Ao Partido Comunista e a Confederação Geral do Trabalho. Tenho conhecimento que em sua propaganda e seus cartazes fazem figurar meu nome reivindicando a minha liberdade.
Como anarquista me dirijo a vocês: declaro que não quero ser instrumento de propaganda de nenhum partido político, inclusive do Partido Comunista, cuja adesão à política do governo russo é absoluta.
Em nome dos anarquistas encarcerados nas prisões e na Sibéria Soviética, em nome das agrupações anarquistas destruídas e cuja propaganda foi proibida na Rússia, em nome dos companheiros fuzilados em Kronstadt, em nome do nosso companheiro Petrini, que foi entregue pelo governo soviético ao fascismo italiano, em nome da Federação Obreira Regional Argentina e da Federação Obreira Regional do Uruguai e em nome de nossos companheiros Kropotkin, Malatesta, Rocker, Fabbri, Makhno, etc., etc., declaro que, como anarquista, rechaço todo o seu apoio que representa uma exploração indigna que fazem os líderes bolcheviques do partido e da CGT do generoso sentimento de solidariedade que me presta e a classe trabalhadora.
Simón Radowitzky, Montevidéu, Prisão Central, 22 de abril de 1936.
Texto extraído da revista Futuro Nº 7 Primavera / Verão 2004-2005
agência de notícias anarquistas-ana
Por este caminho,
Ninguém mais passa —
Tarde de outono.
Bashô
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!