Todos os preços estão subindo rapidamente. Um quilo de tortilhas passou de 13 para 20 pesos. A telera passou de 1 peso para 2. O limão, o abacate, etc. Todos podem explicar em detalhes quantos preços estão subindo. O povo está com raiva e tudo continua a subir. Por que as pessoas reclamam amargamente dos preços altos e não fazem nada? Por que se resignam a ficar pior a cada dia? Por que as pessoas reclamam do governo, mas continuam a votar a favor?
O povo quer mudanças, mas desistiu da luta. Eles foram enganados por Morena, o PRI e o PAN. Todos eles se atacam, falam mal dos outros partidos e pedem a votação para mudar o México. Como os 1% (os políticos e a burguesia) exploram e controlam os 99% (todas as pessoas que trabalham)?
A resposta não está no vento. Está no Consenso. Consenso é que todas as pessoas concordam em algo. Como diz o ditado: “Aquele que está calado, consente”. A maioria está resignada. Embora em palavras critiquem o governo, o sistema capitalista, o machismo, a religião ou as drogas; em ações, não fazem nada para mudá-lo. Eles o deixaram passar. Eles estão em um marasmo depressivo. Eles perderam a piada da vida. Eles não se importam com nada. Eles passam seu tempo assistindo TV. Eles vão ao baile, ao jogo, depois chupam, ouvem narcocorridos e depois gritam sobre suas frustrações. A maioria deles é controlada. Em 2018, dos quase 90 milhões registrados no IFE, 60 milhões não votaram no AMLO [Andrés Manuel López Obrador, atual presidente do México]. Essa é a verdadeira maioria. E a minoria, os outros 30 milhões do AMLO, votaram pela mudança; mas eles não lutam por ela.
Para controlar a população, eles primeiro nos fazem acreditar que lutar é inútil, que eles sempre vencerão. Que agora, sim, Obrador vai mudar as coisas. Mas tudo fica pior. Ele fala de uma mudança pacífica. Mas a insegurança e o crime organizado estão crescendo; jornalistas, ambientalistas e ativistas estão sendo mortos. Enquanto o Narco, com a ponta da metralhadora, controla as principais cidades, Obrador diz que estamos indo bem. E as pessoas o suportam. É por isso que devemos quebrar o consenso social da maioria. Devemos atacar a ideia venenosa de que nada pode ser feito. E a luta pode mostrar que a mudança virá do povo, não do governo.
Mas como conseguir mudanças? Devemos tomar medidas: contra o conformismo, a rebelião. Contra o silêncio, a palavra viva. Contra desprendimento, intervenção, envolvimento. Contra o sistema capitalista, a autogestão popular. Aqui é importante chegar a acordos e dar consentimento a uma luta para mudar o México, aqui e agora. Temos que construir um novo consenso: é melhor lutar de pé do que viver de joelhos.
Contra os preços altos: podemos formar cooperativas de consumo, reunir-nos com a família e amigos para fazer compras juntos onde melhor nos convém: com os produtores diretos. Se todos nos apoiamos uns aos outros, combatemos o egoísmo e o isolamento. Podemos fazer ligações, unir-nos e organizar-nos. Mas temos que partir da base. O povo pode trazer mudanças, sem os políticos parasitas.
M.F.M
Tradução > Liberto
agência de notícias anarquistas-ana
Insetos que cantam
parecem adivinhar
minha solidão…
Teruko Oda
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!