A p r e s e n t a ç ã o
O quê é “El Irresponsable” (O Irresponsável)? Um ensaio? Uma obra de narrativa? Um tratado de filosofia? Uma proposta poética? Não saberíamos dizê-lo, ainda que tenha muito de tudo isso.
Pedro García Olivo se subleva contra a forma “moderna” de ensino, contra os educadores “progressistas”, contra os inconfessáveis propósitos políticos de todo Reformismo Pedagógico. Povoa seu livro de imagens, de metáforas, de alegorias; o toque de poesia e de tragedia; se rodeia do discurso dos demais, se deixa acompanhar pelas vozes de seus queridos inspiradores, poetas românticos e escritores malditos em primeira linha (Rimbaud, Baudelaire, Blake, De Quincey, Wilde, Artaud, Genet, os presos de Fontevrault; ainda que também Nietzsche, Van Gogh, Kropotkin, Bakunin, Bataille, Brecht, Lawrence, Godard); converte cada capítulo em uma viagem por terras desconhecidas, mas uma viagem realizada pelo prazer do trajeto, do percurso e não sob a exigência de chegar com prontidão a um ponto determinado; e propõe, ao fim, quase o inadmissível, o intolerável, o monstruoso, algo que tem que ver com a loucura, com o terror, com a arte: uma prática rigorosamente criminal da docência, encaminhada à consecução da Expulsão.
Ler “El Irresponsable” é uma aventura desconcertante. Suas teses, irremediavelmente polêmicas, podem abrir feridas a um flanco e a outro da Opressão, entre os adoradores do Sistema, mas também entre seus críticos. A “Linterna Sorda” devolve as asas da imprensa a um bonito livro diabólico, envolto em fotografias e grafitis sublimes.
Livro: El Irresponsable
Editora: La Linterna Sorda, Colección Rugido y carcajada, 3. Madrid 2016
Páginas: 128. Rústica 20×15 cm
Preço: 14.00€
agência de notícias anarquistas-ana
Manhã de neve.
Até mesmo os cavalos
Ficamos olhando.
Bashô
UM ÓTIMO TEXTO!
COMO FAZ FALTA ESSE TIPO DE ESPAÇO NO BRASIL. O MAIS PRÓXIMO É O CCS DE SP!
ESSE CASO É O CÚMULO DO ABSURDO! A JUSTIÇA ESPANHOLA NÃO TENTA NEM DISSIMULAR SEU APOIO AO PATRONATO, AO FASCISMO!
Excelente
Esquerdistas não são anarquistas. Lulistas muito menos. Uma publicação desacertada que não colabora com a coherencia anarquista.