Chamado internacional para um Novembro Negro em memória de Kevin Garrido

O companheiro antiautoritário Kevin Garrido foi capturado pela suja polícia chilena em 19 de novembro de 2015, depois de colocar e detonar um dispositivo explosivo caseiro em uma das entradas da escola da gendarmaria de San Bernardo. Após sua captura, ele também foi acusado de realizar um ataque explosivo do lado de fora da 12ª delegacia de polícia em San Miguel em 29 de outubro do mesmo ano, que foi atribuído à Conspiração Internacional pela Vingança – Célula de Deflagração Gerasimos Tsakalos. Durante a madrugada de 19 de novembro, a polícia também capturou o companheiro Joaquín García Chancks, acusando-o de pertencer, juntamente com Kevin, a essa célula responsável pelo ataque contra a 12ª delegacia de polícia.

Depois de um longo julgamento, Kevin foi condenado a 17 anos de prisão por atacar ambas as instituições policiais com explosivos, e Joaquín García foi condenado a 13 anos de prisão pelo ataque com explosivos e por portar uma arma de fogo que tinha no momento de sua recaptura, depois de escapar da prisão domiciliar em 2016.

Em 2 de novembro de 2018, depois de ter vivido 3 anos de prisão como um espaço de conflito contra todos os tipos de autoridade, o companheiro Kevin Garrido teve uma briga com um preso indigno e covarde que o atacou por trás, enquanto o companheiro foi buscar sua arma. Embora seus ferimentos fossem graves, Kevin não recebeu a assistência médica de que precisava dentro da prisão/empresa Santiago 1 e a ambulância levou 1 hora e 15 minutos para transferi-lo para o hospital Barros Luco, onde ele morreu após uma intervenção de alto risco.

Companheiro Kevin Garrido Presente na memória antiautoritária e insurrecional!

6 anos depois de seu covarde assassinato, não esquecemos o caminho irredutível que ele praticou desde cedo, até o fim de seus dias.

“Na rua – e onde quer que eu esteja – sou amotinado, cúmplice de tudo o que é criminoso, e na prisão não me acovardo nem tenho uma atitude submissa diante dos carcereiros e de todos os canalhas autoritários que passam por aqui. Não me engasgo com discursos bonitos ou frases como: “morte a toda autoridade” e depois me vitimizo por alguns golpes da Autoridade, a autoridade que pretendo assassinar com minhas mãos. Assumo as “consequências” de minhas ações que nunca andam de mãos dadas com a passividade. Porque esta é a minha Guerra, AQUI E AGORA” (Kevin Garrido, fevereiro de 2016).

Companheiro Joakin García nas ruas

Companheiro Freddy Muñoz Presente

Abaixo todas as prisões e formas de autoridade

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Gosto de ficar
Olhando as cores do céu
– Os dias se alongam.

Hisae Enoki

Livro em PDF de graça! “O Movimento Anarquista no Japão”

“Anarquistas no Japão! Para muitos, a própria ideia é surpreendente. A imagem popular do Japão é a de uma sociedade hierárquica e regulamentada, enquanto os japoneses são amplamente considerados como servidores inabalavelmente leais da empresa e do Estado. Mesmo dentro do Japão há muitos japoneses que desconhecem a existência do movimento anarquista, dos mártires que morreram pela causa e da luta sustentada que tem sido travada contra o estado capitalista e a desumanidade que tem perpetrado ao longo dos anos.” trecho do livreto O Movimento Anarquista no Japão, 1906-1996. John Crump

Segue o livreto traduzido de forma livre por Danças das Idéias. Clique aqui para acessar o pdf:

https://anarkio.net/wp-content/uploads/2024/11/movimento_anarquista_japao_1906_1996.pdf

Nos vemos nas ruas!

anarkio.net

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Um gato sem dono
Dormindo sobre o telhado
— Chuva de primavera.

Taigi

[Grécia] 16/11 | Convocação internacional para um dia de ação em memória do companheiro anarquista Kyriakos Ximitiris

Atenas, Grécia.

Convocamos os companheiros e companheiras de todo o mundo para um dia internacional de ação em memória da morte do guerreiro anarquista e amado companheiro Kyriakos Ximitiris (16 de novembro).

Convidamos os companheiros e companheiras do exterior a enviar mensagens de texto que gostariam que lêssemos no ato político em memória do companheiro Kyriakos, que ocorrerá no mesmo dia em Atenas.

synelallil@riseup.net

O dia 31 de outubro ficará gravado para sempre no coração de todo guerreiro.

Com raiva e determinação, ficamos ao lado de nossos companheiros.

Em 31/10/204, depois que um dispositivo explodiu em um apartamento em Ampelokipoi, nosso companheiro anarquista Kyriakos Xymitiris caiu na batalha pela libertação social e de classe, enquanto nossa companheira anarquista Marianna M., que também estava no apartamento, acabou com vários ferimentos e até agora está sendo tratada e vigiada no Hospital Evangelismos. Ao mesmo tempo, mais duas pessoas foram presas e levadas para investigação, o companheiro Dimitris e o companheiro anarquista Dimitra foram presos.

A companheira Marianna M. está detida e vigiada em Evangelismos, com todos os aparatos repressivos e a agência antiterror, com o objetivo de extrair declarações da companheira. Não nos esquecemos dos casos de tortura de companheiros que foram capturados e mantidos em instituições de enfermagem e sofreram maus-tratos físicos por meio de práticas médicas, sendo explorados em seu estado físico, emocional e mental. Essas imposições do poder do Estado são claramente tortura.

Não deve passar pela cabeça deles que a polícia continue a exercer pressão ou continue o processo de (pré)investigação da companheira Marianna, gravemente ferida, enquanto ela está hospitalizada e tentando lidar com o fardo emocional, espiritual e político após a explosão. Seu interrogatório é uma tortura e todos os tipos de participantes são torturadores do poder estatal.

A administração e a equipe do Evangelismo são os principais responsáveis por qualquer coisa que aconteça com nossa companheira. Qualquer membro da comunidade médica que concordar ou simplesmente permanecer em silêncio nesse processo é cúmplice da violência intencional do Estado e da tentativa de tortura da companheira Marianna. A violência estatal foi perpetrada contra nossa companheira com os canalhas antiterroristas tirando suas impressões digitais, enquanto ela estava sob os cuidados da equipe médica, sem que ela estivesse fora de perigo e sem seu consentimento, pois estava inconsciente.

O canibalismo dos rostos e corpos dos companheiros começou com todos os tipos de métodos de todo o aparato estatal, sob a orientação da agência antiterrorista e do Ministério de Proteção ao Cidadão. A difamação deles nos canais de TV e nas primeiras páginas dos jornais conhecidos bandidos da mídia é outra parte do papel emético do Estado e da mídia de propaganda capitalista. A reportagem detalhada e a publicação de fotos e vídeos da cena do incidente punem o companheiro morto e capturam a brutalidade enfrentada por sua família e entes queridos. Ao mesmo tempo, com a despolitização da ação de nossos companheiros, tenta-se apresentá-los como terroristas amorais que destroem as casas dos cidadãos, com o objetivo de isolá-los socialmente para expô-los à repressão.

O Estado, seus mecanismos ideológicos e o capital estão mais uma vez tentando atingir as linhas do movimento, para anular seu conteúdo político, suas opções de luta e suas décadas de tradição revolucionária. Antes que a companheira Marianna recupere suas forças e fale como ela quer e como o companheiro morto desejaria, eles lançaram furiosamente a propaganda estatal contra eles, contra todo o mundo da luta e suas opções. A zombaria e a difamação da luta revolucionária estão no auge da lança da propaganda contrarrevolucionária. Nós nos opomos firmemente a isso, defendendo a causa revolucionária, mas também a vontade das pessoas que estão sob a mira da repressão.

Os eventos de 31/10 e as escolhas políticas da luta que levaram a eles não serão comentados pelos capangas da máquina do Estado e do capital. O companheiro que sofreu e pagou um alto preço e os companheiros que são perseguidos por isso falarão primeiro, quando quiserem.

O movimento falará, todos nós que caminhamos ao lado do companheiro Kyriakos e da companheira Marianna, que fomos e continuamos a ser inspirados por sua visão clara e compromisso inabalável. Nós, que reconhecemos sua presença em todos os campos de luta, e percebemos que os companheiros são a personificação do diálogo aberto dentro do movimento. Os companheiros dedicaram suas vidas à luta contra a opressão, para construir um mundo de igualdade e liberdade, assumindo a responsabilidade e tomando as decisões que levaram Kyriakos à morte e Marianna à prisão e a receber vários insultos. Com sua atitude e sua presença, eles se entregaram de corpo, alma e pensamento à Causa revolucionária e, dessa forma, estão na vanguarda da sociedade em luta.

Marianna e Kyriakos estão presentes há anos nos projetos de solidariedade aos prisioneiros, no movimento internacionalista contra a guerra, na luta pela resistência palestina, nas ações em defesa do bairro de Exarchia, nas lutas dentro das universidades, na defesa de espaços liberados, nas ocupações e em todas as lutas sociais e de classe. Dedicados a essas lutas, sempre prontos para descobrir juntos suas extensões mais rebeldes. Eles não só defenderam teoricamente a luta multifacetada pela libertação social, como também são sua encarnação mais fiel. Eles assumiram uma posição de luta, por todos os meios, contra o mundo do poder, o Estado, o capital, o racismo, o patriarcado, ao lado dos oprimidos e dos rebeldes, sempre com a visão de um mundo melhor, um mundo de solidariedade, igualdade e liberdade.

Contra um mundo que marginaliza qualquer um que não se encaixe em sua normalidade, que naturaliza a exploração e a opressão daqueles que estão na base, o movimento anarquista e antiautoritário luta por todos os meios. É a ação multiforme que levará à radicalização e à plenitude de nossas respostas e de nosso ataque ao existente. As opções de contra-violência revolucionária e de luta armada, como parte integrante da luta multifacetada, ultrapassam os limites da legitimidade burguesa e desafiam o monopólio estatal da violência. São essas opções de luta que mantêm vivo o fio da rebelião desde novembro de 73 até hoje. Essas opções são parte integrante de uma continuidade insurrecional histórica, que mantém a visão da revolução social viva em nossos corações e mentes.

A operação para enfraquecer o discurso revolucionário e a repressão subsequente mostram que os canalhas das agências de terror do Estado temem as pessoas que não se comprometem com a injustiça, a desigualdade e a exploração. Contra a propaganda e a operação de intimidação do Estado e dos patrões, bem como contra a tentativa de despolitizar as opções aprimoradas, respondemos primeiro politicamente e independentemente do caso específico. Devemos isso, além de todos os outros, a todos aqueles que deram suas vidas, àqueles que foram presos, àqueles que lutaram durante tantos anos de guerra social e de classes. A luta armada é parte integrante do movimento radical, da luta social e de classe multifacetada, profundamente enraizada em nossa tradição militante, e nós a defendemos de forma intransigente.

Contra o mundo da individualização e do fatalismo, levantamos a luta por todos os meios. Fortalecemos uns aos outros, defendemos nossos companheiros. Sem dúvida, companheiros e amigos, ninguém será deixado sozinho contra a campanha repressiva do Estado e do capital. Diante das táticas antiterroristas e do canibalismo da mídia, que nossa solidariedade seja um baluarte para nossos companheiros em cativeiro e para qualquer outro processo. A repressão não nos assusta e apoiaremos uns aos outros sem hesitação.

NÃO DESISTIR DA COMPANHEIR MARIANNA

KYRIAKOS XIMITIRIS, UM DE NÓS, SEMPRE CONOSCO NAS ESTRADAS DO FOGO.

LIBERDADE PARA O COMPANHEIRO DIMITRIS E O COMPANHEIRO ANARQUISTA DIMITRA

Assembleia em solidariedade aos presos, fugitivos e perseguidos.

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Parada do trem –
Com o vendedor de flores
Vêm as borboletas.

Sôshi Nakajima

[Espanha] A raiva popular transborda as ruas de Valência: Basta de repressão e de governos a serviço das elites!

As ruas de Valência se converteram em um clamor unânime contra a gestão desastrosa da DANA, ao que é preciso acrescentar a brutal repressão policial deste 9 de novembro. Milhares de Valencianos e Valencianas, fartos das promessas não cumpridas e da precariedade imposta, saíram às ruas para exigir justiça e uma mudança radical.

A manifestação, longe de ser um simples protesto, se converteu em um ato de auto-organização popular. Moradores, trabalhadores e ativistas se uniram em uma mostra de solidariedade e de luta contra um sistema que os abandona nos momentos mais difíceis. Os cartazes e lemas se contavam em milhares, denunciando a incapacidade das instituições e a cumplicidade dos poderes fáticos com as grandes empresas.

A resposta policial ao protesto foi desproporcional e violenta. As ações policiais, que tiveram como vítimas alguns de nossos filiados do setor da imprensa que foram de outras cidades para cobrir a manifestação, longe de dissuadir os manifestantes, serviram para evidenciar a verdadeira cara de um Estado a serviço dos poderosos. Os feridos são a prova de que a repressão é o único argumento que o sistema tem para enfrentar o descontentamento social.

Esta mobilização demonstra que a sociedade civil está disposta a tomar as rédeas de seu próprio destino e a construir um mundo mais justo e equitativo. A luta continua e não cessaremos ate que se faça justiça e se ponha fim à exploração e a opressão.

cnt.es

Tradução > Sol de Abril

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tomando banho só
no riacho escondido –
cantos de bem-te-vis

Rosa Clement

[Em algum lugar] Quando passa o momento das lágrimas, chega a hora da ação

“A vida reserva surpresas que seria sensato levar em conta. Entretanto, ninguém é sábio o suficiente para fazer isso. É por isso que estamos sempre despreparados quando um convidado inesperado nos visita. Sua chegada surpreende a todos, justos e injustos, vítimas e carrascos, da mesma maneira. Não há diferença. Nós somos a diferença. Ela está no fundo de nossos corações.” – Alfredo M. Bonanno

A notícia chegou de forma avassaladora e repentina há alguns dias. Na tarde de 31 de outubro, uma forte explosão sacudiu um apartamento no terceiro andar de um prédio no bairro de Ampelokipoi, em Atenas. A companheira anarquista Marianna foi retirada com vida dos escombros e está em estado grave no hospital Evangelismos, nas mãos da polícia; o companheiro anarquista Kyriakos não sobreviveu. A polícia e a mídia escravizada falam sobre uma detonação repentina durante a preparação de um dispositivo explosivo. Eles também falam (e escrevem) sobre muito mais. Tagarelice que não encontrará espaço nestas poucas linhas. As unidades de combate ao terrorismo estão espumando pela boca, excitadas pelo sangue do inimigo interno a ser preso (e publicado nos jornais). As palavras que realmente importam são as dos companheiros e são as únicas que serão levadas em consideração.

Nessas horas de profunda tristeza, é importante reafirmar a legitimidade das ideias e práticas anarquistas. É importante apoiar os companheiros que abraçaram essas ideias e práticas até o limite das consequências.

Conheço Marianna e sua determinação. Conheci Kyriakos e seu compromisso incansável. Compartilhamos momentos de luta e momentos de lazer. Levarei esses momentos para onde quer que eu vá, em cada luta e em cada ação.

Os companheiros anarquistas que perderam suas vidas na luta sempre viverão nas ações e ataques contra o Estado e o capital.

Ao lado de Marianna, ao lado dos companheiros que estão sendo investigados, com Kyriakos em meu coração.

Um anarquista em algum lugar

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Chuva de primavera –
Todas as coisas
Parecem mais bonitas.

Chiyo-ni

Programação do I Seminário Anarquismo, Educação e Cultura

P R O G R A M A Ç Ã O

21/11 – QUINTA-FEIRA

10H – MESA DE COMUNICAÇÃO E DEBATE 1

LAS AVENTURAS DE NONO: UM “LIBRO PELIGROSO”? – ANDRESSA LOPES DE OLIVEIRA

A EXPROPRIAÇÃO DOS MEIOS DE CRIAÇÃO: DISPUTA DO SIMBÓLICO NA IDEIA DE REVOLUÇÃO – RENATO MENDES

ASSUNTOS FEMININOS: MODOS DE SUBJETIVAÇÃO DE GÊNERO NA VISÃO ANARQUISTA DE MARIA ANTÔNIA SOARES – THALITA COELHO DANTES

MEDIAÇÃO E COMENTÁRIOS: RODRIGO ROSA DA SILVA (UEL)

14H – PALESTRA E APRESENTAÇÃO ARTÍSTICA: LOUISE MICHEL E COMUNA DE PARIS

MÁRIO RUI PINTO (BARRICADA DE LIVROS) – LOUISE MICHEL, UMA VISÃO LITERÁRIA

CIBELE TROYANO (CENTRO DE CULTURA SOCIAL) – BARRACA DE LUXOS COMUNAIS – UMA FEIRA DE PRODUTOS DA COMUNA DE PARIS

MEDIAÇÃO: LUCIANA ELIZA DOS SANTOS (USP)

16H – RODA DE CONVERSA: PRÁTICAS LIBERTÁRIAS EM EDUCAÇÃO, CULTURA E IMPRENSA

EDUARDO NUNES (UNEB) E CARLOS BAQUEIRO (MALOCA LIBERTÁRIA) – VOZES ANARQUISTAS BAIANAS, SEM EIRA NEM BEIRA

GUILHERME SANTANA (UFRJ) – NOSSA ESCOLA, NOSSAS REGRAS: UMA ANÁLISE LIBERTÁRIA DAS OCUPAÇÕES DE ESCOLAS

BEATRIZ TRAGTENBERG E DORIS ACCIOLY (DIVERSITAS/USP) – TEATRO-CIRCO ALEGRIA DOS POBRES

MEDIAÇÃO: JOÃO FRANCISCO MIGLIARI BRANCO (USP)

19h00 – ABERTURA E APRESENTAÇÃO DO GRUPO DE PESQUISA ANARQUISMO, EDUCAÇÃO E CULTURA

DORIS ACCIOLY, JOÃO FRANCISCO MIGLIARI BRANCO, LUCIANA ELIZA DOS SANTOS E RODRIGO ROSA DA SILVA

19H30 – AULA ABERTA: ANARQUISMO E AUTOGESTÃO NA EDUCAÇÃO

LUCIANA ELIZA DOS SANTOS (USP) – AUTOGESTÃO, EDUCAÇÃO E A CONQUISTA DO PÃO: O SOBREVIVER EM SOCIEDADE

RODRIGO ROSA DA SILVA (UEL) – AUTOGESTÃO E AÇÃO DIRETA: PRÁTICAS ANARQUISTAS EM EDUCAÇÃO

MEDIAÇÃO: JOÃO FRANCISCO MIGLIARI BRANCO (USP)

>> Programação completa (PDF) clique aqui:

https://drive.google.com/file/d/1kNftpUnWLeFfTwCKPcPdiYz2aGCJvFDT/view

anarquismoeducacaoecultura.wordpress.com

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vida repensada
noite de insônia –
manhã cansada

Zezé Pina

IV Feira Anarquista Feminista de Porto Alegre | Chamada aberta para inscrições

Saudações Anárkicas!

A IV FAF POA deste ano acontecerá no dia 08 de Dezembro! Seguimos na resistência y lançamos a chamada para inscrições de bancas y atividades que queiram somar nessa movida de luta pela liberdade! A inscrição é gratuita y a organização autogestionada!

Bóra conspirar, retomar y reflorestar nesse caos de porto nada alegre.

AS INSCRIÇÕES VÃO ATÉ O DIA 20/11!

Para se inscrever envie e-mail para fafpoa@riseup.net

Saúde y Anarkia!

Feira Anarquista Feminista de Porto Alegre

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Muita brisa à noite.
Dos jasmineiros da rua,
perfumes e flores.

Humberto del Maestro

[Itália] Livorno: Cinema abandonado é ocupado após manifestação contra o DDL 1660

Várias centenas de pessoas enfrentaram a chuva para se manifestar em Livorno contra o DDL 1660 [1] em 31 de outubro passado. A manifestação foi convocada pela Azione Livorno Antifascista, uma faixa que reunia várias siglas da cidade, incluindo o Collettivo Anarchico Libertario, a Federazione Anarchica Livornese e a Unicobas, abria a passeata. No final da manifestação, um cinema abandonado no centro da cidade foi simbolicamente ocupado.

O prédio é de propriedade de um certo Gonnelli, um empresário com tendências de extrema direita, que chegou às manchetes dos jornais locais nos últimos dias por causa das reclamações dos funcionários sobre as condições de trabalho e os salários que ele impõe.

Gonnelli pretende construir uma discoteca na área do antigo cinema, gerando protestos dos moradores do bairro.

Nota:

O Projeto de Lei (DDL) nº 1.660 foi apresentado à Câmara dos Deputados há mais de oito meses, em 22 de janeiro de 2024. Ele visa, entre outras coisas: o bloqueio de estradas passa a ser uma infração penal com penas até dois anos; protestos em prisões ou abrigos de refugiados podem ser punidos com até 20 anos de prisão e o mesmo se aplica a quem protestar contra grandes projetos de construção; prisão até sete anos por ocupar uma casa vazia ou simpatizar com ocupantes; 15 anos de prisão por resistência ativa durante as manifestações; quatro anos de prisão por resistência passiva; o direito de as forças policiais possuírem uma segunda arma pessoal, para além da arma de serviço e fora de serviço; as medidas acima referidas podem também aplicar-se a mulheres grávidas ou com filhos menores de um ano de idade; a utilização de celulares é proibida aos migrantes sem autorização de residência.

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Para tricotar
Sento-me numa cadeira
De onde veja o relógio.

Toshiko Nishioka

[Alemanha] Kyriakos viveu para a luta e morreu lutando.

Nosso amigo e companheiro perdeu a vida em uma explosão em um apartamento em Atenas, em 31 de outubro de 2024.

Queremos nos lembrar dele como uma parte querida de todas as nossas vidas, que ele enriqueceu de muitas maneiras.

Kyriakos participou de lutas em todo o mundo e se levantou contra toda a opressão com todo o seu ser. Ficamos lado a lado nas ruas, em okupações e reuniões, para travar uma luta comum contra o Estado e o capital.

Juntos, nos posicionamos contra o racismo, o fascismo, as prisões e o patriarcado, cobrindo as costas uns dos outros e dando força uns aos outros para combater esse sistema explorador.

Sua solidariedade não tinha limites e podemos dizer com orgulho que pudemos lutar por um mundo melhor ao lado de uma pessoa tão maravilhosa.

Rimos e choramos com ele, nos agachamos e defendemos, gritamos e nos calamos, dançamos e cantamos, discutimos e pensamos, fumamos, tomamos café, colocamos cartazes, fizemos manifestações e muito mais.

Sentiremos sua falta em nossas vidas e lutas, mas o manteremos conosco em nossas lembranças, pensamentos, corações, mãos e em todas as nossas lutas.

No dia 9 de novembro, gostaríamos de convidá-los para sua despedida em Berlim. Queremos nos despedir, lamentar e lembrar dele coletivamente.

Data: 9 de novembro

Rigaer Straße 94 – Berlim

Programa: 17h30 Abertura das portas

18h Cerimônia

Em seguida, celebração aberta com música e comida. Você está muito convidado a trazer suas próprias lembranças.

Glória eterna ao nosso companheiro anarquista Kyriakos Xymitiris

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Uma flor que cai –
Ao vê-la tornar ao galho,
Uma borboleta!

Arakida Moritake

[Alemanha] Trocas internacionais contra o serviço militar e todo militarismo, 15-16 novembro

Na Alemanha e em muitos outros países, o militarismo está ganhando força diante das novas e antigas guerras e genocídios dos últimos anos, e as estruturas e ideias associadas a ele estão ganhando espaço em vários níveis.

Ao mesmo tempo, a indústria militar está florescendo. Além dos imensos subsídios para o Bundeswehr (exército alemão), uma das iniciativas concretas é a implementação de um novo serviço militar obrigatório na Alemanha. Depois que ele foi praticamente descontinuado em 2011, o plano dos iniciadores é introduzir um novo serviço com exames e sanções contra aqueles que não participarem desse procedimento. Mesmo que essa proposta inicialmente gire em torno de um número bastante limitado de recrutas e tente se pintar como moderada, ela deve ser vista como um abridor de portas e uma ferramenta importante do militarismo e da política alemã da OTAN. O número de recrutas é inicialmente baixo porque a infraestrutura necessária para o serviço militar, como locais para exames físicos com a finalidade de recrutamento, acomodação e treinamento, foi desmantelada após 2011. O modelo provavelmente também será no começo um teste, que será otimizado.

Seja qual for o modelo introduzido, como anarquistas rejeitamos o serviço em nome dos militares e do Estado e organizaremos a resistência contra ele.

No espírito do internacionalismo antiautoritário, queremos trocar ideias com companheiros de diferentes contextos sobre o serviço militar nos estados em que vivem, mas também sobre práticas de recusa e resistência.

Você e seu contexto estão convidados a participar dessa troca.

Os pré-requisitos são os princípios de solidariedade e um antimilitarismo antiautoritário, uma análise que se opõe à justificativa da guerra, aos danos colaterais e ao reconhecimento de estados e de qualquer outra autoridade.

Nos dias que antecedem a troca, há relatos ainda não confirmados de possíveis celebrações para marcar o aniversário da fundação da Bundeswehr, que poderia muito bem ocorrer em Hamburgo. Continuamos abertos para expressar nossa rejeição conjunta a esse evento – fique atento!

Fonte: https://radar.squat.net/en/node/494976

Tradução > anarcademia

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Árvore amiga
enfeita meus cabelos
com flores amarelas

Rosalva

[Alemanha] De Berlim a Atenas – estamos juntos em luto, com raiva e em solidariedade revolucionária

No dia 3.11, nos reunimos com amigos e companheiros de Kyriakos Xymitiris, Marianna M., Dimitra Z. e a quarta pessoa acusada mantida presa desde 1º de novembro, em consequência de uma explosão ocorrida na quinta-feira, 31 de outubro, em Ambelokipi, Atenas, e da repressão que se seguiu.

Cada um deles é um de nós e são amados e respeitados por quem são. Em todos os momentos que compartilhamos com eles, eles inspiraram nossas lutas diárias, nos fortaleceram diante da repressão, nos fizeram rir e nos deram o poder de acreditar em nossa força e em nossas ideias. É por isso que nos reunimos, lamentamos e choramos coletivamente, e também mostramos nossa solidariedade e cumplicidade nas ruas de Berlim.

As forças do Estado e a mídia tentam assumir o controle da narrativa, mas combatemos divulgando e defendendo nossas ideias de uma luta justa contra todos os tipos de opressão. Nossa raiva e tristeza se baseiam nos fatos reais e nas palavras de nossos companheiros, e não nas especulações dos policiais e da mídia.

Os próximos tempos não serão fáceis para ninguém e é por isso que estamos ao lado dos acusados e feridos. Enviamos abraços e beijos a todos os afetados, nossos companheiros, amigos e suas famílias. Isso também se estende especialmente aos companheiros na Grécia, nas assembleias, em frente ao hospital e nas ruas, fortalecendo uns aos outros nesses momentos difíceis e assumindo a responsabilidade coletiva pelo legado político que vivemos aqui e agora.

Eles fizeram e farão parte de nossas lutas, em nossos corações, e não nos calaremos até que o último preso seja libertado das jaulas.

Os corações revolucionários ardem para sempre!

A luta continua – Der Kampf geht weiter! (Rudi Dutschke para Holger Meins em 18.11.1974)

GLÓRIA ETERNA AO MORTO KYRIAKOS XYMITIRIS.

MÃOS FORA DA COMPANHEIRA ANARQUISTA MARIANNA.

LIBERDADE PARA O COMPANHEIRO ANARQUISTA DIMITRA.

LIBERDADE PARA A COMPANHEIRA PRESA.

LIBERDADE PARA TODOS OS PRESOS, PERSEGUIDOS E COMPANHEIROS FORAGIDOS.

Assembleia de Berlim em memória e solidariedade a Kyriakos Xymitiris, Marianna M., Dimitra e o quarto companheiro acusado

Fonte: https://kontrapolis.info/14266/

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Em morosa andança
Ao léu com meu ordenança —
Contemplação das flores.

Kitamura Kigin

[Chile] “Como uma fênix. Contra todas as probabilidades”.

Texto do Espaço Fénix em Santiago, um território ocupado pelo Estado chileno.

Em meados do ano de 2021, abrimos as portas de uma nova iniciativa anárquica, um projeto ambicioso que buscava a coletivização do conhecimento, a livre circulação de material antiautoritário e um verdadeiro ponto de encontro entre diversas vontades em conflito com o poder.

Assim nasceu o Espaço Fénix. Durante dois anos, funcionamos em frente a um parque e, sem a permissão de ninguém, semana após semana ocupamos esse lugar para dar filmes e palestras, organizar atividades, lembrar companheiros ou nos reunir em torno de livros e experiências de luta.

A contingência de um bairro que mudou com a chegada do novo presidente, mais as diferentes vicissitudes do prédio onde estávamos, acabaram pondo fim à nossa permanência naquele lugar. Rapidamente partimos em busca de um novo espaço que abrigasse todos os nossos projetos e nosso desejo irrefreável de viver aqui e agora como quiséssemos, de acordo com nossos valores e princípios anárquicos.

Assim, em agosto de 2023, abrimos um novo local, desta vez uma casa inteira para nós, onde poderíamos receber e abrigar diferentes companheiros, com diferentes histórias e jornadas.

Demos vida a uma nova casa e estávamos construindo diferentes atividades lá, de memória, de resistência e ofensiva. Trouxemos nossos companheiros presos para a rua, por meio de diferentes jornadas que sempre visavam ao enfrentamento da dominação.

Com uma série de filmes semanal e permanente, sempre abrindo espaço para discussão, circulando a palavra. Circulando material antiautoritário, escrevendo e produzindo o nosso próprio material. Mantendo uma biblioteca que, sem dinheiro algum, disponibiliza uma quantidade imensa de livros com uma longa história de memória e combate.

Tem sido cansativo, frustrante às vezes e também bonito, no caminho dessa jornada encontramos muito mais do que estávamos procurando no início.

Os caminhos do confronto nos cruzaram com companheiros queridos e nos separaram de outros, é assim que se caminha sem líderes, sem dirigentes, sem meias medidas, sem moderação.

Hoje é a nossa vez de dizer que temos que deixar o espaço físico que construímos, a situação econômica se tornou muito pesada para nós, e isso, juntamente com as mudanças em nosso ambiente, torna impossível continuarmos no mesmo lugar.

Certamente é frustrante, não é o que gostaríamos, especialmente nesta época de tantas mortes de companheiros valiosos, de sentenças de prisão perpétua ocultas, de isolamento na prisão e de acidentes de companheiros em ação. Este momento deve ser um momento para nos concentrarmos na memória e na solidariedade, dando espaço também para que as feridas sejam curadas por meio da ação anárquica, um caminho que abraçamos e com o qual aprendemos todos os dias. É aí que reside nossa força, é aí que encontramos os verdadeiros camaradas.

Faremos jus ao nosso nome, Fênix, o pássaro de fogo sempre emerge, não importa quão adversa seja a perspectiva, continuaremos a almejar a destruição do poder e da sociedade carcerária.

Encontraremos um novo local físico e reabriremos suas portas para nos reunirmos com nossos companheiros, para continuarmos a espalhar a semente negra de nossas vontades em guerra.

Novembro será nosso último mês no espaço que agora nos abriga, mas continuaremos unidos pelas mesmas cumplicidades, com a energia para encontrar um novo lugar.

Você está convidado a participar das atividades e dos dias que já programamos para novembro, teremos surpresas que esperamos que você aproveite conosco.

Pela proliferação e defesa dos espaços antiautoritários!

Vamos dar vida à Anarquia aqui e agora!

Seguimos em frente contra todas as adversidades!

ESPAÇO FÊNIX

Individualidades anárquicas

Biblioteca Antiautoritária Sacco e Vanzetti

Outubro de 2024

Tradução > Liberto

agência de notícias anarquistas-ana

Ao fim da fogueira
Apenas cinco cachorros
Dormindo ao redor.

Miyoko Namikata

[França] Toulouse: Abbé Pierre em ereção… Uma obra de arte para denunciar o silêncio da Igreja

Silentium – Sexta-feira e sábado, o artista de Toulouse James Colomina apresentou sua nova escultura no coração da igreja de Gesù

  • James Colomina é um artista de rua conhecido por suas esculturas de figuras vermelhas que coloca em espaços públicos para questionar a sociedade e a política.
  • No início de novembro, o artista de rua mudou todos os seus códigos ao apresentar uma obra numa igreja, toda de branco.
  • Este último representa o padre Abbé Pierre em ereção, escondido sob um lençol. O fundador da Emmaüs é acusado por diversas mulheres de abuso sexual.

Silentium, “silêncio” em latim, no coração de uma igreja… E um trabalho que é altamente atual. Na sexta-feira, 1º de novembro, e no sábado, 2 de novembro, cerca de 800 pessoas vieram ver a nova escultura do artista de Toulouse James Colomina, instalada na igreja dessacralizada de Gesù, em Toulouse. É uma escultura de Abbé Pierre com seus órgão genital ereto coberto apenas por um lençol.

“É uma pose que provoca uma reflexão profunda”, explica o artista à imprensa local, que queria usar sua escultura para denunciar o abuso sexual cometido por Abbé Pierre, mas também no mundo cristão em geral. “Durante muito tempo, pensei que os símbolos sagrados deveriam permanecer intactos, acima de qualquer questionamento. Mas por que fechar os olhos? Se a Igreja está escondendo essas realidades, cabe à sociedade levantar o véu e finalmente ver o que foi enterrado sob décadas de silêncio, e questionar as cicatrizes deixadas por esse passado”, acrescenta James Colomina.

Com “Silentium”, ele diz que procurou oferecer um espaço para um diálogo silencioso, íntimo, mas poderoso, convidando todos os visitantes a explorar temas de memória, justiça e humanidade. Desde julho passado, Abbé Pierre foi acusado por várias mulheres de agressão sexual entre 1950 e 2000.

Um primeiro trabalho em branco e em ambientes fechados

Embora esse não seja o primeiro trabalho “contundente” do artista, é o primeiro em termos de cor: James Colomina deixou de lado o vermelho para criar uma escultura totalmente branca… “Como artista, estou sempre procurando uma maneira de me expressar”, diz ele. “Sempre usei o vermelho em meus trabalhos de rua para enfatizar sua franqueza e impacto visual. O branco evoca o silêncio e a contemplação, um estado que se adequa a lugares mais solenes, onde o espectador já está preparado para mergulhar na arte”, explica o artista de Toulouse.

Quanto ao pau ereto de Abbé Pierre, a escultura ficou visível por apenas dois dias, o suficiente para causar um impacto no público? “Espero que essa obra tenha repercutido em todos e que continue a inspirar reflexões após sua descoberta.”

Fonte: agências de notícias

agência de notícias anarquistas-ana

Fugiu-me da mão
no vento com folhas secas
a carta esperada.

Anibal Beça

Lucy Parsons é tema de debate no CCS-SP

Como uma das radicais anarquistas mais conhecidas dos Estados Unidos, Lucy Parsons dedicou mais de sessenta anos da sua vida à luta em prol da classe trabalhadora. Suas argutas reflexões, portanto, são endereçadas à população que mais sofre sob o jugo de um sistema capitalista, racista e patriarcal. Desmontando as falaciosas narrativas de progresso de um país imperialista envernizado sob as tintas da “democracia”, Lucy nos interpela: por que a pessoa trabalhadora, a mais responsável por erguer os pilares da vida material que nos sustenta, é também a mais subjugada? Ao inquirir sobre quais bases se erguem a chamada “civilização”, a anarquista nos convoca também a dinamitá-la e a reconhecer que a servidão colonial e escravizadora perdura através dos interesses industriais e de falsa representatividade das urnas. Lucy Parsons nos lembra que os grilhões ainda estão a ser rompidos…

No embalo dessa agitadora, sugerimos a leitura dos capítulos “Nossa Civilização” e “Estadunidenses! Despertem!”, libelos contra essa ideia de uma falsa libertação da humanidade que mascara os discursos nacionalistas. Esses textos compõem a coletânea de ensaios traduzidos e organizados pela Escurecendo o Anarquismo.

Para conhecer com mais detalhes a biografia de Lucy Parsons, também sugerimos o texto “Quem é Lucy Parsons? Mitologização e reapropriação de uma heroína radical”.

Links para os textos acessando tinyurl.com/GE1124.

Data: Sábado, 09/11/24 (16h-18h)

Local: Sede do Centro de Cultura Social de SP (Rua Gal. Jardim, 253, sl. 22, Vila Buarque – São Paulo)

⁠Infelizmente, não teremos intérprete de Libras.

⁠Os encontros do grupo são presenciais, gratuitos e abertos para todas as pessoas interessadas.

⁠⁠Crianças são bem-vindas ao CCS!

Traga algo para um lanche vegano coletivo, faremos café.

Lembrando que nos orientamos pelos princípios anarquistas, tais como autogestão, apoio mútuo, internacionalismo, anticapacitismo, anticapitalismo e não partidarismo. Não toleramos qualquer tipo de discriminação de raça, gênero ou sexualidade.

agência de notícias anarquistas-ana

Coruja, famosa
por excelente visão,
parece usar óculos.

Leila Míccolis

Canal do Betão, um canal anarquista no Youtube

A p r e s e n t a ç ã o

O Canal do Betão é um canal no Youtube com vídeos de opinião ou formativos, comentários de notícias e lives entrevistas de cunho anarquista.

A ideia para um canal surge entre 2013 e 2015, quando voltei a ter uma atuação política mais séria com as Jornadas de Junho de 2013, a greve dos professores de 2015 e as ocupações de escolas no mesmo ano. Porém o primeiro vídeo do canal só começa em 2016 e a proposta inicial é ser um canal de História com comentários políticos, mas rapidamente se torna um canal de propaganda anarquista.

A proposta é ser uma tentativa de produzir conteúdo na internet de caráter anarquista com vistas a atrair mais gente de fora do anarquismo para conhecer o que propõe e o que é o Anarquismo. Sempre tentando fazer isso de uma forma didática, leve e bem-humorada.

>> Acesse o Canal do Betão aqui:

https://www.youtube.com/channel/UCewOwwsqD080d-PyuPxQ52w

agência de notícias anarquistas-ana

Ameixeiras brancas —
Assim a alva rompe as trevas
deste dia em diante.

Yosa Buson

[Espanha] “Não entendo por que parte da esquerda alemã apoia Israel e a OTAN”

Klaus Armbruster, um militante alemão baseado em Bilbao, apresentou em Astúrias “Ação antifascista. História de um movimento de esquerda radical”.

Por Diego Díaz Alonso | 28/10/2024

Klaus Armbruster (Stuttgart, 1956) esteve na CNT em Xixón e em La Llegra em Oviedo/Uviéu neste fim de semana para apresentar“Acción antifascista. Historia de un movimiento de izquierda radical”, um trabalho exaustivo do historiador e ativista Bernd Langer, do qual ele é tradutor e co-editor.

Militante de longa data de movimentos sociais anticapitalistas, ele vive em Bilbao há 25 anos, onde é membro da associação basco-alemã Baskale.

Como um jovem se torna politizado na República Federal da Alemanha na década de 1970?

Envolvi-me na militância um pouco depois das revoltas estudantis de 1968, no início da década de 1970, por meio do movimento juvenil. Naquela época, o que era chamado de Oposição Extra-Parlamentar estava começando a se dividir e as pessoas envolvidas estavam tomando caminhos diferentes. Por um lado, havia pessoas que foram para a luta armada, outras para organizações comunistas, outras optaram pela “longa marcha através das instituições” e se juntaram à ala esquerda do Partido Social Democrata ou fundaram os Verdes, e havia aqueles de nós que formaram o movimento autônomo.

Como esses jovens autônomos da RFA viam a República Democrática Alemã?

Com pouca simpatia. Não era o socialismo em que acreditávamos. Tinha muito autoritarismo e limites. Havia jovens do Partido Comunista na RFA que iam para a RDA de férias ou para fazer cursos, mas não estávamos interessados nesse socialismo, mesmo que não apoiássemos os EUA e a OTAN por esse motivo. Estive na RDA apenas uma vez, em 1989, pouco antes da queda do Muro.

O termo “autônomo” também era muito comum na Itália. Quais eram as semelhanças e diferenças entre a autonomia italiana e a alemã?

A Itália e a Alemanha tinham em comum a existência de organizações comunistas armadas na década de 1970, mas na Itália havia, acima de tudo, um movimento de trabalhadores muito radical, com uma base forte nas fábricas, algo que não existia na Alemanha, onde todo o sindicalismo era e ainda é organizado em uma central social-democrata. Na Alemanha, o movimento autônomo não tinha essa base da classe trabalhadora. Ele era antifascista, com tendências comunistas e anarquistas, e dava grande importância ao ambientalismo e à luta contra as usinas nucleares. O movimento antinuclear estava muito associado à luta contra o militarismo e a corrida armamentista, porque, por trás da energia civil, sabia-se que as armas nucleares estavam chegando. Se você tivesse a tecnologia civil, poderia fabricar as armas. O movimento era muito diversificado e estava envolvido em muitas coisas. Nas décadas de 80 e 90, havia até grupos de sabotagem e revistas clandestinas amplamente distribuídas que ensinavam como derrubar um poste de alta tensão.

Como era o movimento antifascista naqueles anos?

Os social-democratas de esquerda, os Verdes e os sindicatos estavam se manifestando contra o fascismo, mas a um quilômetro de distância. Nós, por outro lado, fomos até onde eles estavam e os confrontamos. Se eles quisessem realizar um congresso ou uma manifestação, nosso objetivo era ir até lá e impedi-los. Era um fascismo muito diferente do fascismo de hoje, que usa terno e gravata, está nas instituições e tem um ar de seriedade que não tinha nas décadas de 80 e 90.

Qual foi a leitura do fracasso do antifascismo alemão na década de 1930?

A Ação Antifascista foi fundada em 1932 pelo Partido Comunista Alemão, apenas um ano antes da vitória de Hitler. A esquerda alemã demorou a reagir ao que estava por vir. Os comunistas tinham razão em criticar os líderes social-democratas por sua repressão sanguinária à revolução alemã, mas ao chamar o SPD de “social-fascista”, eles também ofenderam e atacaram suas bases, o que tornou impossível a unidade contra os nazistas. Além disso, em 1939, Hitler e Stalin assinaram um pacto que desmoralizou os militantes remanescentes. Em 1944, houve uma tentativa de matar Hitler, mas por militares fascistas que viam a guerra como perdida e queriam se salvar fazendo a paz com os Aliados.

Em teoria, a Alemanha havia sido desnazificada, mas mais uma vez o fascismo está de volta…

Em teoria, o fascismo alemão terminou em 1945, mas hoje sabemos que não terminou. Houve um processo bastante sério de desnazificação em nível nacional, regional e local enquanto o país estava sob a supervisão dos Aliados, mas esse padrão foi rebaixado quando passou para as mãos dos alemães. Antigos nazistas, até mesmo da SS, estavam envolvidos na formação do exército, outros sobreviveram no judiciário e tivemos até mesmo dois chanceleres com histórico fascista. Agora as coisas mudaram, muitas pessoas acham difícil ver o novo fascismo porque ele ganhou muita respeitabilidade e fala muito parecido com a direita tradicional.

Como você vê a evolução da esquerda alemã com o desmembramento do Die Linke (A Esquerda)?

O Die Linke está passando por uma crise muito profunda. Ele não tem uma posição comum sobre quase nada. Há setores que apoiam Israel e a OTAN na guerra da Ucrânia. Acho difícil entender que uma parte da esquerda faça isso. A divisão, o partido de Sahra Wagenknecht, afirma ser de esquerda, mas defende coisas sobre imigração que os fascistas da Alternativa para a Alemanha poderiam dizer. Atualmente, o anticapitalismo é uma corrente muito minoritária na esquerda alemã.

O apoio ao sionismo de grande parte da esquerda alemã é surpreendente do ponto de vista da Espanha.

Na Alemanha, há pessoas de esquerda que apoiam muito os curdos ou outros povos, mas que depois apoiam Israel. Isso não tem consistência. Uma parte da esquerda tem muito medo do antissemitismo e de um novo Holocausto, mas ao mesmo tempo tem uma completa falta de empatia pelo sofrimento do povo palestino. Parece que Israel tem o direito de falar em nome de todos os judeus e de todas as vítimas do Holocausto, e que qualquer um que discorde é antissemita. Até mesmo uma organização como a Judeus por uma paz justa no Oriente Médio, que se manifesta contra o regime de Netanyahu, foi acusada de antissemitismo e proibida de realizar algumas de suas atividades na Alemanha. O mesmo ocorre com a guerra na Ucrânia. Você pode condenar a invasão russa e se opor a Putin, mas não pode ignorar o papel da OTAN na preparação para a guerra. Tive problemas com velhos amigos que agora apoiam a OTAN.

Para encerrar, o que você acha do caso das mulheres sindicalistas em La Suiza?

É um escândalo. É um ataque a um direito fundamental que exigiu décadas de luta e muito sacrifício para ser conquistado. Os sindicatos precisam se mexer, porque isso é contra eles. Destruir os sindicatos é sempre o plano deles.

Fonte: https://www.nortes.me/2024/10/28/no-entiendo-que-una-parte-de-la-izquierda-alemana-apoye-a-israel-y-la-otan/?utm_campaign=twitter#google_vignette

Tradução > Liberto

agência de notícias anarquistas-ana

a sombra da nespereira
mergulha
na frescura do poço

Rogério Martins