Por Carlos Martín
Em 12 de dezembro faleceu Concepción Serrano López, conhecida ativista libertária e precursora na reativação da organização “Mujeres Libres”.
Ontem ao meio-dia nos deixou aos 66 anos Concepción Serrano, mais conhecida como Concha, após um fulminante câncer que não nos deu tempo sequer de poder despedir-nos dela. Para nós que a conhecíamos, curtas serão as palavras para descrever o que esta mulher significou na trajetória dos que compartilhamos tantos momentos de sofrimentos e alegrias. Para alguns seu rosto soará familiar, porque dedicou tanto de sua vida à luta que é fácil saber de suas andanças. Para quem não a tenha conhecido, dizer que seu falecimento é uma grande perda para o mundo libertário onde militava e também do compromisso pessoal frent e às injustiças, porque Concha, dedicada às questões mais intrínsecas da emancipação social, personificava o lado mais desfavoreci do mostrando essas qualidades que tão poucos possuem.
Em idade precoce ela se envolveu com as ideias de liberdade e soubemos que lhe esperaria dezenas de anos de compromisso social. Fez parte dos primeiros anos do Ateneo Libertário de Villaverde, ocupado em 1º de maio de 1980 dentro da campanha estatal de recuperação do patrimônio sindical da CNT. Quando havia que gritar para se fazer ouvir, ali estava Concha e demais companheiros e companheiras que pouco a pouco foram dando forma a este espaço tão significativo. Foi uma das protagonistas da cooperativa de pedagogia libertária chamada “Pequeño Compañerx” que durou mais de 20 anos. Por esta escolinha passaram crianças de toda índole soci al, sendo um centro muito considerado no bairro e a nível estatal por sua metodologia. Concha, dito por suas companheiras, teve um papel fundamental na reativaç&atil de;o de “Mujeres Libres” no ano de 1983. Promoveu a luta das mulheres em todos os rincões e era uma pessoa admirada pelo coletivo de mulheres de qualquer ideologia, inclusive a nível internacional esteve ombro a ombro com suas companheiras. Foi também companheira ativa de inumeráveis atividades do ateneu e do sindicato. Destacou-se por sua tensão e sua inquietude nos direitos das pessoas presas e prestou grande apoio nas campanhas de Mumia Abu-Jamal, José Tarrio, Edu ou os detidos em Tessalônica entre outras.
Foram tantas coisas de um antes e um depois que não é possível tentar citá-las todas, que ademais à sua maneira seguia com sua filosofia de luta saindo à rua pelo que acreditava, com os “Yayoflautas” ou participando dos comedores sociais para os e as deserdadas. No entanto, cabe reconhecer não só sua proeminente atividade social, senão também como era ela com os que tinha a seu redor, que quiçá seja muito mais gratificante e o que finalmente levo comigo. Quem não se lembra das portas de sua casa sempre abertas de par em par, ou a proximidade com as pessoas do bairro ou como se desdobrava pelas crianças e seus companh eirxs. Recordaremos também seu caráter explosivo que mandava à merda a deus e a seu pai e que não em poucas ocasiões foi seu calcanhar de Aquile s, mas da mesma forma, recordaremos esse sorriso abrupto tão contagioso e tantos bons momentos compartilhados. Que apesar de ser tão resmungona com não atirar as pontas de cigarro no pátio das crianças nos queria, e na verdade era um comportamento sentido para com quem se importava. E por quê não dizer também, essas inolvidáveis garrafas com intensas conversações e esse maldito tabaco negro sempre presente.
Daqueles que crescemos com ela sendo infantes e daqueles que compartilhamos barricada, por estas coisas e muitas mais, sempre te recordaremos.
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
tão longa a jornada!
e a gente cai, de repente,
no abismo do nada
Helena Kolody
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…