Todos a bordo: Faremos novamente!
Depois de muitas semanas, a campanha presidencial está em pleno andamento. Pequenas frases insignificantes, pesquisas manipuladas e estratégias obscenas, espalhadas largamente por jornais e emissões de TV. A eleição presidencial é um engodo que se repete a cada cinco anos, o ponto alto da política francesa.
Nada parece existir para além deste remake que sempre acaba apagando as questões políticas por trás das ambições dos políticos. Em período de campanha, a agitação do circo eleitoral encobre com sucesso quase tudo que a excede. Para começar esse muppet show fará, portanto, silenciar tudo o que era a intensidade política dos últimos meses.
Ele colocará um fim, de alguma maneira, as brasas do movimento contra as leis trabalhistas, em Nantes como em outros lugares, com a pacificação nas ruas ou onde têm se encontrando a cada semana a juventude revoltada e o sindicalismo de luta. Fará renunciar uma operação de expulsão da ZAD (Zona A Defender), ainda com promessa de longa data, temendo fazer frente com meses de resistência determinada, suscetível a relegar um segundo plano do espetáculo eleitoral.
No entanto, nós não temos a intenção de deixar o monopólio político para os candidatos às eleições presidenciais nos meses que virão. A política para nós não se reduz à gesticulações nos platôs televisivos, nem na solitude da cabine de votação. Para nós é uma maneira de voltar as ruas, em seu quarteirão ou vila, de se organizar para a luta, ou para viver simplesmente, sem criar expectativas com qualquer governo…
Neste verão, será suficiente – na corrida do movimento contra a lei “trabalhe!” – que nos reencontremos, com ambição de paralisar a universidade de verão do Partido Socialista para que seja anulada. Ainda a pouco, Manuel Valls, renunciou uma reunião em Rennes por medo da movimentação que aconteceria inevitavelmente com a sua presença. Vamos, mais esforço para que a eleição presidencial não tenha lugar aqui!
Na última semana de fevereiro em Nantes, nos é dada uma bela ocasião de criar problemas na inauguração de campanha. No próximo 26 de fevereiro, a primeira candidata à vir a Nantes para um encontro eleitoral não é outra que não Marine Le Pen. E é no mesmo momento que temos, como a cada anos após o 22 de fevereiro de 2015, a semana da resistência.
É com a Frente Nacional (FN) que se abrem as reuniões de fantoches! Não devemos nos esquecer, que eles se tornaram o principal pilar da política clássica. Longe de ser o grupo dissidente do fascismo absolutamente marginais na sua origem, hoje representam o papel principal do espetáculo eleitoral, assegurando uma função dupla. De um lado é o principal prescritor de ideias que os candidatos de todas as correntes estão ansiosos para terem em conta ou para aplicar sua maneira de governar. Por outro, é um espantalho conveniente, o espectro invocado por todos os outros justificarem o voto neles novame nte com o fim de “barrar o fascismo”.
Em suma, a FN, partido dito “antissistema”, tornou-se a pedra angular para o equilíbrio do sistema político. Ao chamarmos para uma perturbação da reunião da FN, na realidade é uma mensagem para todos os candidatos à presidência: “Vocês não são bem-vindos em Nantes!”
De 20 à 26 de fevereiro, a semana da resistência será ritmada com discussões e encontros sobre nossas práticas e perspectivas de lutas. Ela culminará em um fim de semana de ações contra a reunião da Frente Nacional. Vamos todos à Nantes para a primeira etapa de uma contra-campanha que começará!
Todos à bordo!
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Tradução > Rádio Em Missão
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Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
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