[Duas pessoas jovens, de 18 a 20 anos de idade, são as novas vítimas da brutalidade neonazista. A razão é simples: a resposta dos imigrantes à pergunta “de onde você é?” foi: “do Paquistão”.]
Outro ataque violento cometido pelos nazistas do partido Aurora Dourada contra imigrantes ocorreu na noite da última segunda-feira (12) em Heraklion, na ilha de Creta. O ataque revela a compreensão do Ministro da Proteção Cidadã acerca de políticas antiracistas (para as quais ele alega ser comprometido), ao mesmo tempo em que assassinos da ultradireita circulam livremente e impunes, enquanto as vítimas não podem confiar na polícia ou mesmo nos serviços de saúde pelo medo de serem deportadas.
Desta vez foram dois imigrantes adolescentes de 18 a 20 anos de idade que se tornaram vítimas da brutalidade neonazista em um incidente que ocorreu em Heraklion, onde um grupo de partidários do Aurora Dourada se reuniu para celebrar o aniversário de um ano desde a abertura dos primeiros escritórios do partido na cidade. A reunião ocorreu momentos antes do ataque, contando com a presença de Christos Pappas, dirigente do Aurora Dourada.
“De onde você é?”
Mais detalhadamente, mais ou menos às 3 horas na madrugada de terça-feira, os dois imigrantes estavam caminhando em Giofyro, do lado de fora da loja “Jumbo” retornando para casa. De repente, um grupo de homens vestindo preto apareceram em 5 ou 6 carros e 10 motocicletas. Eles pararam e a maior parte deles desceu dos veículos e perguntaram a questão habitual: “De onde você é?”.
Quando os imigrantes responderam “do Paquistão”, três nazistas empunharam facas imediatamente. Um deles cortou as veias do pulso do imigrante mais velho, enquanto ele tentava se defender. Outro, fez um corte no pescoço do imigrante próximo da artéria carótida, deixando uma cicatriz de três centímetros. Os imigrantes caíram ao chão e o restante dos membros do Aurora Dourada começou a chutá-los furiosamente até que ficaram cansados e decidiram ir embora.
Com muito medo para ir ao hospital
As vítimas se arrastaram para seu apartamento e lá esperaram até a tarde de terça-feira, quando foram encontrados amedrontados por um amigo. Eles estavam com muito medo para ir ao hospital porque não tinham documentação. Como esperado, nem mesmo ousaram ir até a polícia. Eventualmente, arranjaram um médico que cuidou dos ferimentos nos braços e pescoço e também dos hematomas nas costelas causados pelos ataques.
“É para este caminho que estamos indo na Grécia? Como é possível que duas vítimas de um ataque violento não conseguem ir até o hospital por sentirem medo da deportação? Pode alguém ter retirados seus direitos humanos básicos apenas porque sua estadia no país é irregular?”, questiona Katerina Hasouraki, coordenadora local da Anistia Internacional, após encontrar-se com as vítimas.
Tradução > Malobeo
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agência de notícias anarquistas-ana
é só um instante:
o beija-flor no ar, sugando
flor de laranjeira
Otávio Coral
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!
Um puta exemplo! E que se foda o Estado espanhol e do mundo todo!
artes mais que necessári(A)!
Eu queria levar minha banquinha de materiais, esse semestre tudo que tenho é com a temática Edson Passeti - tenho…
Edmir, amente de Lula, acredita que por criticar o molusco automaticamente se apoia bolsonaro. Triste limitação...