
Completam-se 44 anos da injusta prisão de Mumia Abu-Jamal que hoje luta por sua saúde e sua liberdade. Na Filadélfia, acontece uma marcha de 13 dias para exigir atenção médica e liberdade para Mumia, parte de uma jornada de agitação para que cuidassem da perda de visão de Mumia. Já houve uma primeira intervenção que permitiu recuperar a vista de um olho, mas ainda falta para seu outro olho e sua saúde em geral. No México, preparam um ato por Mumia e em memória de Carolina Saldaña, a companheira militante que divulgou seu trabalho jornalístico e de tradução da obra de e sobre Mumia no México e em parte importante da América Latina. A seguir, compartilhamos um texto divulgado pelo site mumiafree.org, que está sendo distribuído nesta marcha pelos Estados Unidos exigindo a liberdade para Mumia.
MUMIA ABU-JAMAL, lutador pela liberdade, jornalista, avô, preso político estadunidense.
Mumia foi preso político na Pensilvânia durante 44 anos, 29 deles no corredor da morte.
Veterano dos Panteras Negras, rádio jornalista, avô, acadêmico, destacado pensador revolucionário e um afetuoso veterano do movimento, Mumia difunde lutas em todo o mundo com sua poderosa voz e seus escritos. Mumia é vítima do racismo e da violência policial, alvo da guerra do governo contra a população negra e os movimentos de liberação negra.
Capturado aos 27 anos, agora tem 71. Mumia foi baleado, incriminado e condenado injustamente pelo assassinato de um policial em 9 de dezembro de 1981. Violência policial, fiscal e judicial. O juiz Sabo, que presidia o julgamento, foi escutado por um taquígrafo judicial antes do julgamento de Mumia: “Vou ajudá-los a fritar o negro”. Sabo condenou Mumia a morte em 3 de julho de 1982. O movimento popular obrigou o estado a retirar Mumia do corredor da morte em 2011, mas agora ele enfrenta a pena de morte por encarceramento e um sistema penitenciário que tenta eliminá-lo mediante graves abusos e negligência médica.
Provas encontradas 36 anos depois do julgamento, ocultas na promotoria da Filadélfia, confirmam que o promotor subornou testemunhas para que declarassem falsamente; excluiu sistematicamente pessoas negras do jurado; e ocultou provas favoráveis a Mumia, de seu advogado e do jurado. Em 2022, quando Mumia solicitou um novo julgamento, a liberação ou inclusive uma simples audiência sobre as provas, os tribunais injustos e cruéis o negaram.
Aos 15 anos, Mumia escreveu para o jornal Black Panther e posteriormente se converteu em um premiado jornalista de rádio. Desde “as entranhas do barco negreiro moderno” (uma prisão estadunidense), Mumia analisa a atualidade, fala de história e música; compartilha humor e se solidariza com as pessoas oprimidas de todo o mundo.
Mumia é autor de 14 livros, entre eles “Ao vivo desde o corredor da morte”, “Advogados do cárcere”, “Queremos liberdade”, “A fé de nossos pais” e, mais recentemente, coautor de “Sob a montanha”, uma profunda coleção de escritos de pessoas inspiradoras que, ao longo dos anos, experimentaram o terrorismo de Estado e o cativeiro.
Sindicatos, líderes políticos e religiosos, celebridades, grupos de direitos humanos e pessoas de todo o mundo (por exemplo, África do Sul, México, Alemanha, França, Inglaterra) apelaram aos juízes e governadores da Autoridade Palestina a liberar Mumia. Os estivadores fecharam portos e várias cidades da França o nomearam cidadão honorário. A Universidade de Brown alberga os arquivos penitenciários de Mumia, catalogados e disponíveis para o público.
Com a solidariedade internacional e o poder do povo, Mumia será liberado. Devemos seguir lutando! Como disse Mumia: “Com amor, não com tristeza”.
Abu-Jamal viu as falhas na atenção médica do sistema penitenciário faz uns anos quando lhe negaram o tratamento para a hepatite e desenvolveu cirrose hepática. “Só mediante campanha pública está vivo hoje”, disse o médico. E agora, é necessário outro esforço similar para garantir que Abu-Jamal receba um tratamento vital.
O médico disse que Abu-Jamal sofre complicações devido à retinopatia diabética, o glaucoma e a cirurgia de cataratas que podem provocar cegueira permanente. Necessita cirurgia, mas o Departamento Correcional nega tratamento imediato.
A marcha que se faz nos Estados Unidos tem como objetivo pressionar por atenção médica para Mumia.
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Sobre a folha seca
as formigas atravessam
uma poça d’água
Eunice Arruda
não...
Força aos compas da UAF! Com certeza vou apoiar. e convido aos demais compa tbm a fortalecer!
Não entendi uma coisa: hoje ele tá preso?
Vlw Ana, por sempre atualizar quem fala portugues sobre as movidas gregas!
E em breve quando se iniciar outro ciclo eleitoral (2026) supostos anarcos que nada fazem dirão que o único caminho…