por Carolina
Hoje, segunda-feira, 29 de outubro, às 8 horas, os advogados de Mumia Abu-Jamal e alguns compas puderam entrar na sala do tribunal presidido pelo Juiz Leon Tucker, onde centenas de policiais encheram a sala e os corredores, disse Pam Africa, líder do Grupo Internacional de Família e Amigos em Apoio a Mumia. Pam passou alguns instantes no ato em frente do tribunal para logo ir observar o que estava acontecendo lá dentro.
O tema principal do dia era conseguir que o novo “progre” Promotor da Filadélfia Larry Krasner aceite a petição de Mumia de entabular novas apelações e deixar sua evidente colaboração com a polícia organizada. Isto significa pôr fim ao encobrimento do papel de Ronald Castille no caso quando era Promotor da Filadélfia (1986-1991) e Juiz da Suprema Corte da Pensilvânia (1994-2014), onde revisou suas próprias decisões em lugar de recusar-se. A demanda específica é a entrega de todos os expedientes do envolvimento significativo de Castille em conseguir o veredito de culpabilidade para Mumia e em negar suas apelações.
Depois de quase duas horas, se reportou que os advogados haviam discutido muito com o pessoal da Promotoria sobre as provas que demonstram o papel de Castille no caso.
Cabe assinalar que o Promotor Krasner se negou a reunir-se com Pam Africa, mas se reuniu várias vezes com Maureen Faulkner, a viúva do policial Daniel Faulkner que foi assassinado por alguém em 9 de dezembro de 1981. Por ser falsamente condenado deste crime, Mumia passou quase 37 anos na prisão.
Desde que se demostrou que todos os elementos no caso contra Mumia são absolutamente falsos, o único recurso da Ordem Fraternal da Polícia (FOP) e dos vários promotores da Filadélfia foram a sofrida viúva, para quem “a justiça” significa a morte de Mumia. Em qualquer ocasião a levam para fazer entrevistas com os meios massivos ou a conhecer oficiais chaves do governo.
Maureen esteve presente na sala do tribunal hoje.
Depois de longas discussões não resolvidas, as advogadas de Mumia pediram mais tempo para encontrar dados adicionais que lhes fazem falta. O Juiz Tucker lhes deu até 3 de dezembro para entregá-los. Disse que esse dia não haverá audiência. Ele só receberá a informação e tomará sua decisão.
Ao escutar isto, Maureen Faulkner começou a gritar e chorar em um ataque emocional, perguntando se alguma vez seu sofrimento vai terminar.
O que você acha que aconteceu? O juiz a colocou para fora do tribunal!
Esta notícia foi recebida com gargalhadas pelas pessoas na manifestação que escutavam um informe sobre os assuntos jurídicos discutidos hoje, ainda que também se notou que este ato do juiz não significa que vai resolver o caso a favor de Mumia.
Em meio do informe chega Pam, dizendo: Agarrem as faixas e tomem as ruas! Agarrem as faixas e tomem as ruas!
Havia se inteirado que Maureen Faulkner estava de saída em seu carro.
O que você acha que aconteceu? As pessoas chegaram a tempo para bloquear sua passagem.
Seguiu a manifestação com gritos de alegria e energia renovada para regressar no dia 3 de dezembro para exigir justiça e liberdade para Mumia e sim, se requer muito mais ação para que Mumia saia livre.
PS: Pam contou às pessoas que ao sair da sala do tribunal, Maureen Faulkner lhe gritou, “Bitch!” para logo jurar que foi ao contrário, que foi Pam quem a insultou. No entanto houve testemunhas internacionais contra ela e Pam Africa terminou apresentando uma demanda contra Maureen Faulkner.
Há vários bons vídeos do dia, mas este de Gabriel Bryant capta o espírito da tarde:
https://www.facebook.com/gabriel.bryant.31/videos/10155623957360303/
Justiça e liberdade para Mumia Abu-Jamal!
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tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
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Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...