Neste post se pode ler a sétima parte de uma série de artigos temáticos sobre a diacronia do fascismo no território do Estado grego. O artigo original, intitulado “Falemos sobre o fascismo moderno” e subtitulado “atualizando nossa análise e organizando a guerra contra suas raízes e não apenas contra os fascistas declarados”, foi publicado no site da coletividade anarquista de Volos Manifesto. Todas as partes podem ser lidas aqui.
O nacionalismo – “patriotismo” esquerdista tem muitas pernas…
“Mas não queremos derrotar o fascismo para substituí-lo por algo pior. Pior que o fascismo é a consolidação do Estado. Os fascistas batem, queimam, assassinam, violam todas as regras da liberdade, esmaga da maneira mais ofensiva a dignidade dos trabalhadores. Mas, francamente, todo o mal que o fascismo fez durante os últimos dois anos (e continuarão a fazer o tempo que os trabalhadores o tolerem) pode ser comparado ao mal que o Estado fez, silenciosamente e regularmente durante muitíssimos anos, e seguirá fazendo enquanto exista?”
Errico Malatesta, 14 de março de 1922, “O Fascismo e a legalidade”, Umanita Nova
Os partidos e organizações esquerdistas-“patriotas” (LAE, EPAM, PLEUSI, etc.) que se opõem a esta narrativa “nacional” predominante propondo outro objetivo “nacional-patriota”, estatista e interclassista, com sua constante propaganda contra os memorandos e seu populismo, até agora não conseguiram persuadir uma parte significativa da população sobre o caráter real de sua narrativa. Ou seja, se sob condições de globalização financeira, sem que o Estado possa tomar empréstimos no exterior e com possibilidade de produção e fabricação de energia interna e recursos industriais (dentro das fronteiras) deficiente para necessidades individuais e sociais modernas, é possível o regresso ao “liberalismo radical” anterior de uma moeda “nacional” inflacionária ou a um modelo estatal-capitalista do tipo da ex-União Soviética. Estão propagando um modelo que, independentemente do grau de intervenção do Estado no desenvolvimento das forças de produção, pretende que a nível comunicativo pareça um “oásis” dentro do “deserto” capitalista da globalização …
Não é de todo curioso que esta segunda narrativa nacional-patriótica e minoritária tenha muitos pontos em comum com o relativo “programa econômico” do Aurora Dourada fascista, ou pelo menos até o assassinato de Fyssas e o início do “impulso” institucional e legal para a organização fascista, cujo objetivo era sua transformação em um componente político “sério” do chamado “arco institucional”. Levando em consideração essas duas narrativas “nacionais” da Esquerda, a predominante e a minoritária, não é surpreendente que as lutas de classe relativamente massivas de 2010 a 2012 já estejam visivelmente mais fracas.
O texto em grego:
https://manifesto-volos.espivblogs.net/2017/09/18/about-fascism/
O texto em castelhano:
http://verba-volant.info/es/hablemos-del-fascismo-moderno-parte-vii/
Tradução > Liberto
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