[Chile] A cinco meses sem Júlia Chuñil e Cholito, aumenta a desinformação e o ocultamento para com o principal suspeito

Por La Zarzamora


As ruas já se tornam raivosas para quem depois de cinco meses seguem reclamando o aparecimento da papay Julia Chuñil Catricura. Há raiva e frustração já que no transcurso deste tempo ocorreram diferentes fatos que claramente corroboram o funcionamento do Estado, das instituições e da polícia em completa cumplicidade com ricos e empresários latifundiários.

Este 8 de abril houve 10 detidos em Santiago após quatro horas de enfrentamento com a repressão. Dois deles passaram ao controle de detenção e um a prisão preventiva em Santiago 1, tornando-se indispensável a ativação da solidariedade inter-regional. Em Valdivia, se cortou o trânsito da ponte Pedro de Valdivia porque não faltam as desculpas e justificativas. Vão cinco meses nas ruas e pela via pacífica não acontece nada. Por outro lado, as forças repressivas deixaram em evidência ter quase completo poder e controle do povo com a violência. É inevitável que saia a raiva, é inevitável que as pessoas respondam à violência estatal, que se organizem e reclamem de diferentes formas, porque, ainda que queiram exterminar a rebeldia, desaparecendo pessoas, encarcerando manifestantes, não podem. Assim o corrobora a história, por mais que na Ditadura instalaram a doutrina do shock, os combatentes ou defensores da terra não se extinguem.

Dentro das irregularidades no processo partimos com que por mais que haja muitos testemunhos das ameaças, até o dia de hoje não foi feito nenhum mandado de busca ao principal suspeito, muito menos aos que poderiam ser seus cúmplices. O acusado pela família, e pela mesmíssima Júlia antes de desaparecer como um possível agressor de sua pessoa, omitiu qualquer informação e se recusou a dar qualquer declaração. Por outro lado, familiares já denunciaram como Conadi desde o início lhes infundiu medo de dizer ou fazer qualquer coisa por motivos da investigação. Também denunciaram a perseguição e terror psicológico que sentem após viver consecutivas tomadas de declarações, mais de cinco mandados com armamento de guerra, confiscando celulares, separando um menor de idade de uma mãe, e agora por último, restringindo-lhes a passagem à casa no prédio, onde está sua horta, suas coisas e animais, etc. Segundo eles porque essas terras seriam propriedade privada do suspeito. Por outro lado, pela terceira vez fizeram mudança de promotor, ficando Alejandro Ríos que já pediu novos 10 mandados que a família claramente teme que seja para eles.

Enquanto isso, viram o suspeito Juan Carlos Morstadt Anwandter, caminhando tranquilo pelo prédio acompanhado de policiais, mas não aparece em nenhuma parte da investigação. Após abrir-se a pasta da investigação, comprovaram que todo o trabalho se centrou principalmente na família Chuñil, com um claro sinal de montagem, racismo, classismo, terror psicológico desde as polícias e instituições e agora por último somando-se à montagem os meios de comunicação massivos, já que este mesmo 8 de abril, sai uma notícia em Mega Visión para estigmatizar e criminalizar seus filhos. Porque um deles se encontra preso, tratando de apontar à família como suspeita. Sabemos que esta notícia é tendenciosa, aparece com o objetivo de dividir, desmobilizar e desestimular a família de todo o trabalho de busca e pressão social que se encontram fazendo a nível nacional pelo aparecimento de sua Mãe, Avó e Tia, que lutava contra um latifundiário e sua empresa agroflorestal que lucra com a terra. Onde se destruiriam os únicos 900 hectares que sobram de bosque nativo no território. Estratégias midiáticas antigas para ocultar, desviar a atenção e invisibilizar a usura e poder que tem as pessoas ricas neste fundo.

A Família está desconcertada com a montagem racista que estão tentando armar contra eles, já que descaradamente todo o mundo está vendo a corrupção no $hile e como o Estado permite o encarceramento, a tortura, o sequestro, a morte e o desaparecimento para resguardar os interesses de empresários e políticos. Ainda assim, não baixaram os braços, se mantêm firmes nas mobilizações viajando a diferentes territórios para visibilizar a injustiça do $hile, e para que as manifestações se tornem ainda maiores até que apareça Júlia Chuñil Catricura.

Fonte: https://lazarzamora.cl/a-cinco-meses-sin-julia-chunil-y-cholito-aumenta-la-desinformacion-y-el-ocultamiento-para-con-el-principal-sopechoso/


Tradução > Sol de Abril


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agência de notícias anarquistas-ana

rua em que nasci
as crianças riem
o riso do velho


Ricardo Portugal

[Grécia]: Sob o concreto, algo está queimando

Título original: Κάτω απ’ το τσιμέντο, κάτι βράζει

Autor: Rasprava Squat, 2025

sob o concreto,

algo está queimando

Após o fim do evento “Memória revolucionária e perspectiva da luta” na rua Mesologgiou, uma multidão de companheiros desceu para as ruas Kolettis e Themistokleous em defesa da liberação do prédio.

A seguir, o comunicado introdutório da ocupação:

O silêncio da metrópole pesa como uma rocha em nossos ombros. As ruas estão cheias de olhares desgastados, corpos que se arrastam por hábito, por medo, por submissão. O mundo se movimenta por caminhos predeterminados, sem hesitar, modulando seus sonhos. Tudo é programado para funcionar exatamente como eles querem: trabalho, consumo, obediência. No entanto, sempre, sob a superfície, algo está fervendo.

A história não é escrita pelos obedientes. Alguns poucos optam por carregar o fardo da desobediência. Para quebrar o concreto da normalidade. Confrontar a mão invisível do poder que sufoca todos os aspectos de nossa vida. Recusar-se a se submeter não é uma mera postura. É um chamado para questionar, para derrubar, para retomar tudo o que nos pertence.

Somos companheiros, anarquistas de diferentes origens políticas e ideológicas, mas nos encontramos nas mesmas chamas de luta. É aí, onde nossas lutas comuns e experiências coletivas nos uniram, que reconhecemos a necessidade vital da criação de um espaço para reuniões, amadurecimento político1, troca de opiniões e fortalecimento organizacional.

Em um momento em que o isolamento é imposto e as comunidades de luta estão sendo desmanteladas pela repressão, a formação de tais espaços não é apenas necessária – é crucial.

Os golpes repressivos dos últimos anos não ocorreram por acaso. As autoridades estão tentando eliminar qualquer foco de resistência, esmagar qualquer forma de auto-organização e extinguir a chama da contestação.

Grandes conquistas foram perdidas, o movimento foi relegado à defensiva, a recessão já está no horizonte. Mas sabemos que a história é escrita por aqueles que não recuam, por aqueles que não têm medo de enfrentar a realidade.

Permanecer na defensiva é aceitar a derrota. E isso não vai acontecer.

Agora é hora de transformar palavras em ação, de passar da defesa para o ataque.

Portanto, vamos deixar claro que o inimigo não se livrará de nós tão facilmente.

Precisamos definir nosso próprio campo de luta, reivindicar nosso espaço e tempo.

Libertar territórios da dominação, criar um centro vibrante de resistência, uma célula radical de mobilização2 tanto na teoria quanto na ação.

Concebemos a ocupação como parte integrante do movimento e o movimento como um elemento orgânico da ocupação.

A existência de territórios de luta não é apenas uma questão prática, mas uma questão profundamente política.

As ocupações não são apenas lugares para passear, não são apenas lugares de hospitalidade.

São redutos de resistência, laboratórios de práticas radicais, rachaduras à normalidade que tentam nos impor.

E essa é uma realidade inegociável.

Cada bairro, cada rua, cada praça não é um terreno neutro. É um mapa vibrante de oposições, conflitos e reivindicações. As cidades são construídas com base na disciplina, no policiamento e na esterilização do espaço público. As praças estão cheias de câmeras de vigilância, as paredes são pintadas de cinza, os edifícios se tornam bastiões inacessíveis para aqueles que não podem pagar o preço da existência em um mundo onde tudo tem um custo.

A dominação está implementando um plano estratégico de controle universal das metrópoles, esmagando qualquer fonte de resistência.

Armado com propaganda obscura e guerra ideológica, ele tenta moldar a consciência, enquanto a degradação deliberada dos bairros por meio da disseminação do crime organizado e da expulsão violenta da população local está preparando o caminho para sua completa absorção pelo capital.

A repressão do estado atua como uma guarda armada dos empresários, as agências imobiliárias estão devorando terras, as casas se tornam mercadorias, os aluguéis sobem, os espaços públicos se tornam campos estéreis de vigilância e uniformidade consumista.

A praga da gentrificação e da ostentação está devorando as cidades, agindo como um mecanismo de subjugação e controle social.

Exarchia, um bairro que tem uma história vibrante de lutas, está na mira do estado e do ataque capitalista.

O estado, por um lado, desencadeia ondas de repressão: as ocupações são evacuadas, a presença da polícia é reforçada, os espaços públicos são militarizados. Por outro lado, o capital está saqueando a memória coletiva, absorvendo símbolos de resistência e transformando-os em uma mercadoria turística. Nossas subculturas são forjadas e adaptadas a projetos comerciais “alternativos”, enquanto o bairro é alterado para atender à indústria do entretenimento e do estilo de vida [lifestyle].

Não permitiremos que transformem o terreno de nossas lutas em apenas mais uma atração ornamental. Estamos inaugurando a ocupação no bairro histórico de Exarchia por todos esses motivos.

Porque suas ruas não estão à venda.

Porque memórias não são comercializadas.

Porque a resistência viva não é uma atração turística, mas um campo de batalha.

As ocupações podem certamente ser ilhas de resistência no arquipélago da luta. Elas também são barricadas. São espaços onde a dominação perde o controle, onde o estado não é mais o regulador absoluto da vida. São oficinas de luta, pontos de encontro, centros de auto-organização e ação.

A cultura insurrecional e revolucionária não acontece por conta própria.

É cultivada.

Ela se desenvolve nos porões, nas praças, nos abrigos, nos olhos que não se curvam, nos corpos que não aceitam obedecer ao inimigo.

A ocupação não é um evento isolado.

Ela tem o potencial de se desviar na prática da negação, de nos lembrar constantemente de que não somos números nos registros do estado, não somos engrenagens nas rodas da produção, não somos peões no jogo de xadrez do poder.

Estamos aqui para tomar o que é nosso, para abrir brechas a partir das quais surgem novas possibilidades.

As circunstâncias, portanto, nos deixam intactos no que diz respeito à nossa consciência e ação anarquista. Não queremos nos alinhar com o terror que surge dos “tempos repressivamente duros”. Contra a retórica reformista, cuja expressão reside no conformismo político no campo da ação, estamos determinados a uma ruptura radical total e duradoura.

Nossa preocupação não é a repressão que existe e continuará existindo contra nós, mas a constante disputa entre nós mesmos para evitar estratégias políticas que levem um movimento a cair no esquecimento por meio de uma presença militante cada vez mais incompleta, tanto em termos de eventos como de estruturas.

Entendemos que, como movimento, a ausência de uma cultura militante nos enfraquece, nos torna vulneráveis e impotentes diante da investida do poder.

A inação é sinônimo de derrota.

Portanto, por meio dessa iniciativa, tentamos construir uma base sólida que impulsione uma perspectiva revolucionária/insurrecional, intensifique a ameaça contra os mecanismos opressivos do presente e cultive as consciências insurgentes do amanhã.

Pois a insurreição não é um esquema teórico. É prática, é fermentação3, é conflito constante.

POR QUE escolhemos e promovemos o REVOLUCIONÁRIO e o INSURRECIONÁRIO (AÇÃO DIRETA) como uma cultura?

  1. Porque é o único meio de confronto direto com o inimigo, aqui e agora. É a prática que cria “pontos zero”, quebrando as correntes da normalidade, permitindo que os indivíduos determinem seu próprio destino.
  2. Porque, em sua essência, a Anarquia é uma luta constante pela liberdade. Não é um slogan, não é uma teoria, é um conflito, é uma práxis.
  3. As relações de camaradagem da causa não são um conceito abstrato, mas relações vivas e inegociáveis entre os militantes. Elas são forjadas no fogo da batalha, lado a lado em cada crise, cada derrota, cada momento difícil. É lá que redescobrimos nosso eu-coletivo perdido.
  4. Porque ela leva os indivíduos a ultrapassarem seus limites, a romperem as correntes do medo, a questionarem o impossível.
  5. Porque a agressividade da ação direta não é uma violência aleatória, mas uma decisão estratégica.

Uma expansão da ação revolucionária, a ampliação do confronto violento com as forças do poder, é necessária para a demolição do estado e da estrutura capitalista e para a destruição das relações sociais de opressão.

É dever de todo ser humano militante enriquecer diariamente as ferramentas que, tanto em nível prático quanto teórico, o levarão à realização de seus ideais. Isso requer ousadia, risco, imaginação, organização, fé e consistência. A intenção não é suficiente, é preciso decisão. Por essas razões, portanto, a inauguração desta ocupação é para nós uma contribuição nessa direção.

RUMO À ANARQUIA

Juntos podemos fazer tudo, podemos jogar fora a visão do fim que parece muito próximo

Podemos viver como seres humanos orgulhosos e livres

Podemos destruir o muro e ver uma vida inteira de alegria esperando por nós!

Ocupação Rasprava

Rua Koletti e Themistocleous.

1 (πολιτικής ζύμωσης no texto original, significa literalmente fermentação política), o debate teórico dentro de um espaço político, social, etc. que prepara a mudança de uma situação.

2 (εστία ζύμωσης, no texto original, significa literalmente epicentro (ponto focal) de fermentação)

3 (Ζύμωση no texto original), o debate teórico dentro de um espaço político, social, etc. que propicia a mudança de uma situação, no mesmo contexto da nota de rodapé nº 1.

Tradução > acervo trans-anarquista

agência de notícias anarquistas-ana

Ao longo do muro
Flores de trapoeraba
E um banco vazio…

Tânia D’Orfani

Cartaz | 8 punhaladas CONTRA A DEMOCRACIA

A democracia é uma forma de GOVERNO, e, portanto, de dominação. Mais uma via da burguesia para administrar a exploração política, econômica e social da maioria da humanidade.

A democracia é o PARLAMENTARISMO, ferramenta de dominação da burguesia, que se legitima mediante o voto, a delegação e a representação.

A democracia é a LEI, instrumento que perpetua a ordem existente. Regula e castiga as consequências que o próprio capitalismo e o próprio Estado engendram.

A democracia é a PROPRIEDADE PRIVADA, eixo econômico, político e social. Uma minoria detentora dos meios de produção para explorar-nos, enriquecer-se e aproveitar nossa força de trabalho.

A democracia é o TRABALHO ASSALARIADO. A condenação e a obrigação de trabalhar para uma minoria em troca de um salário que permita sobreviver.

A democracia é a MERCADORIA. Tudo está submetido à lógica do mercado e do Capital, tudo se converte em objeto e tudo tem um Valor econômico.

A democracia é o CÁRCERE, instrumento para sequestrar, torturar, isolar e esconder as consequências que o próprio Sistema provoca.

A democracia é a POLÍCIA e as FORÇAS ARMADAS. Impõem mediante a tortura, o assassinato, a repressão e a guerra a Ordem do Capitalismo e dos Estados.

Contra o Estado e o Capital!

Pela Anarquia

Quem quiser o cartaz em formato PDF para impressão envie um e-mail para: a_n_a@riseup.net <

agência de notícias anarquistas-ana

Barranco da serra
As marias-sem-vergonhas
Colorindo a trilha.

Mary Terada

Justiça francesa rejeita extradição de antifascista Gino para a Hungria

Juíza cita “risco de violações de direitos garantidos” contra tortura e a um julgamento justo em Budapeste

Por Scott Harris

A câmara de extradição da Corte de Apelação de Paris rejeitou hoje (9 de abril) o pedido de extradição para a Hungria de Rexhino “Gino” Abazaj, antifascista albanês de 32 anos acusado de suposta violência contra neonazistas em Budapeste. Preso em novembro de 2024, Gino já havia sido libertado no final de março sob supervisão judicial, agora suspensa. Caso fosse extraditado, ele poderia enfrentar até 24 anos de prisão. O caso gerou ampla mobilização entre ativistas, sindicatos e políticos.

A presidente da corte citou “riscos de violação” de direitos garantidos por artigos da Convenção Europeia de Direitos Humanos, especialmente os que proíbem tortura e asseguram o direito a um julgamento justo. Gino comemorou a decisão como “muito positiva”, tanto para ele quanto para outros militantes. “Há outros antifascistas perseguidos pela Hungria, outros já presos, mas a França mostrou hoje que não deve se curvar às exigências de um país autoritário e neofascista como a Hungria”, afirmou.

A prisão de Gino se deu por sua suposta participação em confrontos durante o evento da extrema-direita “Dia da Honra”, realizado em Budapeste em 2023. Outras 17 pessoas foram presas no mesmo caso, incluindo a eurodeputada italiana Ilaria Salis, que passou 15 meses em prisão preventiva, Maja T, extraditada para a Hungria no ano passado, e Johann G, detido em novembro. Em janeiro, mais sete antifascistas procurados se entregaram.

Enquanto as autoridades húngaras acusam os antifascistas de integrarem uma “organização criminosa” e cometerem atos violentos, os neonazistas envolvidos nos mesmos confrontos foram liberados sem qualquer processo. Durante o julgamento de Gino, as promessas vagas do governo húngaro sobre condições carcerárias e garantias de um julgamento justo foram duramente criticadas, e a defesa apresentou relatos alarmantes de “tortura branca” nas prisões húngaras, incluindo isolamento permanente e vigilância 24 horas por dia.

Gino ainda pode ser preso se viajar para outros países da União Europeia. Seus apoiadores agora pretendem anular o mandado de prisão europeu expedido a pedido do governo de Viktor Orbán.
 
Fonte: https://freedomnews.org.uk/2025/04/09/french-court-rejects-antifascist-gino-extradition-to-hungary/
 
Tradução > Contrafatual
 
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agência de notícias anarquistas-ana
 
Em meio ao capim
de onde sopra o vendaval,
lua desta noite.
 
Miura Chora

[Espanha] CGT 1º Maio: Ofensiva anarcossindicalista

Comunicado do Secretariado Permanente do Comitê Confederal da CGT ante o Primeiro de Maio de 2025.

Uma renovada estratégia imperialista está mudando o cenário internacional e nacional. O investimento em armamento por parte dos Estados é agora uma prioridade para o capitalismo mais agressivo e desumanizado. Este gasto suporá aumentar a dívida pública, com elevados interesses que acabarão afetando as questões sociais. Estamos nas mãos de uma minoria oligárquica que tem o controle do planeta e da vida da população mundial.

Por isso, desde a CGT temos a obrigação moral e ética de nos opormos nas ruas. Historicamente as guerras buscam o espólio, o endividamento e o enfrentamento entre os povos. Querem nos enganar com o discurso da “segurança nacional”, quando o que se fortalece é o rearmamento.

A CGT rechaça a proposta do Governo espanhol de aumentar o orçamento para a guerra. Desde a CGT defendemos relações internacionais baseadas na equidade, na justiça social e na solidariedade entre os povos. As armas e os exércitos são totalmente o contrário. Não à OTAN, Bases Fora. Destruição de todos os armamentos e reconversão da indústria armamentista em atividades de desenvolvimento humano.

Ante a crise do meio ambiente e os desastres ecológicos, provocados pelo capitalismo selvagem que assola nosso planeta, a CGT demonstrou na gestão das terríveis consequências da DANA em Valência, que somos uma organização anarcossindicalista com capacidade de resposta, que podemos nos organizar para apoiar a classe trabalhadora e as famílias afetadas. E que também sabemos denunciar os culpados exigindo responsabilidade e consequências legais para os mesmos. Ante a morte das 225 vítimas mortais, a CGT foi o único sindicato que conseguiu a imputação de altos cargos responsáveis pela gestão da DANA e a violação dos direitos laborais.

Não ao genocídio do povo palestino!

Nem guerra entre povos, nem paz entre classes!

Internacionalismo anarcossindicalista entre os povos!

Fonte: Gabinete de imprensa do Comitê Confederal da CGT

Tradução > Sol de Abril

agência de notícias anarquistas-ana

Ao sol da manhã
deslizando sobre a folha
a gota de orvalho.

Alberto Murata

[Grécia] Karditsa: concentração e marcha no contexto da greve geral 

Na quarta-feira, 9 de abril de 2025, foi realizada uma concentração e uma marcha no contexto da greve geral nacional. Durante a manifestação, um grupo de companheiras e companheiros do Espaço Autogerido de Karditsa se aproximou do prédio da Câmara de Comércio de Karditsa e pendurou no telhado do prédio uma faixa gigante sobre os assassinatos cometidos pelo Estado nos últimos anos.

Os bastardos mercenários uniformizados da cidade, os guardas de segurança miseráveis, os cães de guarda da SW (EBE) e outros lacaios fizeram o que sabem fazer para agradar primeiro seus princípios estatistas e depois seus apetites, já que não passam de um bando de rufiões subservientes, intolerantes e fascistas.

Os canalhas dos policiais, com a interferência dos cães da Câmara, intimidaram e ameaçaram os camaradas com prisões, mas só se contentaram em verificar as evidências após a intervenção das pessoas que estavam na concentração. Para pendurar uma faixa que falava de almas assassinadas pelo estado assassino da ND [Nova Democracia] e dos respectivos governos, essa operação foi montada como uma farsa.

Mais uma vez o mundo da luta, da solidariedade, da resistência, da auto-organização, da vida e da liberdade foi atingido pelo mundo do obscurantismo, do fascismo, da repressão, do terrorismo e da morte, o mundo do Estado e de seus bastardos mercenários uniformizados.

Escolhemos lados e nos unimos como um punho para quebrar as correntes da subjugação e, com lutas multiformes, esmagar o Estado e o capitalismo que devastaram nossas vidas e construir um mundo de nós para nós, um mundo de auto-organização, solidariedade e liberdade.

ATAQUE O ESTADO ASSASSINO COM TODOS OS MEIOS, NENHUM CRIME FICARÁ IMPUNE

RESISTÊNCIA – AUTO-ORGANIZAÇÃO – SOLIDARIEDADE – ATAQUE

Espaço Autogerido de Karditsa

agência de notícias anarquistas-ana

A lua minguante
procura com quem falar
na boca da noite

Ronaldo Bomfim

[América Latina] “Anarkiza la punk v.2” – 10 de maio

Boa sorte companheiros e companheiras!

Mentes inquietas, punks subversivos, individualidades insurretas e almas dissidentes com o estabelecido, tal como o ano passado, este 2025 realizaremos a segunda versão do “Anarkiza la Punk”, no próximo sábado 10 de maio, desenvolvendo-se de forma paralela e simultânea em diferentes cidades da América Latina.

A ideia de dar continuidade a este encontro Anarcopunk provêm do impulso de muitos compas amantes do ruído, que buscamos por ênfase no caráter político e confrontacional do Punk, problematizando nossas posições e lutas, afiando nossas ideias contra o poder e buscando refrescar o espírito anárquico do Punk, muitas vezes postergado por tendências apolíticas, comerciais, misóginas ou ambíguas ideologicamente.

Se faz o chamado às pessoas anarcopunk de Caracas, Lima, Cusco, Santa Cruz, La Plata, Córdoba, Rosario, Rio de Janeiro, São Paulo, Cidade do México ou qualquer cidade do território latino americano a motivar-se em levantar esta instância no sábado 10 de maio.

Porfa, se tens contatos nestas ou outras cidades, enviar info para que se contatem e poder enviar-lhes a proposta/convocatória do Anarkiza la Punk 2025.

Cidades confirmadas:

  1. $HILE: Valparaiso / Santiago / Concepcion / Chillan
  2. ARGENTINA: Buenos Aires
  3. COLÔMBIA: Bogotá / Medellin / Ibagué / Manizales
  4. BOLIVIA: La Paz
  5. EQUADOR: Quito
  6. URUGUAI: Montevideu

DIFUNDE, PROPAGA, PARTICIPE, AJUDA E ANARKIZA O PUNK!

agência de notícias anarquistas-ana

Cerejeira silvestre –
Sobre o regato se move
Uma roda d’água.

Kawai Chigetsu

[França] Lançamento: “Ronald Creagh. Nas Asas da Utopia | Refrações Nº 53”

Esta edição da Refractions consiste em uma antologia de artigos publicados na revista que Ronald Creagh ajudou a criar em 1997 e para a qual contribuiu até sua morte em 2023.

Eles refletem suas múltiplas paixões, sua inteligência sempre alerta, sua leitura esvoaçante. Ele fala sobre utopias, internet, política internacional e, é claro, Elisée Reclus, em diálogo com a equipe editorial e outros colaboradores.

Em homenagem ao nosso amigo e autor Ronald Creagh, falecido em 2023, decidimos distribuir este número especial da revista Réfractions.

Refrações. Pesquisa e Expressões Anarquistas

Desde 1997, a revista Réfractions privilegia o pensamento crítico e a pluralidade de abordagens, ora conflituosas, até antagônicas, na busca de uma compreensão libertária do mundo.

Índice

– Introdução Geral (Marianne Enckell)
– Espécies de Liberdades (Ronald Creagh)
– Minha Vida no Ciberespaço (Ronald Creagh)
– Tempo explicado para quem não tem (Ronald Creagh)
– A Nova Ordem Cínica (Ronald Creagh)
– O horror etnocrático: três perguntas sobre o Oriente Médio (Ronald Creagh)
– Sobre o uso adequado do antifascismo (Ronald Creagh)
– Recluso, ou a Grande Narrativa da Terra (Ronald Creagh)
– RA Forum, um site, filiais, uma aventura (Pierre Sommermeyer)
– O iconoclasta e o bibliotecário (Danièle Haas)
– Santo Ronald! (Alain Thévenet)
– Ronald, Livros, Canções e um Oceano de Bondade (Isabelle Felici)
– “Ronald, Cabeça de Mula”. Peças Selecionadas (Jean-Jacques Gandini)
– Envelhecimento sem impedimentos (Claire Auzias)

Ronald Creagh. Sur les ailes de l’utopie | Réfractions n° 53
Abril de 2025
184 páginas
Formato 12 por 20
Preço de varejo: 15,00 EUR
atelierdecreationlibertaire.com

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https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2023/09/12/ronald-creagh-morre-aos-94-anos-em-montpellier-franca/

agência de notícias anarquistas-ana

Sobre o telhado
flores de castanheiro
ignoradas.

Matsuo Bashô

[França] McDonald’s incendiado em apoio à Palestina

Na noite de 7 para 8 de abril, um canteiro de obras do McDonald’s em Montrabé, perto de Toulouse, foi devastado por um incêndio reivindicado pelo coletivo “Les Frites Insoumises”.

“Queimem o McDonald’s, libertem Gaza ” é o título da declaração de reivindicações enviada a diversas plataformas anarquistas e antiautoritárias. Esses ativistas acusam a marca americana de cumplicidade em “genocídio” com o estado israelense. A empresa é acusada de ter oferecido refeições a soldados israelenses após o pogrom de 7 de outubro de 2023.

“Com esta ação, denunciamos o papel desempenhado pelo McDonald’s nesta abordagem macabra, como se não bastassem os danos ambientais e à saúde pública e a normalização das nossas vidas”, acrescentam na declaração.

agência de notícias anarquistas-ana

Bananeira ao vendaval de outono –
Noite de ouvir a chuva
Pingando numa bacia.

Bashô

[Grécia] Tessalônica: Primeira reunião de gestão do Centro Libertário “No Pasaran”

PRIMEIRA REUNIÃO-ASSEMBLEIA PARA A CRIAÇÃO DA ASSEMBLEIA GERENCIAL DO CENTRO LIBERTÁRIO “NO PASARAN”: SEXTA-FEIRA, 11 DE ABRIL, ÀS 19H.

O centro libertário “No Pasaran” é um espaço político e social autogerido no centro de Tessalônica, no cruzamento das ruas Iasonidou e Arrianou. Seu funcionamento se baseia nos princípios de auto-organização e solidariedade, é uma tentativa de territorializar o anarquismo organizado no centro da cidade e, ao mesmo tempo, é o espaço político do Coletivo Preto e Vermelho pelo Anarquismo Social, membro da Organização Política Anarquista. Nos últimos 2 anos de funcionamento, o local sediou centenas de processos e eventos políticos e culturais, desde assembleias, eventos políticos, apresentações de livros, coleta de itens essenciais até noites musicais e exibições de filmes. Em um momento de ataque total do poder, do Estado e do capital, contra a base social como um todo, mas mais especificamente contra o movimento anarquista e os espaços de resistência e auto-organização, convidamos a população do bairro e todos que desejarem auxiliar na gestão do centro, na organização de seu funcionamento e de suas ações para o primeiro encontro-assembleia na sexta-feira, 11 de abril, às 19h, no cruzamento das ruas Iasonidou e Arrianou. Convocamos todos os trabalhadores, estudantes, alunas e desempregados a se reunirem e criarem estruturas de auto-organização social, resistência militante e solidariedade de classe. Não deixemos nossos bairros à mercê dos patrões e da repressão, construamos pontos de encontro e desenvolvamos uma política e cultura libertárias.

landandfreedom.gr

agência de notícias anarquistas-ana

chuva lá fora –
os pássaros, molhados,
foram embora

Carlos Seabra

[Itália] Solicitam entre 5 anos e 6 meses a 7 anos de cárcere para os processados pela Operação Scripta Scelera

A INQUISIÇÃO EM FUNCIONAMIENTO. SOLICITAM ENTRE 5 ANOS E 6 MESES A 7 ANOS DE CÁRCERE PARA OS PROCESSADOS NO JULGAMENTO MASSIVO DERIVADO DA OPERAÇÃO SCRIPTA SCELERA


Na terça-feira, 1º de abril, aconteceu em Massa uma das audiências mais importantes do julgamento contra quatro anarquistas acusados na Operação Scripta Scelera pela edição e distribuição da publicação quinzenal anarquista internacionalista “Bezmotivny”. A partir das 12h00 aconteceram as intervenções com microfone e faixa na Piazza Palma, e a partir das 15h00 houve presença na sala dos companheiros solidários presentes.

No transcurso da audiência, o Promotor Manotti, da Direção de Distrito Antimáfia e Antiterrorismo de Gênova, apresentou seu texto de acusação e, em seguida, expôs as petições de condenação contra os acusados em relação com as duas acusações do processo: incitação a cometer delitos com a circunstância agravante de finalidade terrorista (assim como apologia dos delitos terroristas) e ofensa à honra ou ao prestígio do Presidente da República. Não solicitou, no entanto, condenação pela circunstância agravante de ter cometido o delito mediante ferramentas informáticas ou telemáticas.

Estas são as peticiones: 7 anos de cárcere para Gino, 6 anos para Luigi (com a revogação da suspensão da pena por uma condenação anterior que lhe impôs o Tribunal de Ravena), 5 anos e 6 meses para Gaia e Paolo. Na terça-feira, 8 de abril, de novo às 15h00 horas no tribunal de Piazza De Gasperi, se celebrará a audiência com os argumentos da defesa e a sentença.

Antes de fazer algumas breves reflexões, recordemos que este processo – excluído o delito associativo inicialmente impugnado – afeta a quatro acusados no processo, aqueles para os quais este processo foi ordenado em janeiro de 2024 e que naquele momento se encontravam em prisão domiciliar restritiva, enquanto que pelo que respeita aos outros seis acusados, o processo se manteve na fase de instrução.

Desde algum tempo, o aparato repressivo tenta freneticamente “deter” os anarquistas. Com os procedimentos que aconteceram nos últimos anos contra certos jornais, essencialmente estão nos “repreendendo” por ser o que somos, e em particular com Scripta Scelera o Estado quer golpear a agitação e a propaganda anarquista. A descarada vontade de silenciar as publicações revolucionárias, assim como de demonizar as ações de ataque contra o Estado e o capitalismo, mostram o verdadeiro alcance da cara permissiva do Estado e sua “liberdade de expressão”, especialmente em tempos de guerra. Sete anos de prisão pela mera publicação de um jornal – os cerca de sessenta números de “Bezmotivny”- nos parece a maior petição de pena jamais realizada em um julgamento contra anarquistas em referência ao que são, objetivamente, “delitos de opinião”. As ideias anarquistas são evidentemente perigosas porque transbordam urgência de vida, porque exortam a não passar a existência de joelhos, porque falam da vontade de derrubar radicalmente este velho mundo, porque sugerem um método de luta, porque…

Que mais há que dizer? A advertência da nova inquisição dirigida pela promotoria antiterrorista e a polícia de prevenção é clara: ante a combinação teórica-prática do anarquismo, ou silêncio ou condenação. No entanto, se acreditam que podem convencer-nos de que o jogo não vale a vela, estão muito equivocados…

3 de abril de 2025

Fonte: https://lanemesi.noblogs.org/post/2025/04/07/linquisizione-al-lavoro-richiesti-dai-5-anni-e-6-mesi-ai-7-anni-di-carcere-per-gli-inquisiti-nel-processo-di-massa-derivato-dalloperazione-scripta-scelera-3-aprile-2025/   

Tradução > Sol de Abril

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https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2024/04/25/italia-ultima-operacao-repressiva-contra-anarquistas/

agência de notícias anarquistas-ana

Até do tô-dango
os bolinhos se encolhem –
Vento de outono.

Morikawa Kyoriku

[Itália] Aurora Failla (1951-2025)

Domingo, 6 de abril de 2025, Aurora Failla nos deixou.
 
Aurora, nascida junto com sua irmã gêmea Gemma em Syracuse em 1951, pode-se dizer que foi anarquista desde o berço. Filha de Alfonso Failla e Eufemia Pastorello, foi politicamente ativa quando jovem, primeiro em Carrara, onde viveu com a família, e depois, a partir de meados dos anos setenta, em Milão, onde se juntou à redação de “A Rivista anarchica” e do grupo Bandiera Nera.
 
Durante os 45 anos seguintes, juntamente com Paolo Finzi, companheiro de luta e de vida, trabalhou na redação de “A”. E é certamente em grande parte devido à sua alegria e ao seu riso cheio de leveza e jovialidade que, durante quase meio século, a redação de “A” e a casa de Aurora e Paolo permaneceram um ponto de encontro e uma encruzilhada “obrigatória” para tantos camaradas de todo o mundo.
 
Lembraremos de você sorridente e cheio de vida como você era, apesar de tudo, mesmo quando há poucos anos o entrevistamos para a criação de um dos nossos “Quaderni”, aquele dedicado a Paolo.
 
Para todos aqueles que desejam se despedir, o funeral de Aurora Failla será realizado no sábado, 12 de abril, às 9h30, no salão multiuso do cemitério de Lambrate, em Milão.
 
Adeus, Aurora, lembraremos de você com amor, pois você continua a sorrir e a cantar, lutando por um mundo melhor, como sempre fez.
 
Centro Sstudi Libertari / Archivio G. Pinelli
 
>> Mais infos sobre Aurora:
 
https://www.centrostudilibertari.it/it/piacere-incontro-aurora-failla-alba-finzi
 
agência de notícias anarquistas-ana
 
Um ramo de ipê,
ao invadir o meu quarto,
traz o amanhecer.
 
Clície Pontes

[Holanda] Pinksterlanddagen | O festival anarquista anual

Pinksterlanddagen: um festival anarquista que ocorre nos dias 6, 7 e 8 de junho 2025.

Um festival anarquista que ocorre todos os anos no acampamento “tot Vrijheidsbezinning” em Appelscha durante o fim de semana do Pinkster [Pinksterweekend]. É um encontro para anarquistas e todos que se inspiram no anarquismo. O fim de semana será repleto de oficinas, palestras e discussões sobre anarquismo e luta social. Há um programa especial e divertido para crianças e, à noite, haverá um programa cultural. O Pinksterlanddagen é organizado há mais de 90 anos e se tornou um local de encontro para muitos anarquistas.

A maneira como o PL funciona na prática se encaixa em sua ideologia; todos compartilham da responsabilidade de realizar o festival. Alguns organizam o planejamento geral, outros dão um curso, algumas pessoas cozinham, constroem tudo ou mantêm o local limpo. O PL é organizado em um acampamento anarquista sem álcool e drogas. Respeitamos seus métodos e nos beneficiamos deles, pois achamos que isso melhora a atmosfera geral.

Estamos trabalhando para criar um tipo diferente de mundo, uma sociedade sem autoridade na qual todos têm voz. Estamos procurando pessoas que compartilhem essa visão e que queiram participar desse mundo. Venha para o PL e converse com os 500 visitantes do festival. Suba no palco do Pinksterlanddagen. Você poderá chegar ao acampamento a partir de sexta-feira, dia 17 de maio, e o acampamento fechará suas portas no dia 19 – nesse último dia, será bem-vinda a ajuda para desmontar o acampamento e limpar o acampamento.

As pessoas que quiserem participar ou ajudar podem nos enviar um e-mail para: pl@puscii.nl

pinksterlanddagen.org

Tradução > acervo trans-anarquista

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https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2024/05/16/holanda-pinksterlanddagen-um-festival-anarquista-de-17-a-19-de-maio-em-appelscha/

https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2023/03/21/holanda-pinksterlanddagen-um-festival-anarquista-de-26-a-28-de-maio-de-2023/

https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2014/09/29/alemanha-o-acampamento-anarquista-pinkersterlanddagen-2014-na-holanda/

agência de notícias anarquistas-ana

Bolha de sabão
Passa, levando no ar
As cores da infância.

Tânia D’Orfani

Ódio Como Arma – O Estado Húngaro

O governo fascista na Hungria governa com maioria de dois terços no parlamento desde 2010 e com poderes de emergência desde o início da pandemia de COVID-19. Eles têm pleno poder legal para fazer o que quiserem sem cooperar com a oposição, praticamente inexistente, e têm se aproveitado disso para seus próprios fins. Eles vêm usando retórica anti-queer há anos, e houve várias medidas legais que levaram à situação atual. Tentarei descrever as principais aqui, mas houve muitas outras.

Em 2020, no Dia da Visibilidade Trans, um membro do partido propôs uma lei que tornava impossível para pessoas transgênero mudarem seu marcador sexual legal entre feminino e masculino (identidades não-binárias nunca foram legalmente reconhecidas na Hungria). Em dezembro do mesmo ano, eles alteraram a constituição para incluir que “O pai é homem, a mãe é mulher”, o que abriu caminho para a discriminação, por exemplo, ao proibir a adoção por casais homoafetivos e até mesmo por pessoas solteiras. Acrescentou também que o Estado tem a responsabilidade de proteger o direito das crianças ao gênero que lhes foi atribuído ao nascer, abrindo caminho para a posterior supressão dos direitos trans.

Em 2021, aprovaram uma lei que classificava todas as pessoas queer como pedófilas e proibiam a representação da homossexualidade e da transgeneridade em qualquer contexto em que crianças pudessem vê-las, tornando toda a mídia queer permitida apenas para maiores de 18 anos, exigindo que as livrarias cobrissem os livros com qualquer conteúdo queer na capa e proibindo qualquer educação sexual sobre esses temas nas escolas, entre muitas outras restrições.

Em janeiro deste ano, prenderam os médicos da única clínica do país que oferecia abertamente cuidados de saúde para pessoas trans, com quem grande parte da comunidade trans na Hungria fazia seus tratamentos hormonais e cirurgias. Eles estão presos há mais de um mês e serão detidos por mais três sem que haja qualquer acusação oficial. A polícia está trabalhando arduamente para tentar reunir provas de algum tipo de crime econômico, mas está claro que são presos políticos e que a promotoria tem dificuldade em incriminá-los. É provável que fiquem presos por um longo período e acabem cumprindo pena. Isso efetivamente cortou o acesso a cuidados médicos para muitas pessoas trans, sem um caminho legal claro para obter terapia de reposição hormonal na Hungria, e muitos estão sendo forçados a recorrer a clínicas particulares em países estrangeiros. Haverá um protesto de solidariedade em frente à prisão onde estão detidos esta semana, no sábado, organizado por seus pacientes.

Desde que o novo governo Trump assumiu nos EUA, o governo húngaro tirou as máscaras e começou a usar abertamente a retórica fascista, a ponto de não ser mais tabu, mesmo para organizações liberais, usar a palavra “fascista” para se referir a eles. Como parte disso, prometeram proibir a Parada do Orgulho Gay em Budapeste este ano, que vêm preparando com várias medidas legais. Isso inclui uma emenda à Constituição que afirma que “os humanos são homens ou mulheres” e que as leis de proteção à criança podem substituir todos os direitos humanos básicos, exceto o direito à vida (leis de proteção à criança que visam especificamente pessoas queer), a permissão legal para discriminação com base na identidade de gênero e, finalmente, a modificação da lei sobre aglomerações públicas para proibir aglomerações que contrariem as leis de proteção à criança, ou seja, qualquer protesto público queer será ilegal após 15 de abril, quando esta lei entrar em vigor. Esta última lei também autoriza o uso de tecnologias de vigilância em massa para identificar manifestantes em aglomerações não permitidas e multas pesadas para quem ousar fazê-lo de qualquer maneira.

Anarchista Diákmozgalom (Movimento Estudantil Anarquista)

Aqui, disponibilizamos nossos links de mídia social para que as pessoas possam acompanhar a cena anarquista húngara: linktr.ee/anarchistadiakmozgalom

Fonte: https://organisemagazine.org.uk/2025/03/24/weaponised-hate-the-hungarian-state-current-events/

Tradução > Bianca Buch

agência de notícias anarquistas-ana

Nas tardes amenas
O perfume das laranjeiras.
Meu velho quintal.

Hazel de S.Francisco

[Dinamarca] Copenhague: Manifestação de 1º de Maio: ORGANIZAR, PROTESTAR, EXISTIR

Mais um ano se passou: o capitalismo continua à solta, o som das botas do fascismo ecoa cada vez mais alto ao redor do mundo e a máquina de guerra genocida do imperialismo avança a todo vapor.

Seguimos na luta! Estamos nos organizando e ficando mais fortes juntos. Tomamos as ruas e lutamos por um mundo de liberdade, igualdade e solidariedade, e existimos apesar do gender-fascismo e da ordem heteronormativa imposta pelo poder!

É por isso que faremos uma manifestação no Dia Internacional das Trabalhadoras e Trabalhadores! Como parte da resistência contra a máquina de guerra e todas as ideologias desumanas. Nos encontraremos na Jagtvej 69, onde ficava o antigo Ungdomshus, e marcharemos até Fælledparken.

Horário: 11:00

Local: Jagtvej 69

Rota: a ser anunciada

ALERTA ALERTA ANTIFASCISTA

Tradução > Contrafatual

agência de notícias anarquistas-ana

Enquanto agachado
Ao lado da chaleira
Como faz frio!

Naitô Jôsô

[EUA] Feira do Livro Anarquista de Los Angeles, 17 e 18 de maio

9ª Feira do Livro Anarquista de Los Angeles

17 e 18 de maio de 2025

“Construindo para agora!”

Agora estamos aceitando inscrições para vendedores, palestrantes, painéis ou workshops para nossa feira do livro.

O prazo para inscrição de vendedores termina em 19 de abril.

Os espaços disponíveis são permitidos em uma área máxima de 6′ x 6′.

Se você tiver sua própria mesa: Taxas do fornecedor: US$ 25 por mesa/dia. Taxas da mesa de informações/divulgação: US$ 15 por mesa/dia.

Se você precisar de uma mesa fornecida: Taxas do fornecedor: US$ 35 por mesa/dia. Taxas para mesas de informação/divulgação: US$ 25 por mesa/dia.

Os painéis ou workshops são gratuitos, mas serão considerados caso a caso, de acordo com os horários disponíveis de uma hora. Programação a ser anunciada.

O LA Anarchist Book Fair Collective (Coletivo da Feira do Livro Anarquista de Los Angeles) está aberto e buscando novos camaradas e colaboradores! Envie-nos um e-mail para laabf@proton.me se quiser se envolver e ajudar a co-organizar a próxima LA ABF em 2025! Obrigado por seu interesse! Em solidariedade, coletivo organizador da LA ABF

laabf.wordpress.com

agência de notícias anarquistas-ana

Tapete amarelo!
Nem o gari quer varrer
Embaixo do ipê.

José Tucón