[Argentina] É desde xs oprimidxs que um novo organismo social se desenvolverá, não separado deles

É a partir dxs oprimidxs onde um novo organismo social se desenvolverá, não separado deles. São xs oprimidxs que desenvolverão um novo organismo social sem classes onde não poderão existir pessoas que vivam do trabalho alheio. Ele será baseado na solidariedade e apoio mútuo, organizado em federação livre de seus associadxs e suas decisões serão tomadas por meio de assembleias populares, democracia direta, em horizontalidade total, sem que exista o que manda mais, nem o/a dirigidx, nem o líder. Essa ordem social se desenvolverá a partir do povo trabalhador e não longe dele ou em seu nome.

Na luta diária para a defesa dos direitos conquistados estaremos lançando as bases para uma forte organização para realizações sociais de hoje, seguindo até que a luta contra o poder do Estado capital seja inevitável e que uma resistente organização obreira e do povo dará o golpe de graça naquela instituição podre garantidora dos privilégios de uma minoria privilegiada. Fazendo parte do povo produtor, devemos promover e disseminar as ferramentas libertárias de construção coletiva: apoio mútuo, horizontalidade e solidariedade entre seus associadxs.

Na medida em que consigamos que o povo seja capaz de absorver essas ferramentas organizacionais, o fim será tão radical quanto possível, conseguindo o momento tão esperado da emancipação do povo dos seus eternxs verdugxs.

O Estado/padrão se acostumaram que a/o obreirx siga submissx e com a cabeça baixa, sem uma palavra enquanto se espreme sua vida, a prejudicar a sua saúde para o benefício do capitalista, que por seus partidos políticos e burocracias sindicais cúmplices adicionam novos grilhões para nossas cadeias de sofrimento. É a partir da oficina, das fábricas, onde xs obreirxs conscientes da precariedade em que vivemos, devem semear as sementes desta nova entidade social, em constante movimento, semeando a rebelião, a fraternidade, o companheirismo, construindo o futuro sem explorados nem exploradores.

Enquanto alguns constroem junto do povo trabalhador, algumas pessoas ainda escolhem erroneamente afastar-se dele, dx obreirx, dxs humildes, teorizando em suas torres de marfim, longe da luta constante entre xs oprimidxs e opressores, esperando que a transformação coletiva caia das nuvens, sem transpirar sob os raios do sol em um piquete, sem compartilhar o amanhecer nas barricadas que defendem nas fábricas o pão que o/a obreirx busca levar para seus filhos com fome, sem compartilhar uma panela popular com xs obreirxs que lutam dia após dia para torcer o braço do patrão, que não perde tempo e tendo todas as chances de inchar os bolsos à custa do agravamento da precariedade laboral. Essa opção errada e fatal do desejo de mudança social é mais semelhante ao individualismo burguês, do salve-se quem puder, e não do ideal de emancipação coletiva do povo.

Companheiro, companheira: deixemos de ser expectadores passivos da luta de classes que se avoluma dia após dia e formemos parte dxs militantes ativxs dessa mudança social e engrossemos as fileiras do movimento obreiro revolucionário. Inclinemos a balança a favor dxs de baixo e derrubemos de uma vez por todas a casta privilegiada que rouba do trabalhador o fruto de suas mãos.

Trabalhador, trabalhadora: Se afilia e participe da Sociedade de Resistência de Ofícios Vários da Capital aderida a F.O.R.A (Federação Obreira Regional Argentina) e juntos construamos esse velho, mas cada vez mais necessário, elo de emancipação dxs oprimidxs.

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Tradução > Liberto

agência de notícias anarquistas-ana

o menino me ensina
como um velho sábio
o quanto sou menina

Alice Ruiz