Arte e propaganda libertária é um evento entre uma amostra, uma distribuidora e um lugar onde discutir a luta antiautoritária e a relevância da alternativa anarquista, que terá lugar em 17 e 18 de outubro de 2015 no espaço Encarnación González, 8 de Vallecas.
Esta é uma proposta construtiva ante a inexistência de tais iniciativas e uma resposta à hegemonia ideológica do neoliberalismo na arte do presente, em que uma variedade de vozes reflete em seu trabalho a vigência da ideia libertária e do anarquismo.
O compromisso dessa mostra atinge todas as fases da sua produção. Partilhamos os princípios do antiautoritarismo, autogestão, solidariedade e apoio mútuo com o anarquismo.
Entendemos que a arte deve ser compartilhada livremente e para isso devemos agir para a realização material dessas ideias.
O objetivo é para contrastar e dar um novo passo na reflexão sobre o que podemos contribuir na criação de outra realidade. Aqui entendemos a arte como um ato comunicativo, cujos resultados servem muito mais do que ser apenas contemplados, expostos, armazenados ou tornar-se mercadoria. Eles são principalmente veículos de pensamento, alguns também de experiência.
A propaganda, a palavra impressa, tem sido uma das aplicações básicas e históricas da estética anarquista. Neste sentido, apontamos diferentes posições da arte contemporânea que provem ou compartilham do espaço do agit-prop, enquanto experimentam novas configurações deste. Se o potencial crítico da arte desenvolve-se melhor em contextos políticos que são diferentes do mercado, observam-se certas práticas que podem escapar a lógica financeira da arte e ser eficaz como propaganda nos permitindo pensar nas contradições de uma prática artística limitada à estrutura comercial do capitalismo, para assim encontrar áreas de resistência.
Situamos-nos em um campo em que arte e propaganda se contaminam estendendo sua recepção, por isso sublinhamos o fato de que esta iniciativa é também um tipo de distribuidor em que muitos dos seus materiais vão ocupar a esfera pública sem o rótulo artístico.
Nós também queremos tornar claro que isto não é uma homenagem ao passado, mas que procuramos gerar um artefato de luta dentro do movimento libertário. O anarquismo sempre prestigiou a cultura como uma das batalhas necessárias da luta de classes. Temos a lição do passado, mas nós não devemos cair em nostalgia. Estamos conscientes do peso das ideias libertárias na história, mas ao fim e ao cabo, essas ideias só fazem sentido se nós continuarmos a desenvolvê-las.
Não acreditamos em gênios como não acreditamos em Santos. Nossa esperança é colocada na ação coletiva. Estamos convencidos de que a arte é aqui e agora. Não queremos fazer teoria da arte, mas tirar conclusões a partir da prática. Nós não queremos discutir qual deve ser a forma ou a aparência da prática da arte, queremos defender a necessidade de uma arte que se encontre com as pessoas sem pautas de comportamento preestabelecidas. Nós convidamos você a participar do recital de poesia, da exibição de vídeos, visitar as várias propostas e perguntar o que fazemos. Queremos colocar a arte na luta libertária, porque hoje mais que nunca, devemos nos posicionar, comprometendo-se a um grau que cresce segundo aumenta o estado de cativeiro em que nos encontramos e que pretendemos contribuir na medida de nossas possibilidades.
Os reunidos aqui, não o foram através de uma curadoria, palavra com aroma policial, mas através de uma rede horizontal constituída como um grupo de afinidade, que poderia ter continuado a expandir e se parou o fez em razão de restrições materiais de espaço e organização, pelo que encorajamos todos os que se sintam próximos dessa iniciativa a colocar em marcha as suas próprias propostas e compartilhá-las.
Saúde e revolução social.
Twitter: @ArteyAnarquia
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
A flama brilha
Silêncio da noite
Fascínio da mariposa
CassMarie
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…