Data: 12/11/2016
Local: Porto – Lisboa – Algarve
Há um ano atrás, saiu da Cúpula COP-21 o Acordo de Paris, cujo objetivo é travar a subida descontrolada da temperatura no planeta, mantendo o aumento da temperatura média global a menos de 1,5ºC acima dos níveis pré-industriais. Desde então, 2015 foi o ano mais quente desde que há registos e 2016 será ainda pior. Desde a última Cúpula do Clima, todos os meses foram o mês mais quente desde que há registros. O planeta ferve, sob a pressão dos combustíveis fóssei s, da indústria pesada, da agro-pecuária intensiva, do comércio e transporte de longas distâncias.
O consenso quanto às alterações climáticas e ao gigantesco perigo que representam para a Humanidade, em particular para as camadas mais desprotegidas da população, tarda em produzir efeitos concretos numa economia viciada em emissões e poluição desregulada. É urgente travar as emissões de gases com efeito de estufa e preparar os territórios e as populações para um novo clima: mais quente, mais seco, com fenômenos climáticos ainda mais extremos.
Em Portugal, além dos planos e das estratégias, falta concretizar uma mudança que tenha como objetivo salvar o clima. Para isso, uma das prioridades tem de ser cancelar todas as 15 concessões de prospecção e exploração de gás e de petróleo ao longo da costa portuguesa, do Algarve à Beira Litoral, do Oeste à Costa Alentejana. Estas concessões são um sinal aberrante de que há futuro na exploração de combustíveis fósseis, contraditório com o esp& iacute;rito do acordo de Paris, onde há apenas um ano 191 países concordaram em conter a subida da temperatura, o que implica travar a exploração de combustíveis fósseis. Não haverá uma política climática coerente com estes contratos de exploração de petróleo e gás natural. Será ainda mais difícil pôr termo a estes contratos se o governo português não rejeitar a assinatura dos tratados de livre comércio com o Canadá (CETA, a ser assinado no próximo dia 27) e os Estados Unidos (TTIP), que implicarão o aumento das emissões de gases com efeito de estufa, bem como privilégios acrescidos para as grandes companhias.
Enquanto cidadãos e coletivos, queremos um país e um planeta a prepararem-se para um novo paradigma energético, que respeite os direitos humanos, que ponha as pessoas e a natureza acima dos interesses da indústria petrolífera. Queremos uma outra economia, livre de conceitos e práticas que nos arrastam para a catástrofe.
Dia 12 de Novembro, enquanto decorre em Marrocos a Cúpula do Clima COP-22, sairemos à rua em vários locais do país, para exigir uma resposta séria às alterações climáticas e recusar a exploração de hidrocarbonetos em Portugal.
FB – Porto: https://www.facebook.com/events/909601585841130/
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