista – Federação de Coletivos
apo.squathost.com
agência de notícias anarquistas-ana
lerdamente,
a água empurra a água
e o rio flui
Alaor Chaves
Nossas armas, são letras! Gratidão liberto!
boa reflexão do que sempre fizemos no passado e devemos, urgentemente, voltar a fazer!
xiiiii...esse povo do aurora negra é mais queimado que petista!
PARABÉNS PRA FACA E PRAS CAMARADAS QUE LEVAM ADIANTE ESSE TRAMPO!
Um resgate importante e preciso. Ainda não havia pensado dessa forma. Gratidão, compas.