[EUA] Promotores de Boston invocam lei usada contra os anarquistas para enquadrar manifestantes

Essa criminalização é uma indicação de que o prefeito de Boston e o Departamento de Polícia estão telegrafando para o presidente Trump que serão duros com as inquietações civis.

Por Jenna Russell | 10/10/2025

Os manifestantes que entraram em confronto com a polícia em Boston essa semana enfrentam acusações criminais por agressão e incitação à revolta, uma forte afirmação das autoridades municipais e estaduais em um momento delicado de intervenção federal em outras cidades lideradas por democratas.

As acusações contra 13 manifestantes vieram depois que a manifestação pró-Palestina se tornou violenta na terça-feira, segundo aniversário dos ataques mortais do Hamas a Israel em 2023. Quatro policiais de Boston ficaram feridos em um confronto perto do Boston Common com mais de 200 manifestantes que, segundo a polícia, se recusaram a desobstruir a via. Os detidos tinham entre 19 e 28 anos, incluindo estudantes de pelo menos duas faculdades da região.

Todos foram acusados de incitar revolta, crime grave também conhecido como “promoção da anarquia”, com origens no medo da violência anarquista no início do século XX. Se condenados, podem pegar até três anos de prisão.

Os oficiais que comentaram as acusações não mencionaram o governo Trump, nem o recente envio de tropas da Guarda Nacional a estados de tendência liberal, incluindo a Califórnia e o Oregon, onde alegou haver desordem. Porém, os promotores de Boston aproveitaram a oportunidade para enfatizar a disposição de reprimir o caos nas ruas da cidade.

“Se agredir policiais e cometer outros crimes, será preso e processado, ponto final”, disse Kevin Hayden, promotor público do condado de Suffolk, que inclui Boston, em um comunicado.

A prefeita Michelle Wu expressou sua gratidão à polícia. “Ataques a policiais são inaceitáveis em qualquer circunstância”, disse em comunicado. “Os indivíduos que se envolveram em violência desrespeitaram nossa cidade e enfrentarão as consequências.”

A governadora Maura Healey considerou as ações dos manifestantes “inaceitáveis”.

“Não há tolerância para bloquear estradas ou agredir policiais”, disse em seu próprio comunicado. “Qualquer pessoa que o fizer deve ser responsabilizada pelos seus atos.”

Em abril de 2024, a polícia de Boston prendeu mais de 100 manifestantes pró-palestinos ao desmantelar um acampamento na Emerson College, como parte de uma onda de ações policiais em resposta aos protestos em campi universitários por todo os Estados Unidos. Enfrentando acusações de contravenção por invasão de propriedade e perturbação da ordem pública, alguns dos detidos prestaram serviços comunitários e as acusações contra eles foram retiradas.

Autoridades policiais disseram que sua investigação, nessa semana, encontrou imagens e retórica violentas em materiais usados para promover o protesto de terça-feira, o que foi um fator para as acusações mais graves. A fiança para vários dos manifestantes foi fixada em US$ 10.000.

“Esse material organizacional promovia a violência contra a polícia e representava uma ameaça imediata à segurança pública que, combinada com as ações dos indivíduos presos, foi justificativa clara para o aumento das acusações”, disse James Borghesani, porta-voz do promotor público, em email.

Kylah Clay, advogada que representa alguns dos manifestantes acusados essa semana, rebateu as alegações do governo. Em email, disse que a polícia “brutalizou os manifestantes contra a guerra na noite de terça-feira, arrancou câmeras das mãos dos jovens que registravam a sua brutalidade e deixou outros manifestantes com ferimentos que exigiram cuidados médicos”.

“As acusações adicionais fazem parte de um padrão de abuso de poder por parte do governo e da criminalização da dissidência que visa a defesa da Palestina em todo o país”, escreveu a Sra. Clay, da National Lawyers Guild, na sexta-feira.

Os promotores da Califórnia apresentaram acusações criminais em abril contra manifestantes que foram acusados de invadir escritórios administrativos e causar danos. O promotor do caso disse que o intenso escrutínio do Sr. Trump sobre o antissemitismo no campus não teve influência.

“O governo federal está fazendo o que está fazendo”, disse Jeff Rosen, promotor público do condado de Santa Clara. “O que estou fazendo é aplicar o Código Penal da Califórnia.”

Em Illinois, oito manifestantes foram acusados no ano passado de ação coletiva, crime punível com até três anos de prisão. Pelo menos sete manifestantes da Universidade de Pittsburgh enfrentaram acusações criminais por tumulto.

Jessie Rossman, diretora jurídica da A.C.L.U. de Massachusetts, disse que a lei de promoção da anarquia só poderia ser aplicada de forma restrita, em casos de “ameaça real ou incitação”, conforme especificado pela Suprema Corte Judicial do estado em um parecer de 2021.

“A Primeira Emenda só permite que o governo criminalize a liberdade de expressão em circunstâncias muito limitadas”, disse Rossman em um comunicado. “Qualquer tentativa de aplicar essa lei além desse escopo extremamente limitado é inconstitucional e causa grande preocupação.”

Fonte: https://www.nytimes.com/2025/10/10/us/politics/boston-protesters-anarchists-national-guard.html

Tradução > CF Puig

agência de notícias anarquistas-ana

Voa andorinha,
Risca o céu e arrisca
Um mergulho agorinha.

João de Deus Souto Filho

“Caça aos anarquistas” | Debate na UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro

No próximo dia 29 de outubro, a partir das 18h, o LASInTec-Unifesp estará no Rio de Janeiro para o debate “Caça aos anarquistas”, na UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, sobre o livro “Caças ao homem” do filósofo Grégoire Chamayou, recém lançado no Brasil pela Crocodilo Edições.

A mesa contará com Acácio Augusto (professor da Unifesp, pesquisador do LASInTec e autor do prefácio da obra) e Camila Jourdan (professora do departamento de filosofia da UERJ e coordenadora do Grupo de Estudos Anarquistas Maria Lacerda de Moura).

29/10 – a partir das 18h

UERJ – Rua São Francisco Xavier, 524 – Sala 9024 F. Rio de Janeiro (RJ)

Realização: LASInTec-Unifesp e Grupo de Estudos Maria Lacerda de Moura

Leia o prefácio – “a gestão cinegética entre pessoas” – escrito pelo professor Acácio Augusto: https://crocodilo.press/…/uploads/2025/08/prefacio.pdf

agência de notícias anarquistas-ana

Pardal orfãozinho
vem brincar
comigo

Cláudio Fontalan

[Argentina] Ativistas libertam um cordeiro da exploração

6 de julho, Argentina.

Queremos dedicar esta libertação aos ativistas que, há 40 anos, em 7 de julho de 1985, invadiram um criadouro na Universidade de Oxford para libertar 30 cães que eram usados para vivissecção!

Quando os fazendeiros tiram uma soneca, os encapuzados ficam em alerta!

A raiva antiespecista transborda ao ver como marcam os animais no campo e seus filhotes, para depois serem vendidos para comer sua carne ou para lhes dar uma vida de exploração para gerar novos escravos.

Tivemos apenas uma oportunidade e não a desperdiçamos, pegamos um filhote e o levamos para o carro em direção à liberdade. Mas não termina aí, agora ele está em um lugar com outros de sua espécie, mas longe da supremacia humana.

Para nós, veganos, isso é o mínimo, arriscar tudo por uma vida, porque cada pessoa libertada da opressão por espécie é um escravo do sistema opressor que justifica como cultura ou tradição o uso e assassinato de seres inocentes.

FAZEMOS UM CHAMADO À AÇÃO DIRETA! CONTRA TODA OPPRESSÃO! CONTRA TODAS AS PREVISÕES,

CONTRA TODAS AS GAIOLAS, SISTEMAS OU FORMAS DE OPPRESSÃO!!!

NINGUÉM MERECE SER ASSASSINADO POR SER DIFERENTE, NINGUÉM É ILEGAL!

COBRE SEU ROSTO E LUTE!

Fonte: anarcoveganismo.arg

agência de notícias anarquistas-ana

durmo sob uma oliveira
com o musgo
por travesseiro

Rogério Martins

[Colômbia] Indígenas feriram quatro policiais com flechas durante um protesto em frente à Embaixada dos EUA em Bogotá

Quatro policiais colombianos ficaram feridos nesta sexta-feira (17/10) após serem atacados com flechas por um grupo de indígenas que protestava em frente à Embaixada dos Estados Unidos em Bogotá contra a política desse país em relação a Gaza, Venezuela e Equador.

A manifestação foi convocada por grupos da sociedade civil como parte de uma “jornada anti-imperialista” e tornou-se violenta em frente à sede diplomática dos Estados Unidos, localizada no oeste de Bogotá, em uma das avenidas mais importantes da cidade, o que obrigou a intervenção da polícia.

“Eu dei instruções à polícia para intervir nas imediações da Embaixada dos Estados Unidos, onde alguns criminosos, alguns deles encapuzados, atacaram a embaixada com artefatos incendiários, explosivos e flechas”, disse o prefeito de Bogotá, Carlos Fernando Galán.

Galán detalhou que os quatro policiais “ficaram feridos no rosto, pernas e braços” e reiterou que “em Bogotá não há espaço para a violência”.

“Denunciaremos esses atos às autoridades judiciais, à Defensoria Pública e à ONU. Sempre que houver violência e destruição, em Bogotá vamos responder com o uso legítimo da força, como fizemos hoje”, concluiu Galán.

Entre os manifestantes estão vários membros do chamado Congresso dos Povos, uma plataforma que reúne comunidades indígenas, camponesas, afrodescendentes e movimentos sociais. O grupo chegou a Bogotá no dia 13 de outubro e, sem autorização, ocupou uma praça da Universidade Nacional, a principal instituição pública colombiana.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, garantiu que havia ordenado a proteção da Embaixada dos Estados Unidos e criticou o Congresso dos Povos pela agressão à polícia.

“Ordenei o máximo cuidado com a Embaixada dos EUA em Bogotá. É lamentável que, após chegar a um acordo com o Congresso dos Povos para levantar os bloqueios, um grupo mais radical tenha agredido a polícia que protege a embaixada, ferindo vários jovens com flechas”, afirmou Petro em sua conta no X.

Enquanto isso, o ministro da Defesa, Pedro Sánchez Suárez, afirmou que o que aconteceu hoje em frente à sede diplomática é “tentativa de homicídio” e disse que os responsáveis materiais e intelectuais por “esses crimes serão capturados”.

“Isso não é manifestação. É tentativa de homicídio. O Estado colombiano não tolera nem tolerará esses ataques contra nossos membros da Força Pública”, afirmou o ministro nas redes sociais.

Fonte: agências de notícias

agência de notícias anarquistas-ana

A raiz quebra o cimento
com a paciência feroz
dos oprimidos.

Liberto Herrera

Lula 3 | Gastos militares | Mercado da morte | FAB anuncia a compra de 11 helicópteros dos Estados Unidos 

A Força Aérea Brasileira (FAB) oficializou a intenção de adquirir 11 helicópteros militares Black Hawk por meio de um acordo direto com o governo dos Estados Unidos, sem processo de licitação. A negociação, publicada no Diário Oficial da União (DOU) nesta segunda-feira (20/10), prevê a compra por cerca de 229 milhões de dólares (equivalente a R$ 1,2 bilhão).

As aeronaves serão adquiridas por meio do programa Blackhawk Exchange Sales Team, coordenado pelo Exército norte-americano, que permite a venda de equipamentos usados para países aliados estratégicos. O modelo de negociação costuma oferecer preços mais baixos do que os praticados no mercado internacional.

Além dos helicópteros, o Brasil também avançou na compra de 24 radares BRIFD G5000H, tecnologia que melhora a capacidade de identificação de alvos e mapeamento em missões complexas, como combate e resgate.

A movimentação ocorre dias antes de um possível encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos EUA Donald Trump.

A participação do Brasil no programa norte-americano havia sido colocada em dúvida devido a recentes tensões políticas, mas a negociação sinaliza manutenção da confiança entre os governos.

Fonte: agências de notícias

agência de notícias anarquistas-ana

são flores silvestres
o sol segue a trilha mínima
o orvalho cintila

Ricardo Akira Kokado

[EUA] Grandes bancos investiram US$ 2 bilhões em petróleo e gás na Amazônia desde o ano passado

“Esses investimentos são cúmplices de um genocídio”, disse Jonas Mura, cacique da Terra Indígena Gavião Real, no Brasil.

Por Julia Conley | 21/10/2025

Um dia depois de a estatal brasileira Petrobras anunciar que começaria a perfurar em busca de petróleo perto da foz do Rio Amazonas “imediatamente” após conseguir a licença, apesar das preocupações com o impacto sobre a vida selvagem, uma análise publicada na terça-feira revelou que bancos investiram mais US$ 2 bilhões em financiamento direto para petróleo e gás na Amazônia desde 2024.

O relatório da organização Stand.earth, e a licença da Petrobras, surgem poucas semanas antes de Belém (PA) sediar a Conferência da ONU sobre Mudança Climática de 2025 (COP30), onde ativistas pedem que países ricos invistam US$ 1,3 trilhão por ano em nações em desenvolvimento para enfrentar e se adaptar à crise climática.

Analisando 843 contratos com 330 bancos, a Stand.earth descobriu que os bancos americanos JPMorgan Chase, Bank of America e Citi estão entre os piores, tendo investido entre US$ 283 milhões e US$ 326 milhões em petróleo e gás na região amazônica.

O maior financiador no último ano foi o brasileiro Itaú Unibanco, que destinou US$ 378 milhões a empresas de petróleo e gás que atuam com extração na Amazônia.

“A expansão do petróleo e do gás na Amazônia coloca em risco um dos ecossistemas mais importantes do planeta e os povos indígenas que o protegem há milênios”, disse a Stand.earth. “Além de os combustíveis fósseis serem os principais causadores das emissões globais de gases de efeito estufa, na Amazônia sua extração também acelera o desmatamento e contamina rios e comunidades.”

Segundo o estudo, os bancos já financiaram mais de US$ 15 bilhões em projetos de petróleo e gás na região amazônica desde o Acordo de Paris, assinado em 2016. Quase 75% desse valor veio de apenas dez instituições, incluindo Itaú, JPMorgan Chase, Citi e Bank of America.

A análise foi divulgada semanas depois de a Aliança Bancária Net-Zero da ONU suspender suas atividades, após a saída de grandes bancos. O grupo havia sido criado em 2021 para reduzir o impacto ambiental do setor financeiro e atingir emissões líquidas zero até 2050.

A pesquisadora Devyani Singh, responsável pelo novo relatório da Stand.earth sobre financiamento fóssil, observou que bancos europeus como BNP Paribas e HSBC aplicaram políticas mais rígidas de proteção à Amazônia e “caíram bastante no ranking de financiamento”.

Mas, segundo Singh, “nenhum banco zerou seu financiamento. Todos ainda precisam fechar brechas e sair totalmente do petróleo e gás na Amazônia sem demora.”

Mais de 80% dos investimentos desde 2024 foram para apenas seis empresas: Petrobras, Gran Tierra (Canadá), Eneva (Brasil), Gunvor (trader de petróleo), e as peruanas Hunt Oil Peru e Pluspetrol Camisea.

Essas empresas têm histórico de violações de direitos humanos e são rejeitadas por povos indígenas da região, que sofrem com problemas de saúde, queda na pesca e caça e falta de água limpa devido a esses projetos.

“É revoltante que o Bank of America, o Scotiabank, o Credicorp e o Itaú estejam aumentando o financiamento de petróleo e gás na Amazônia num momento em que a floresta está sob grave ameaça”, disse Olivia Bisa, presidenta do Governo Territorial Autônomo da Nação Chapra, no Peru. “Há décadas os povos indígenas sofrem os impactos mais pesados dessa destruição. Pedimos que os bancos mudem de rumo agora: ao parar de apoiar as indústrias extrativistas na Amazônia, eles podem ajudar a proteger a floresta que sustenta nossas vidas e o futuro do planeta.”

O relatório da Stand.earth alerta que tanto a Floresta Amazônica, que abriga cerca de 10% da biodiversidade do planeta, quanto as populações locais enfrentam ameaças crescentes vindas das empresas de petróleo e gás e dos bancos que as financiam. Séculos de exploração estão levando a floresta a um ponto de colapso ecológico com impactos irreversíveis em escala global.

A exploração de petróleo e gás abre estradas em áreas intactas da floresta e aumenta as emissões de combustíveis fósseis, contrariando as advertências de cientistas e especialistas em energia sobre a necessidade de reduzir o aquecimento global.

“Com o aumento da temperatura, o delicado equilíbrio ecológico da Amazônia pode ser rompido, transformando-a de uma floresta que absorve carbono em uma savana que o emite”, diz o relatório.

Jonas Mura, chefe do Território Indígena Gavião Real, no Brasil, contou que “o barulho, o tráfego constante de caminhões e as explosões” dos projetos da Eneva afastaram os animais e prejudicaram a caça.

“Ainda pior: eles estão entrando sem o nosso consentimento”, disse Mura. “Nosso território está ameaçado e nossas famílias estão sendo diretamente prejudicadas. Cerca de 1.700 indígenas vivem aqui, e nossa sobrevivência depende da floresta. Pedimos que bancos como Itaú, Santander e Banco do Nordeste parem de financiar empresas que exploram combustíveis fósseis em terras indígenas.”

“Essas empresas não têm compromisso com o meio ambiente, com os povos indígenas e tradicionais, nem com o futuro do planeta”, acrescentou. “Esses investimentos são cúmplices de um genocídio: estão matando nossa cultura, nossa história e destruindo a biodiversidade da Amazônia.”

Fonte: https://truthout.org/articles/big-banks-poured-2b-into-oil-and-gas-financing-in-the-amazon-since-last-year/

Tradução > Contrafatual

agência de notícias anarquistas-ana

A tempestade varre
a praça varrida—ninguém
doma o vento.

Liberto Herrera

Perguntas para o Paro Nacional de 2025 no Equador

Como uns proletários mais que se somaram ao Paro desde o primeiro dia, mas que ainda não tem a força para organizar ações revolucionárias de massas, e com base em nossa própria experiência nas revoltas passadas neste país, fazemos públicas as seguintes perguntas para contribuir criticamente à reflexão e à ação coletiva:

  • Aprendemos as lições das Revoltas de outubro de 2019 e de junho de 2022 ou vamos seguir repetindo os mesmos erros nesta nova revolta? Mais especificamente: neste Paro Nacional, já vamos romper e superar o círculo vicioso protesto–repressão–negociação? E mais, realmente é uma revolta ou uma série prolongada de protestos legítimos, mas débeis contra um governo nefasto, mas forte que sim aprendeu as lições das revoltas passadas?
  • Como superar os limites da revolta (demandas fracas, diálogo e negociação com o Estado, etc.) e como incrementar seu potencial (solidariedade, autonomia e combatividade de classe em forma massiva, etc.) para que não seja derrotada pelo Estado e, sobretudo, para que não se autoboicote?
  • Quando vamos compreender que os burgueses do transporte e do movimento indígena não têm os mesmos interesses materiais que os proletários do transporte e do movimento indígena, e que isto se aplica para todos os setores sociais? Quando vamos romper e superar o interclassismo, o populismo, o cidadanismo, o democratismo e o nacionalismo?
  • Quando vamos compreender que o proletariado não é fraco porque está dividido, mas que está dividido porque é fraco, e que superar esta debilidade e divisão não depende da “unidade das esquerdas”, mas que só será possível quando o proletariado lute pela revolução social, quer dizer, por abolir as classes sociais e unificar a humanidade?
  • Quando vamos compreender que lutar contra o alto custo de vida e contra o governo de turno é necessário, mas não é suficiente? Que vamos fazer depois do “fora Noboa, fora” e do “abaixo o pacotaço”? Mais claro: Quando vamos compreender que não se trata de lutar contra o “neoliberalismo” e o “fascismo”, mas contra o capitalismo?
  • Quando vamos compreender que não há que dialogar com os assassinos do “povo” nem defender uma constituição votando “não” em uma consulta popular, porque os diálogos, as leis e as eleições só beneficiam e fortalecem o Estado capitalista? Quando vamos compreender, ao contrário, que há que lutar fora e contra o Estado, porque o Estado não é “neutro” nem nos tem “abandonados”, mas que é o Estado dos capitalistas para administrar sua violência econômica e física sobre os trabalhadores, até matar-nos de fome ou a bala? Quando vamos compreender que na realidade a democracia é a ditadura da burguesia sobre o proletariado? Quando vamos compreender que o Estado democrático-burguês é terrorista por natureza e que os protestos pacíficos não o afetam em nada? Quando vamos compreender, então, que só a ação direta e contundente de massas é o método proletário para combatê-lo e golpeá-lo de verdade?
  • Quando vamos compreender que não se trata de lutar por nossos “direitos”, mas por satisfazer nossas necessidades vitais diretamente ou sem intermediação do dinheiro, e que o mercado (nenhuma empresa, inclusive se é “autogestionada”) e o Estado (nenhum governo, inclusive se é “popular”) nunca vão fazê-lo realmente, mas só nós mesmos, que com nosso trabalho produzimos tudo mas não o possuímos, tomando os meios de produção e de distribuição (por exemplo, expropriando e comunizando as empresas do Grupo Noboa… e de toda a classe capitalista deste país)?
  • Quando vamos compreender que o poder real não radica nas estruturas do Estado, mas nas relações de produção e de propriedade? Quando vão participar na revolta os trabalhadores dos setores estratégicos da economia deste país? O farão? E se participam, o farão mediante greves auto-organizadas e radicais?
  • Quando vamos compreender que há que ir mais além da espontaneidade da revolta e que a auto-organização do proletariado (por fora, contra e mais além de sindicatos, partidos, parlamentos, ONGs, etc.) é o primeiro ato da revolução (por exemplo, as Assembleias Territoriais no Chile e os Conselhos de Trabalhadores no Irã durante a Revolta Mundial de 2019)? Como construir, fortalecer e radicalizar a auto-organização proletária daqui por diante (grupos autônomos, assembleias autoconvocadas, panelas comunitárias, autodefesa, mídia independente, etc.) para a revolução?
  • Como fazer para que as palavras “guerra de classes”, “insurreição”, “revolução”, “comunismo” e “anarquia” deixem de ser más palavras para a maioria da população, mas se convertam em necessidades materiais e imediatas?
  • Até quando vamos viver com medo de morrermos de fome, a balas ou de depressão? Até quando vamos trabalhar para pagar e pagar para viver? Até quando vamos suportar esta vida de merda sob o capitalismo em crise? Enfim, até quando vamos lutar só por migalhas e não por todo o pão e a padaria para todos?

Admitimos que não temos as respostas com certeza para todas estas perguntas. O que sim sabemos é que só a luta de classes concreta as responderá. E também, que já é hora de aprender com os erros e pôr em prática as lições aprendidas das revoltas passadas e presentes. Sim: Luta de Classes… até Abolir a Sociedade de Classes!

DERRUBAR O GOVERNO DE NOBOA E SEU PACOTAÇO É NECESSÁRIO, MAS NÃO É SUFICIENTE.

TOMAR OTAVALO, LATACUNGA, QUITO, CUENCA, GUAYAQUIL, ETC. É NECESSÁRIO, MAS NÃO É SUFICIENTE.

HÁ QUE EXPROPRIAR E COMUNIZAR AS EMPRESAS DO GRUPO NOBOA E DE TODA A CLASSE CAPITALISTA DESTE PAÍS PARA SATISFAZER AS NECESSIDADES COLETIVAS DIRETAMENTE OU SEM QUE INTERMEDEI O DINHEIRO.

AÍ É ONDE HÁ QUE GOLPEAR A BURGUESIA PORQUE AÍ É ONDE LHE AFETA.

DA MESMA FORMA HÁ QUE DESTRUIR SEU APARATO ESTATAL POR COMPLETO 

E SUBSTITUÍ-LO PELO PODER COMUNAL DAS ASSEMBLEIAS TERRITORIAIS.

SÓ OS PROLETÁRIOS AUTO-ORGANIZADOS DENTRO E FORA DOS CENTROS DE TRABALHO, EM TODOS OS ESPAÇOS SOCIAIS, ANTES, DURANTE E DEPOIS DA REVOLTA, E COM UM PROGRAMA REVOLUCIONÁRIO, PODEMOS FAZÊ-LO.

CONSTRUAMOS E FORTALEÇAMOS A AUTO-ORGANIZAÇÃO REVOLUCIONÁRIA DO PROLETARIADO.

APRENDAMOS E COLOQUEMOS EM PRÁTICA AS LIÇÕES DAS REVOLTAS (2019, 2022, 2025). 

PARA TRANSFORMÁ-LAS EM REVOLUÇÃO. 

SE NÃO É HOJE, SERÁ AMANHÃ (2028?… 2036?… 2049?). 

PARA A PRÓXIMA, VAMOS PREPARADOS E VAMOS POR TUDO.

Proletários Fartos de Sê-lo

Quito, outubro de 2025.

Fonte: https://proletariosrevolucionarios.blogspot.com

Tradução > Sol de Abril

agência de notícias anarquistas-ana

Desejo é revolta
contra a moral que acorrenta
o pulsar da vida.

Liberto Herrera

Lançamento: revista trans-libertária v. 2 [2025]

• elementos pré-textuais

• UMA CRÍTICA EM MARCHA PARA NÃO DARMOS A RÉ NA LUTA?

Aliança Trans Proletária (ATP)

• UMA AUTOCRÍTICA ANARQUISTA

Aliança Trans Proletária (ATP)

• Arte de Antonio Cleyton Ferreira Silva

• ANARQUISMO E A URGÊNCIA DA ABOLIÇÃO

Agnes de Oliveira Costa

• O APOCALIPSE MODERNO OU O INÍCIO DO MEIO DO FIM

Ollie Hydell

• METAMORFOSEANDO O ANARQUISMO: POR TRANS-ANARQUIAS MONSTRUOSAS

Bruno Latini Pfeil

Cello Latini Pfeil

• COISAS ESTRANHAS E ASSUSTADORAS

Margaret Killjoy

tradução por sol2070

• QUEM TEME O ANARQUISMO QUEER? UMA RESPOSTA A “A TEORIA QUEER E O ANARQUISMO” DO GRUPO MOIRAS

Madelyyna Zicqua

tradução por transanark / acervo digital trans-anarquista

>> Leia ou baixe a revista aquihttps://transanarquismo.noblogs.org/files/2025/10/revista-translib-n.-2-com-capa-1.pdf

agência de notícias anarquistas-ana

Quebre o cristal fino.
O estrondo é a sinfonia
da nova ética.

Liberto Herrera

Pela Solidariedade Internacional e Contra a Barbárie no Sudão

A guerra que assola o Sudão desde Abril de 2023 não é um conflito isolado ou um simples acerto de contas entre facções locais. É a expressão brutal e sanguinária da lógica perversa do Estado e do Capital. Enquanto a máquina de guerra, alimentada por interesses geopolíticos e pela ganância das indústrias de armamento, devora vidas, o povo sudanês é massacrado, deslocado à força e condenado à fome. A União Anarquista Federalista ergue a voz para denunciar veementemente esta carnificina, fruto podre de um sistema que coloca o poder e o lucro acima da dignidade humana. Esta guerra é a prova cabal de que o Estado, longe de ser um protetor, é o principal gestor da violência e da exploração.

A ingerência estrangeira no conflito, com o fornecimento de armas e treinamento por nações como os Emirados Árabes Unidos, Rússia, Egito e Itália, revela a natureza hipócrita e criminosa do capitalismo global. Estas potências, independentemente das suas bandeiras, são cúmplices na matança de milhares de civis e na criação de uma crise humanitária que já deslocou mais de 10 milhões de pessoas. O Estado, em sua versão local ou internacional, não busca a paz; ele mercantiliza a guerra, transformando o sofrimento do povo sudanês em moeda de troca para ampliar suas esferas de influência e acumular riquezas. A fome que atinge mais de meio milhão de pessoas não é um acidente, mas uma consequência direta desta economia de morte.

Contudo, mesmo perante esta cortina de fogo e aço, a centelha da resistência popular não se apagou. Inspiradora é a coragem dos Comitês Revolucionários e da Federação Anarquista Sudanesa (S.A.F.), que, organizados de baixo para cima, enfrentam não apenas as balas dos beligerantes, mas também a repressão, a tortura e o assassinato por ousarem lutar pela paz e pela liberdade. A sua luta é a nossa luta. A sua campanha internacional de solidariedade, que permite a fuga de camaradas e a continuidade da atividade militante, é um exemplo prático do mutualismo e do apoio direto que defendemos, em contraste total com a “ajuda” interesseira dos Estados.

Esta luta no Sudão ecoa a nossa própria batalha contra o militarismo aqui no território dominado pelo estado brasileiro. A estratégia federalista, que visa construir pontes de solidariedade entre os povos, para além das fronteiras impostas pelos Estados é fundamental, já que, enquanto os governos treinam e armam facções para dizimar populações, nós, anarquistas, construímos redes de apoio mútuo e de resistência popular.

Portanto, condenamos a guerra no Sudão e em todos os lugares como o mais grave dos crimes estatais e capitalistas. Afirmamos que a verdadeira solução não virá de novos governos ou de intervenções imperialistas, mas da auto-organização dos explorados, da ação direta e da solidariedade internacionalista. Aos camaradas sudaneses, nosso mais profundo apoio e compromisso. Aos opressores, nossa mais firme oposição. O futuro não pertence aos generais e capitalistas, mas aos povos que, livres da dominação do Estado e do jugo do capital, se organizam em federações de comunidades livres. Pela libertação social e pelo fim de todas as guerras!

União Anarquista Federalista – UAF

uafbr.noblogs.org

agência de notícias anarquistas-ana

Almas gêmeas.
A minha geme e a
outra não se acalma.

Rogério Viana

[EUA] Ashanti Alston: Uma Entrevista com o Pantera Anarquista – PARTE 1

Nesta conversa aprofundada com o organizador revolucionário Ashanti Alston, ex-membro do Partido dos Panteras Negras e do Exército de Libertação Negra, acompanhamos uma vida dedicada à luta, à liberdade e à comunidade. Desde suas primeiras experiências durante a era dos Direitos Civis e a Rebelião de Plainfield de 1967, até sua radicalização por meio dos movimentos do Poder Negro e anti-imperialistas, Ashanti reflete sobre as lições, tensões e compromissos que definiram uma geração de combatentes pela libertação.

Ele discute o trabalho de construção de capítulos dos Panteras, defesa comunitária e as realidades da luta clandestina, oferecendo reflexões poderosas sobre disciplina, solidariedade e o significado do amor revolucionário. Por meio de histórias pessoais e análises políticas, este episódio captura tanto o espírito histórico quanto o contínuo impulso da libertação negra e da resistência anarquista.

>> Ouça o podcast no link do Substack acima ou no YouTube aqui:

Fonte: https://tdugout.substack.com/p/ashanti-alston-an-anarchist-panther

Tradução > Contrafatual

agência de notícias anarquistas-ana

Toma nota, rapaz:
Hai-kai é a captura
De um momento fugaz

Lubell

[Reino Unido] Vídeo | Entrada do zoológico vandalizada em memória de Waka.

Setembro, Midlands, Reino Unido.

Vai se foder, zoológico de Twycross

Fizemos uma visita ao zoológico de Twycross, uma prisão notória por abusar dos animais que explora em nome do entretenimento. Não há nada de saudável em levar sua família para olhar animais maltratados que pertencem à natureza. Esse zoológico finge se importar com a ‘conservação’, mas na verdade apenas aprisiona animais em recintos pequenos e inadequados para lucrar com os visitantes, sem se importar com o sofrimento dos animais presos ali.

Deixamos clara nossa posição contra esse abuso: cobrimos a entrada do zoológico com tinta vermelha e pichamos suas placas.

Vai se foder, Twycross Zoo. Nós sabemos o que vocês fazem e já ouvimos o que acontece quando os visitantes não estão olhando.

Cativeiro não é entretenimento, esvaziem todas as jaulas!

Dedicamos esta ação a Waka, que lutou contra a opressão em tantas formas e deu tudo de si. Nós lembramos de você e continuamos lutando.

>> Veja o vídeo aquihttps://www.youtube.com/watch?v=tivn3XofX94   

Tradução > Contrafatual

agência de notícias anarquistas-ana

Carro em chamas—o fogo
limpa a peste do luxo
que o povo sustentou.

Liberto Herrera

[Espanha] Lançamento: “A experiência autogestionária durante a Guerra Civil espanhola”, de Luis Buendía García e José Luis Carretero Miramar

A experiência autogestionária do movimento anarcossindicalista durante a Guerra Civil constituiu um dos experimentos revolucionários mais criativos, profundos e originais do século XX. A coletivização das indústrias e dos campos foi acompanhada da criação de instituições educativas abertas ao conjunto da população e da socialização de recursos para o bem estar comum.

Neste documentado livro, Luis Buendía e José Luis Carretero, investigadores do Instituto de Ciências Econômicas e da Autogestão e de diversas instituições pedagógicas, nos narram as linhas gerais deste imenso experimento revolucionário, aportando materiais inspiradores e imprescindíveis para o projeto de transformação social libertária. Uma proposta de reconstrução da sociedade que se tornou cada vez mais necessária ante o avanço da crise social, econômica, cultural e climática que acompanha o capitalismo…

13×18 cm, 218 p., 2025, 10,00 €, calumnia.sumupstore.com

Tradução > Sol de Abril

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O sol brilha
Nas vigas da ponte –
Névoa da tarde.

Hokushi

Saiu a programação completa da 5ª Conferência Internacional de Geógrafxs e Geografias Anarquistas

9-12 dezembro 2025 | Departamento de Geografia (FFLCH), Universidade de São Paulo (USP), Auditório Milton Santos | O evento ocorrerá presencial e é aberto e gratuito

Depois das quatro Conferências Internacionais de Geógrafxs e Geografias Anarquistas organizadas em Reggio Emilia (Itália, 2017), Rabastens (França, 2019), Oaxaca (México, 2021) e Córdoba (Argentina, 2023), a quinta acontecerá na cidade de São Paulo (Brasil) em 2025.

A escolha da cidade é muito significativa porque a cidade de São Paulo, a USP e também o Brasil, têm uma tradição de organização de conferências internacionais sobre as figuras históricas da geografia anarquistas. Entre os eventos estão os Colóquios Internacionais sobre Élisée Reclus (2011) e sobre o Centenário do falecimento de Piotr Kropotkin (2021), ambos organizados pela Biblioteca Terra Livre com o apoio do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo.

>> Confira aqui a programação completahttps://5cigga.wordpress.com/2025/10/01/programacao-completa/

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Margeando riacho
Tenras folhinhas brotam
No campo queimado.

Mary Leiko Fukai Terada

Das Mãos Vazias às Mãos que Se Defendem: A FACA Promove Formação de Autodefesa no Espírito Santo

Em um ato de preparação diante da crescente violência estatal e paramilitar, a Federação Anarquista Capixaba (FACA) ocupou o território dominado pelo estado do Espírito Santo para realizar, no último 13 de outubro de 2025, em Guarapari, uma formação em defesa pessoal voltada para a classe trabalhadora. A ação, organizada de forma horizontal e autogerida, visou armar corpos e mentes contra a repressão cotidiana, transformando um espaço de lazer imposto pelo capital em um território temporário de auto-organização e aprendizado coletivo. Longe dos aparatos de segurança do Estado, que protegem a propriedade e criminalizam a pobreza, xs trabalhadorxs capixabas praticaram a autodefesa como princípio fundamental da libertação.

Esta iniciativa vai além da mera reação física; é um gesto profundamente político de desobediência à lógica que entrega nossa segurança aos mesmos aparatos que nos oprimem. Enquanto o Estado monopoliza a violência para garantir a ordem do capital, a FACA reafirma que a verdadeira segurança nasce da solidariedade de classe e da capacidade de defesa coletiva. Aprender a proteger o próprio corpo e o do companheiro é o primeiro passo para proteger a comunidade e o território das incursões do Capital e de suas forças de repressão, construindo uma trincheira de corpos indisponíveis para a dominação.

A formação em Guarapari não é um evento isolado, mas um elo na cadeia de ações diretas que buscam forjar a autonomia popular. Ao proporcionar esses saberes, historicamente restritos às forças de segurança, a FACA pratica a educação libertária que entrelaça teoria e prática, gestando o embrião da sociedade livre que almejamos: uma onde o povo, organizado e consciente de seu poder, não apenas resiste, mas constrói as bases materiais de um mundo sem patrões e sem Estado. Cada golpe desferido com técnica é um não à submissão; cada esquiva, uma negação prática à passividade imposta.

Federação Anarquista Capixaba – FACA

federacaocapixaba.noblogs.org

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Escorre pela folha
a tarde imensa,
pousada em gota d’água.

Yeda Prates Bernis

2ª Feira Anarquista de Presidente Prudente (SP)

A 2ª Feira Anarquista de Presidente Prudente (SP) terá várias atividades durante o dia trazendo resistência e ancestralidade indígena, as mulheres no anarquismo, exposições literárias e mais, confira!

• Introdução ao Anarquismo com o compa @anarcomusico.

• Roda de conversa com a curadora do museu indígena Worik Sol Nascente @susilenekaingang e seu companheiro Elizeu Guarani Nhandewa, sobre lutas de resistência e memória indígena.

• Bate-Papo com a professora, pesquisadora e escritora @samanthalodi sobre seu livro: “Louise Michel, Pertenço a Revolução Social”.

• Exposições artísticas, exposições literárias do acervo @sebo_maranta

• Oficinas de Malabares e oficina de Zines.

• Bandas: Tarantino fastcore – Prudente/Birigui Sp. @tarantinofastcore / Caramelows Dog – Presidente Prudente Sp. @caramelowdogs / Haruspex – Presidente Prudente Sp. @777haruspex .

A Feira Anarquista de Presidente Prudente (SP) é construída de forma coletiva sem fins lucrativos, de caráter cultural literário, trazendo mais sobre a luta do Socialismo Libertário, sobre a luta indígena e o protagonismo das mulheres.

Apoie nossa rifa artística e ajude nossa luta social, qualquer número de 1 a 100 por 10 reais, Pix feiraanarquistaprudente@gmail.com.

>> Mais infoshttps://www.instagram.com/feiraanarquistapp/

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Pichação no muro:
a tinta é verbo, o muro
é a página do povo.

Liberto Herrera

É aquela época do ano!

Já passou quase um ano desde a última vez que escrevemos a vocês! Nas próximas semanas, falaremos sobre os desafios que enfrentamos nos últimos meses, as novidades sobre o que temos feito e, no final, haverá uma agradável surpresa.

Temos nos perguntado o que vocês andam fazendo e as pessoas que nos disseram, nos mostraram que as ferramentas que Riseup oferece são politicamente úteis e importantes. O e-mail tem sido utilizado para proporcionar acesso a abortos seguros, o etherpad tem sido utilizado para a organização do espaço de trabalho e o crabgrass para cozinhas comunitárias. Nos enche de alegria toda vez que vemos nossos esforços sendo úteis!

Para que continuemos a prestar esses serviços e encontrar grandes usos políticos para eles, pedimos a todos os que são capazes que contribuam. Diga às suas camaradas e amizades o quão incrível é o Riseup e se puder, por favor doe – https://riseup.net/pt/doacao

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Crepúsculo. O sol no horizonte
Vai descendo
Os degraus do monte.

Clínio Jorge