Parece que foi ontem, quando uma nova iniciativa irmã de difusão de ideias libertárias abraçada aos sons da música começou a caminhar com a insistência e vontade de expressar muitíssimo mais que um espetáculo mercantil para a glória pessoal de alguns.
Desde aquele momento as iniciativas solidárias diversas, a distribuição contínua de criações autônomas, as atividades de ruído anticapital e anticarcerárias como aporte para a construção de cultura para a guerra social, se mantiveram sem cessar desde uma década.
Em uma realidade onde xs mercenárixs da música se multiplicam e “xs artistas” também, criando-se lendas, a colaboração constante do “Sello Autónomo” com a prática simples do trabalho desinteressado se torna cúmplice e indiscutivelmente companheira.
São muitas as iniciativas que recordo nítidas na memória, no entanto a turnê realizada à Argentina em solidariedade com nossa situação enquanto estávamos prisioneirxs em Newken em 2009, representa para mim o momento onde se cristaliza o compromisso real da música como grito de guerra que alimenta a Resistência Subversiva a hostis dias de prisão.
Saúdo com todo o carinho fraterno estes 10 anos de existência e por certo cada gesto cúmplice, cada projeto que mantêm no alto o laço irmão de continuar colaborando com a luta contra tudo o que nos oprime e reprime.
Usando a música como instrumento de difusão de ideias antiautoritárias, saúde e longa vida ao “Sello Autónomo” e a todxs xs que tornam possível sua existência.
Até destruir o último bastião da sociedade carcerária!!!
Enquanto exista miséria haverá rebelião!!!
Marcelo Villarroel Sepúlveda
Prisioneiro Libertário
Cárcere de Alta Segurança
1 de abril, 2017
Santiago, Chile
Tradução > Sol de Abril
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Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!