Responda o Quiz: Foi Lula 3 que disse que o “Petróleo é presente de Deus”?

Petróleo na Foz do Amazonas: Lucro para Poucos, Devastação para Todos

A proposta de exploração de petróleo na foz do Rio Amazonas, mesmo diante de reiteradas negativas (até o momento) do IBAMA e de alertas sobre os riscos socioambientais, exemplifica o avanço desenfreado do modelo capitalista em busca de lucro, ignorando os custos humanos e ecológicos.

O ministro do governo Lula, Alexandre Silveira, apoiado por lideranças políticas e pela Petrobras, mantém otimismo sobre a concessão da licença, ignorando as evidências científicas de que a região enfrenta altíssimos riscos ambientais e impactos irreversíveis sobre as comunidades locais, incluindo povos indígenas que habitam a área. Essa postura não nos surpreende e reflete, uma vez mais, a predominância de interesses econômicos sobre a preservação ambiental e os direitos das populações afetadas.

Os impactos potenciais vão além do local. A exploração pode causar danos irreparáveis a ecossistemas únicos e às espécies que dependem deles, além de aumentar a dependência de combustíveis fósseis, uma das principais causas da crise climática global. Em um contexto de eventos extremos, como secas, inundações e incêndios florestais, o Brasil enfrenta consequências devastadoras da emergência climática, agravadas por ações que priorizam lucros sobre a sustentabilidade e a resiliência ambiental.

Essa insistência na exploração na foz do Amazonas expõe o paradoxo de um país que, ao mesmo tempo, busca liderar esforços de transição energética e investe em projetos que reforçam um modelo energético ultrapassado. A lógica capitalista subjacente a essas decisões transforma recursos naturais em mercadoria, negligenciando as vidas humanas e a biodiversidade envolvidas. Essa visão míope não só ameaça ecossistemas cruciais, como também exacerba desigualdades sociais e destrói a base de sustentação da vida no planeta. Desde o anarquismo, superar esse modelo econômico é uma necessidade imperativa para alcançar o equilíbrio socioambiental e garantir a sobrevivência das gerações futuras.

Concretamente, para o aqui e agora, confrontar a exploração predatória e priorizar políticas de justiça climática e ambiental em um esforço coletivo para reformular prioridades globais pode e deve ser posto em pauta pelos movimentos sociais. Sem isso, os custos da crise climática continuarão a ser pagos pelos mais vulneráveis, enquanto as grandes corporações lucram à custa da destruição planetária.

Liberto Herrera.

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Vôo dos pássaros!
fio costurando ligeiro
o céu ao mar.

Tânia Diniz

[Espanha] Alfa e Ômega da revolução nos anarquistas

Por Eduardo Montagut | 07/11/2024

A fundamental escritora e jornalista Soledad Gustavo publicou um breve artigo no Almanaque de La Revista Blanca do ano de 1903 onde refletia sobre o sentido revolucionário dos anarquistas, “alfa e ômega” da revolução, e que queremos comentar nesta breve nota, nestes tempos nos quais estamos tão interessados pelo conceito de revolução.

Para nossa protagonista era certa a premissa de que cada qual levava dentro de si mesmo um anarquista porque até a pessoa mais inofensiva se rebelava contra a menor injustiça e desobedecia às leis que geravam obstáculos, e até se revolvia contra os causadores de um dano ou prejuízo, tivessem autoridade ou não. Até os “amantes cristãos” mais moralistas, e até segundo o conceito que estabelecia a Igreja Católica, e mais respeitosos com todo tipo de preceitos, o burlavam tudo se fossem obstáculos à satisfação de suas esperanças e desejos.

De tudo isso se deduzia que o homem, por muito reacionário que fosse, aceitava somente, em princípio, a tutela que lhe sujeitava, antes pela força e depois pelo atavismo.

Assim pois, Soledad Gustavo, expunha que, na realidade, os anarquistas não pretendiam nada impossível quando anunciavam que aspiravam transformar a sociedade. Era como seguir o curso natural, como o das águas de um rio que avançam para a desembocadura. Os anarquistas tinham que trabalhar nas consciências. O amor, as ilusões, as ditas, os “horizontes infinitos do pensamento” nada seriam sem a esperança que fazia com que a humanidade pudesse alcançar um dia a formação de uma sociedade na qual todos os seres fossem felizes por serem livres, sãos e porque viveriam conforme o que sua natureza lhes exigisse. Esse era, em conclusão, o trabalho dos anarquistas, os representantes do “alfa e ômega” da revolução.

Fonte: https://www.nuevatribuna.es/articulo/sociedad/historia-soledad-gustavo-alfa-omega-revolucion-anarquistas/20241107180011232190.html

Tradução > Sol de Abril

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A abelha voa vai
vem volta pesada
dourada de pólen

Eugénia Tabosa

Contra Todos os Governos

Governos não servem ao povo,

não mudam a cidade,

o Estado ou o mundo.

.

Governos mantém a ordem

reduzindo vidas a algoritmos,

realizam grandes negócios

contra os interesses públicos.

.

Governos não são transparentes,

nem democráticos.

Não passam de arranjos oligárquicos

a serviço de interesses obscuros.

.

Por tudo isso, não serviremos a nenhum governo,

seremos desde sempre desobedientes,

ingovernáveis

e, terrivelmente, libertários.

Carlos Pereira Júnior

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Pra que respirar?
posso ouvi-la, fremindo,
maciez de noite.

Soares Feitosa

[Argentina] Buenos Aires: Feira do Livro Anarquista – 7 e 8 de dezembro

“A paixão pela destruição também é uma paixão criativa”

A feira do livro anarquista é um espaço de encontro, debate e aprofundamento das ideias anarquistas em Buenos Aires.

Este tipo de feiras, historicamente datadas há várias décadas em diferentes cantos do mundo, são espaços dinâmicos, que a cada ano renovam o foco e a tensão em torno de ideias e práticas antiautoritárias, entendendo que, embora façamos parte de uma linha histórica, nossa memória é ativa e está direcionada, não apenas para a efeméride ideológica, mas acima de tudo para o conflito.

Contato: feriadellibroabsas@riseup.net

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rio premeditado
abisma-se no mar,
sua mãe, seu túmulo.

Alaor Chaves

[Espanha] A 6 meses de reclusão do companheiro anarquista Abel

Este 30 de novembro fazem 6 meses que nosso companheiro anarquista Abel foi sequestrado pelo Estado e encarcerado no C.P. de Brians 2 com uma condenação firme de 3 anos e 9 meses pela agressão a um manifestante da JUSAPOL [associação de extrema direita da Polícia Nacional e da Guarda Civil] que portava simbologia fascista em 2018. Todas as instâncias judiciais do Estado ratificaram a acusação do delito de lesões com agravante de ódio com o objetivo de blindar assim seus esbirros e criminalizar ainda mais a militância do companheiro. Um castigo, que o confinamento converteu em dobro, posto que durante todo este tempo rechaçou em duas ocasiões a classificação em terceiro grau, fazendo alusão à ideologia do compa e sua falta de empatia com a “vítima”. Assim justifica o Poder os programas de reinserção (condição indispensável para obter licenças penitenciárias) aos quais deve submeter-se o preso com o objetivo de aniquilar sua consciência revolucionária: qual carpinteiro que tocam os pregos torcidos da tábua. Assim convertem a condenação em tortura e chantagem.

Mas para nós, não representa nenhuma novidade sua política penitenciária baseada em exercer um conjunto de violências estruturais segundo a posição social dos presos: a pura exploração laboral, as humilhações e agressões dos carcereiros e o maltrato sistemático às famílias são só a ponta do iceberg. Tampouco nunca esperamos que suas leis nos servissem de ferramenta, nem muito menos aspirado a reformá-las para edulcorar o abuso e sofrimento. Porque sabemos que o cárcere, como qualquer outra instituição repressiva, é um instrumento a serviço do Poder e da classe dominante, cujo objetivo é aniquilar qualquer vestígio de dissidência na sociedade. Uma Instituição que só merece ser destruída e abolida.

Portanto, a prisão, esse agulheiro onde o tempo parece que se detêm e em momentos passa sem dar-se conta, é o lugar que destina a Democracia para quem se atreve a questionar a ordem estabelecida. Jogando nele aos que obrigam a viver no ângulo morto e aos que lutam sem cessar. Por todos eles também saímos a gritar. Porque não nos esquecemos dos outros presos em luta que resistem dentro e fora do Estado e dos que podem estar por vir. Porque não nos conformamos em fazer tremer com nossos punhos o vidro que nos separa, com apurar nossas vozes em uma chamada contra o tempo, com enviar nosso afeto por correio postal. Queremos esses muros vê-los cair.

Este 30 de novembro saímos a defender o que é nosso e nos querem roubar. Por amor a Anarquia e ódio a repressão. Já que nós somos os que amando os espaços que habitamos, resistimos neles, pondo nosso corpo pelo trivial e simples fato de que são nossas trincheiras. Preferimos as cinzas da metrópole ao jugo do Capital. Pelo ódio a suas pátrias, fronteiras, guerras e desastres, onde em frente estamos nós, amantes do conflito e da revolta, quem semeamos o apoio mútuo e solidariedade contra todo sistema de dominação. Sem oferecer aos mortos, feridos e caídos, nem um minuto de silêncio, nem um minuto de joelhos, tão somente uma vida inteira de combate e de vingança. Pelo ódio aos chefes, burgueses, partidos, fascistas e tiranos que com sua careta de democratas nos quiseram a força como figurantes do espetáculo da miséria. Apesar disso, decidimos ser protagonistas por nossa paixão à liberdade e o ódio a sua autoridade, pelo carinho a nossos iguais e o amor a nossos irmãos que nos querem arrebatar. Por tudo isso, saímos às ruas em 30 de novembro. Porque a solidariedade é a arma que corta a distância que nos separa. Por amor à Anarquia e ódio à repressão.

GRUP DE SUPORT ABEL, Novembro 2024

Tradução > Sol de Abril

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Dia de primavera –
Os pardais no jardim
Tomam banho de areia.

Onitsura

Nestor Makhno, Emma Goldman e a etnografia espontânea da Revolução Russa

Penso em Nestor Makhno e Emma Goldman como “etnógrafos espontâneos” da Revolução Russa. Suas obras, O comunismo não existe na Rússia (Goldman, 2007) e A “Revolução” contra a Revolução (Makhno, 1988), apresentam descrições desse evento político crucial do século XX a partir de olhares atentos aos “detalhes que se repetem cotidianamente” (Bakunin, 2015).

O termo “espontânea” destaca o fato de que Makhno e Goldman não eram cientistas sociais de formação nem pretendiam alinhar seus escritos às normas acadêmicas. Ainda assim, há sentido em chamar de etnografia esse tipo particular de análise, pois ambos captaram aspectos do cotidiano e da cultura que moldaram e revelaram processos sociais em curso.

Nestor Makhno descreveu em detalhes o cotidiano de um processo de transformação social fundamental, a partir de sua própria localidade natal. No contexto de uma radical reconfiguração das relações sociais no campo, registrou falas e práticas de camponeses em assembleias, demonstrando uma sensibilidade quase etnográfica para captar as noções morais – como a de justiça – que norteavam suas ações. Esses registros permitem compreender como os camponeses negociaram suas demandas frente a grupos como os antigos latifundiários e as novas autoridades bolcheviques.

Emma Goldman, por sua vez, identificou na desigual distribuição de rações alimentícias entre a população e a burocracia soviética os sinais de uma nova hierarquia social emergente. Essa hierarquia, segundo Goldman, consolidou-se com o enfraquecimento político dos conselhos de trabalhadores, camponeses e soldados, enquanto o “estatismo” (Bakunin, 2003) se tornava a base do governo na Rússia pós-revolucionária. Goldman demonstrou como, a partir de um aspecto aparentemente mundano – as práticas alimentares –, era possível compreender a burocratização da revolução e seus desdobramentos.

Esses trabalhos oferecem contribuições valiosas que ecoam princípios da sociologia e da antropologia acadêmicas: descrever a produção de estruturas sociais a partir do cotidiano das interações humanas e identificar as lógicas culturais que orientam as ações de grupos sociais. Assim, as obras de Nestor Makhno e Emma Goldman podem ser vistas como para-etnográficas, fornecendo análises sobre os processos históricos e sociais que moldaram a Revolução Russa.

Raphael Cruz

Professor de sociologia na Universidade Federal do Piauí.

Referências

BAKUNIN, Mikhail. Aonde ir e o que fazer? [1872]. In: BAKUNIN, Mikhail. Educação, ciência e revolução. São Paulo: Intermezzo Editorial, 2015.

BAKUNIN, Mikhail. Estatismo e anarquia [1873]. São Paulo: Imaginário, 2003.

GOLDMAN, Emma. O comunismo não existe na Rússia [1935]. In: GOLDMAN, Emma. O indivíduo, a sociedade e o Estado, e outros ensaios. Série Estudos Libertários. São Paulo: Hedra, 2007.

MAKHNO, Nestor. A “revolução” contra a revolução [1927]. Coleção Pensamento e Ação, v. 4. São Paulo: Cortez, 1988.

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um dia a casa cai
e nasce dos seus escombros
um novo haikai.

José Carlos de Souza

Leão, urso… Putin oferece animais selvagens a Kim Jong Um

Para comemorar seu acordo militar e a participação da Coreia do Norte na guerra contra a Ucrânia, Vladimir Putin presenteou o ditador Kim Jong Un e o povo coreano com uma série de animais. Uma leoa africana, 2 ursos marrons, 5 cacatuas brancas, 40 patos mandarins, 25 faisões de diferentes espécies… 70 animais serão transferidos do Zoológico de Moscou para o Zoológico de Pyongyang, na Coreia do Norte.

Essa é a quarta troca de animais selvagens entre a Rússia e a Coreia do Norte desde o início do ano, de acordo com o Courrier international. Essas transferências de animais são um sinal da aproximação política e militar entre os dois países e ilustram como os ditadores veem os seres vivos: como uma simples moeda de troca para transações diplomáticas destinadas a torná-los cada vez mais poderosos.

E quanto ao bem-estar desses animais selvagens? O zoológico de Pyongyang que os abriga tem sido alvo de críticas: há um chimpanzé fumante de cigarros, cães inteligentes, pombas que patinam… Descrito pelo guia Lonely Planet como “um lugar deprimente e desinteressante, que deve ser evitado a todo custo“. Diz-se que o zoológico central de Pyongyang foi usado como locação para um filme horrível com lutas autênticas até a morte envolvendo espécies protegidas.

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Gripe forte? Não!
Apenas adormeci
entre espirradeiras.

Leila Míccolis

[Espanha] A Polícia Local de Valência multa dois veículos da CGT durante seus trabalhos de apoio aos afetados pela DANA

Os veículos se encontravam parados na porta de carga e descarga da sede do sindicato na cidade de Valência, onde, desde o início da catástrofe, se carregaram e distribuíram produtos de primeira necessidade às vítimas.

Na quarta-feira passada, 27 de novembro, dois veículos da Confederação Geral do Trabalho estacionados na porta traseira da sede de sua Federação Local (F.L.) em Valência – lugar no qual se realizam as cargas e descargas –  foram propostos para sanção por parte de agentes da Polícia Local de Valência.

Ditos veículos, segundo denunciam desde o sindicato libertário, estavam identificados com um cartaz impresso no qual se podia ler em maiúsculas: “serviço de emergências, distribuição de produtos de primeira necessidade”; posto que estes se encontravam realizando trabalhos de carga de material para sua posterior distribuição nas zonas afetadas pela DANA,

“Havia chegado a nossos ouvidos que iriam intensificar os controles para o pessoal voluntário que acede às populações afetadas – explica Juan Miguel Font, Secretário Geral da F.L. de Valência – mas não esperávamos que fosse a golpe de multa, ainda que parece que a polícia é a única linguagem que entende e a única forma que conhece para tratar a população”. “Na consciência de quem lhes ditam estas ordens tão miseráveis ficará que alguém desista de fazer voluntariado por medo das multas e que a população deixe de receber esta ajuda tão necessária, não só material mas também humana”, acrescenta Miguel Rodríguez, Secretário de Ação Sindical da F.L. de Valência.

Desde a CGT quiseram manifestar toda sua repulsa para este tipo de atuações policiais que nada tem que ver com o “suposto serviço à cidadania” sob o qual se justificam. E concluem: “Na consciência do amo e na de quem executa suas ordens, sem nem sequer questioná-las, ficará este fato tão desprezível”.

Fonte: Gabinete de Comunicação da Confederação Geral do Trabalho do País Valenciano e Murcia

Tradução > Sol de Abril

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uma pétala caída
que torna a seu ramo
ah! é uma borboleta

Arakida Moritake

Indú$tria da Morte | Governo Lula negocia míssil Brahmos NG com 800 km de alcance para caças Gripen-E e submarinos Riachuelo da Marinha

No último dia 21, a imprensa indiana noticiou que o presidente Lula, em suas discussões com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, durante a cúpula do G20 no Rio, expressou o desejo do Brasil de expandir a cooperação bilateral em setores estratégicos como defesa, tecnologia espacial e aeroespacial.

Durante o encontro, os dois líderes exploraram maneiras de aprofundar os laços de defesa entre os países. O primeiro-ministro Modi afirmou:

“Fizemos um balanço de toda a gama de laços bilaterais entre nossas nações e reafirmamos nosso compromisso de melhorar a cooperação em setores como defesa, biocombustíveis, agricultura e muito mais.”

Ainda segundo a matéria, o presidente Lula destacou o interesse do Brasil em fortalecer as parcerias de defesa e iniciativas espaciais. Ele declarou:

“Queremos… fortalecer nossa cooperação de defesa, bem como nossas iniciativas espaciais.”

No campo da defesa, a matéria indiana confirmou o interesse da Índia no avião cargueiro brasileiro KC-390, além de reforçar que o Brasil avalia os caças indianos Tejas e os mísseis antiaéreos Akash. Entretanto, outro ponto chamou atenção: o Brasil estaria interessado no míssil de cruzeiro anti-navio indiano BrahMos-NG, com alcance de até 800 km e capacidade de ser empregado contra alvos terrestres.

O BrahMos-NG pode ser lançado de diversas plataformas, incluindo sistemas terrestres, aeronaves e navios de guerra. Um alto funcionário do Ministério da Defesa do Brasil teria afirmado durante o G20:

“Para o Brasil, o BrahMos-NG pode ser uma escolha adequada para… a aeronave Gripen.”

BrahMos-NG é considerado um dos mísseis de cruzeiro mais modernos e de maior alcance do mundo

Desenvolvido por meio de uma joint venture indo-russa, o BrahMos-NG é considerado um dos mísseis de cruzeiro mais modernos e de maior alcance do mundo. O caça leve Gripen-E, utilizado pela Força Aérea Brasileira, é visto como uma plataforma ideal para o lançamento do BrahMos-NG, especialmente devido ao seu menor peso e tamanho em comparação com a versão de primeira geração do míssil.

Além disso, o site indiano Financial Express apontou que a Marinha do Brasil estaria avaliando o BrahMos-NG para equipar seus futuros submarinos nucleares, bem como os submarinos da classe Scorpene. Isso ocorre porque o BrahMos-NG já está sendo adaptado para lançamento a partir de submarinos, incluindo os da classe Scorpene, utilizados tanto pela Índia quanto pelo Brasil.

Fonte: agências de notícias

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A serra silencia
só se ouve agora
o grito do pardal

Rosalva

[Espanha] Feira de Armas: A esquerda tem um modelo de defesa?

A Feindef 25, a Feira Internacional de Defesa e Segurança da Espanha, ou Feira de Armas, sem eufemismo, continua sendo notícia. O pior e mais nocivo é a assinatura pela UGT-FICA de “um acordo para impulsionar a indústria da defesa”. Uma indústria que não estamos exagerando se a definirmos como a indústria da morte, pois a UGT deve ser lembrada de que as armas matam e são fabricadas e projetadas para esse fim. O fato de que um sindicato que se diz progressista, em vez de promover a conversão da indústria militar em empregos socialmente úteis, insista em justificar os prósperos negócios dos senhores da guerra dá muito o que pensar sobre a falta de consciência social da UGT como sindicato, já que as armas que ela incentiva a produção são aquelas que acabarão com as vidas e as famílias de outros trabalhadores em qualquer lugar do mundo. Mas se o acordo em si é lamentável, ainda mais lamentável é sua argumentação que assume acriticamente todos os clichês e enganos do militarismo. Este parágrafo do acordo é imperdível:

A UGT-FICA considera fundamental promover a cultura de defesa e segurança com o objetivo de impulsionar o investimento nesse setor, essencial para dotar as Forças Armadas espanholas das capacidades necessárias para garantir a sustentabilidade do nosso Estado de Bem-Estar Social, defender os princípios e valores democráticos, contribuir para garantir a paz e impulsionar um setor estratégico para o país.”

Por que chamam isso de cultura de defesa quando é uma “cultura” de guerra, uma cultura de violência, de conquista, de subjugação, de dominação, enfim, uma cultura patriarcal? Que segurança nos dá ter mais capacidade de ameaçar quando isso nos leva a ser mais ameaçados? Desde quando os exércitos garantem o estado de bem-estar social? Se isso fosse verdade, os EUA deveriam ser o paradigma do estado de bem-estar social, mas milhões de pessoas pobres deitadas nas ruas desmentem isso; a falta de assistência médica para todos desmente isso; a falta de educação pública desmente isso… Em que país a UGT vive? Ela pode nos dizer, desde 1888, quando foi fundada, quando o exército defendeu efetivamente os valores democráticos? A UGT pode afirmar sem corar que as intervenções de nosso exército no Afeganistão, no Iraque ou na Líbia contribuíram para a paz? Não menos embaraçoso é o parágrafo a seguir, repleto de mentiras mil vezes repetidas. Não, o investimento em armamentos é oneroso para os contribuintes, sem utilidade social e abertamente imoral, o que só beneficia as multinacionais do setor, tornando os trabalhadores reféns, porque eles sabem que só haverá trabalho enquanto houver guerras e elas são incentivadas.

A segunda notícia é que a Feindef está excluindo as empresas israelenses de sua feira de armas, uma exclusão que, embora positiva, ainda é uma reforma na imagem sangrenta de uma feira de armas. A exclusão é o resultado de protestos populares na Espanha e no exterior que levaram Israel a não participar de feiras como o evento Enise do Instituto Nacional de Segurança Cibernética (Incibe), realizado em León de 21 a 23 de outubro, ou a exclusão de Israel da Euronaval e da Eurosatory na França. A exclusão de Israel da Feindef também contribuiu para que a IU apresentasse no Congresso uma iniciativa para “excluir as empresas israelenses envolvidas no genocídio do povo palestino das feiras de defesa e segurança na Espanha”. Com essa linguagem, a IU assume como certo que as feiras de armas são para defesa e segurança. Mais uma vez, vemos a falta de uma alternativa da esquerda à ideia de defesa e segurança: o que queremos defender, de quem, como? Quando as pessoas se sentem seguras?

É evidente demais que os exércitos existem para defender o sistema injusto em que vivemos e para garantir os privilégios das classes dominantes. Não temos inimigos além daqueles que nos criaram e não temos mais segurança do que a de que acabaremos como bucha de canhão para suas guerras de poder e dominação. A defesa do que é importante para nós está sendo feita nas ruas por cidadãos que defendem as liberdades e os direitos humanos, o direito à moradia, à saúde, à educação, à alimentação, ao cuidado com o planeta, a viver sem ser ameaçado pelo machismo, a uma cidade habitável… Tudo isso nos daria segurança. A realidade é que o crescente militarismo que está sendo instilado em nós acabará por corroer nossos direitos e liberdades. Os gastos militares são uma séria ameaça ao bem-estar da população, uma despesa supérflua da qual apenas alguns lucram, sobrecarregando a sociedade. Os mais de 60.000 milhões de euros que este ano serão gastos com despesas militares poderiam ser usados para muitas melhorias na saúde, na educação ou na prevenção e solução de catástrofes, no cuidado com o planeta ou no alívio da fome no mundo. Não fazer isso é uma questão de decisões políticas e campanhas premeditadas de militarização. Menos militares significa mais segurança. Só teremos uma vida livre, igualitária, segura e pacífica quando superarmos o militarismo.

Notas:

53 feiras comerciais relacionadas a defesa e armamentos na Europa em 2024-2025 https://www.eventseye.com/ferias/zst3_ferias_europa_defensa-armamento.html

Artigos: https://www.grupotortuga.com/Al-menos-57-000-millones-de-euros

Fonte: https://alternativasnoviolentas.org/2024/11/23/feria-de-armas-tiene-la-izquierda-un-modelo-de-defensa/

Tradução > Liberto

agência de notícias anarquistas-ana

Tens frio nos meus braços
Queres que eu aqueça
O vento

Jeanne Painchaud

[Itália] Malnisio. Manifestação contra o polígono militar

“Mais de trinta anos após o fim da “guerra fria”, Friuli Venezia Giulia continua a manter o triste registro da região mais militarizada na Itália: desde o pós-guerra uma base americana tem operado em Aviano com uma presença comprovada de ogivas nucleares e possível objetivo estratégico para a Rússia em caso de guerra.

Friuli V.G. está agora interessada em um plano para novos assentamentos militares que inclui a construção de 4 quartéis “verdes” e o fortalecimento das atividades de treinamento nos polígonos com sua consequente expansão.

E, enquanto isso, as comunidades locais são cobradas pelos custos da recuperação de áreas militares abandonadas que passaram para a propriedade civil.

Diante desta situação trágica, devemos rejeitar o papel de espectadores passivos que nos foi atribuído e tornar-nos atores de uma inversão de tendência.

Estamos conscientes de que a reconstrução dos processos de fraternidade e solidariedade, a defesa do meio ambiente e da nossa saúde são um bom antídoto para as guerras imperialistas, nacionalistas, étnicas e religiosas.

Com este apelo, estabelecemos o objetivo de construir uma ampla mobilização regional contra a guerra e o militarismo para sábado, 30 de novembro de 2024 em Malnisio (PN), para o fechamento do campo militar Cao Malnisio.”

Estes são alguns trechos do apelo do “Comitê No Poligono Cao Malnisio”.

O encontro para a marcha é às 13h30 em Malnisio (PN), na praça Trieste esquina com via Manzoni.

A n t i m i l i t a r i s t a s

Tradução > Liberto

agência de notícias anarquistas-ana

flores a volta
chega a primavera
a me colorir

Ivanilton Tristão

[Argentina] Apresentação do segundo número de Micelio, Revista de Estudos Libertários.

A apresentação será esta sexta-feira, 29 de novembro de 2024, às 19h00. Haverá música ao vivo, exposição de obras e palestra com autores. Será na Biblioteca Popular José ingenieros. Ramírez de Velasco 958, Buenos Aires.

Os esperamos

Editorial

Micelio é um projeto coletivo e independente que surge da necessidade e o desejo de pôr em circulação estudos e reflexões sobre o anarquismo. O projeto que se tece por detrás das folhas impressas representa a vontade de gerar um ponto de encontro que conecte e ponha em diálogo diferentes olhares.

O micelio cresce subterraneamente, vai tecendo uma trama vital que se espalha em avanços e retrocessos; não busca esconder-se mas se mantém oculto aos olhos dos desprevenidos e brota na superfície de forma anárquica, livre e bela.

Esta publicação, que resolvemos chamar Micelio, Revista de Estudos Libertários, também tenta tecer uma trama e busca ser uma ferramenta para conectar perguntas, investigações, experiências e reflexões entre os que se encontram construindo espaços libertários.

Micelio pretende, através da publicação de artigos de investigação, ensaios e intervenções literárias, reunir aportes que nos convidem à reflexão e à ação. Entendemos que tomar a palavra —escrita neste caso— e pô-la em circulação é uma forma de ativismo. A pandemia fez estragos em nossas vidas e em nossas redes, e sem renunciar à virtualidade como ferramenta, nos interessa voltar ao encontro, aos debates e às discussões que sempre ocasionaram a prolífica produção escrita do anarquismo.

Por isso, quisemos que Micelio circulasse de mão em mão para estabelecer um ponto de contato entre os interessados nas ideias anarquistas: em suas trajetórias, em suas propostas estéticas, em sua crítica social, em suas contradições e sentido revolucionário.

Estas folhinhas tentam superar as dicotomias e preconceitos a respeito de quem pode tomar a palavra e falar desde e sobre anarquismo, priorizando as intervenções que promovam a natureza interconectada do micelio, do anarquismo, onde os intercâmbios horizontais fortalecem a projeção do mesmo.

As significativas investigações sobre o anarquismo desenvolvidas nas últimas décadas dão conta do interesse que as ideias e as práticas sociais implantadas  pelos libertários têm na atualidade. O resgate de sua história e a reinterpretação de suas conceitualizações são lidos ao calor dos acontecimentos contemporâneos, ponderando a capacidade que o pensamento ácrata tem para olhar as diferentes esferas das sociedades.

O propósito da Micelio é impulsionar a circulação de saberes e reflexões sobre o anarquismo produzidas contemporaneamente, com a pretensão de amplificar as vozes, propiciando um intercâmbio frutífero e colaborativo que contribua à análise crítica do e desde o anarquismo.

Muitas vezes as produções acadêmicas ficam em um círculo reduzido sem chegar aos que protagonizam aquilo que se estuda, obturando a utilidade do trabalho científico e a retroalimentação. Outras vezes, as vozes do ativismo, são ignoradas nas narrações de sua própria experiência, abonando a ficção da separação entre teoria e ação. Esperemos que Micelio seja um lugar onde pôr em jogo algumas destas questões, uma revista onde receber contribuições de quem tem algo a dizer sobre a anarquia e que paralelamente possa ser visitada por quem busca saber dela.

Neste sentido nos esforçamos para que seu conteúdo, sem perder complexidade, seja amável. Cremos que conhecer mais sobre os anarquismos de outrora e também do contemporâneo pode ser um aporte para seguir pensando-nos.

Por outra parte e como parte das necessidades que movem o micelio, o projeto se inscreve em um contexto onde o mote de libertário está sendo usado por propostas reacionárias, provenientes do liberalismo mais reacio à intervenção estatal expresso em posições políticas de extrema direita. A apropriação do termo libertário por um setor político que se encontra nas antípodas das concepções emancipatórias promulgadas pelo anarquismo é uma batalha que não estamos dispostos a abandonar, daqui a afirmação do caráter da revista:

Revista de Estudos Libertários.

https://www.instagram.com/micelio.revista.libertaria/

https://miceliorevistalibe.wixsite.com/micelio

Conteúdo relacionado:

https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2024/09/24/argentina-acratas-de-salta/

Tradução > Sol de Abril

agência de notícias anarquistas-ana

sussurro um ruído
(farfalhar de qualquer folha
ao pé de um ouvido)

Bith

Lançamento: “Apontamento para a história do antifascismo no Brasil”, de Alexandre Samis

Foi lançado na XIV Feira Anarquista de São Paulo o livro “Apontamento para a história do antifascismo no Brasil – A batalha da Praça da Sé, o caso Simon Radowizky – A reação anarquista e antifascista nos anos 1930” pelo Centro de Cultura Social de SP (CCS) e o Instituto de Estudos Libertários (IEL) do Rio de Janeiro. Em breve estará disponível na livraria online e física do CCS.

(…) O livro de [Alexandre] Samis também contribui para fortalecer a percepção de que, em 1934, a cidade de São Paulo foi cenário de um episódio crucial da luta antifascista em nosso país: a Batalha da Praça da Sé, quando sindicalistas, anarquistas, socialistas e comunistas impediram a realização de uma manifestação pública integralista. O desfecho do confronto, que envolveu uso de armas de fogo (do lado integralista com anuência da força pública), foi descrito na capa da edição do dia 10/10/1934 do jorna/do Povo, do Rio de Janeiro, assim: “um integralista não corre, voa…”, fazendo com que o evento também passasse a ser conhecido jocosamente como a “revoada dos galinhas verdes”.(…). – Cassio Brancaleone

>> Mais infos:

https://www.instagram.com/centro_de_cultura_social/

http://ccssp.com.br/portal/

agência de notícias anarquistas-ana

Placa de “Proibido”…
No imponente poste de luz
xixi de cachorro.

Rogério Togashi

[Espanha] Madrid: A Polícia Nacional desaloja sem ordem judicial o CSO La Atalaya

Na terça-feira, 26 de novembro de 2024, às 09 da manhã, 7 dotações da UIP (Unidade de Intervenção Policial) desembarcaram no CSO Atalaya (Centro Social Okupado) para executar um desalojo sem apresentar ordem alguma, e sem prévio aviso. Esta manobra vem, portanto, pela mão da Delegação do Governo (esse que se faz chamar progressista e inclusive o mais progressista da história). Faz presença também o IVIMA (Instituto de la Vivienda de la Comunidad de Madrid) posto que o solo é responsabilidade da Comunidade de Madrid.

No processo de desalojo se tentou negociar a recuperação dos materiais do interior do CSO. Os representantes do IVIMA se mostraram favoráveis, mas a UIP da Delegação do Governo limitou que só 10 pessoas identificadas pudessem tirar os materiais durante uma hora.

Puerto del Milagro n°2 era um instituto não só vazio, mas totalmente abandonado ao vandalismo pelas instituições, em um bairro onde cada vez vemos mais cortados os serviços públicos. Faz uma década umas dezenas de jovens decidimos entrar e recuperar este espaço público para dar-lhe uma atividade social, cultural e política a serviço dos interesses e inquietudes da juventude vallekana e a toda a população. Algo não só positivo para o bairro, mas totalmente legítimo desde qualquer ponto de vista. Durante estes dez anos, milhares de pessoas passaram por seus corredores, pátios ou oficinas. Tocou a vida de todas essas pessoas e teceu redes de apoio mútuo que nunca poderão apagar.

Se superaram várias tentativas de desalojo tanto pela via administrativa como pela via penal, demonstrando sempre ante a instituição que La Atalaya Resiste. Mas espaços como este não entram dentro dos planos especulativos que tem o regime para uma periferia cada vez mais central de Madrid. Degradam nossos bairros, tornam inacessíveis moradias, para gentrificar, turistificar, destruir e absorver bairros populares; apesar das vidas de seus moradores e moradoras.

Queremos assinalar aos responsáveis desta atrocidade contra os moradores e contra o movimento popular. Ao Delegado do Governo em Madrid, Francisco Martin Aguirre do PSOE (Partido Socialista Espanhol); e ao diretor da Agência Social da Comunidade de Madrid, Eusebio González Castilla do PP (Partido Popular).

Vallekas não esquece, e Vallekas não perdoa. Mas sobretudo, Vallekas não se rende e seguiremos lutando, criando espaços e movimento popular, até vencer e recuperar o que como trabalhadores e trabalhadoras nos pertence: TUDO.

Terminamos este comunicado sobre o desalojo do CSO Atalaya, com os mesmos versos de Pablo Neruda com os quais começamos a coletiva de imprensa quando apresentamos o CSO La Atalaya em 29 de novembro de 2014.

É proibido não rir dos problemas.

Não lutar pelo que se quer,

Abandonar tudo por medo.

Não transformar sonhos em realidade.

LA ATALAYA RESISTE, VALLEKAS RESPONDE! 10! 100! 1000 CENTROS SOCIAIS!

LA ATALAYA NÃO SE ACABA

Fonte: https://www.instagram.com/p/DC2AVJxueSh/?igsh=MmF3OXh4YjB2cnh3

Tradução > Sol de Abril

agência de notícias anarquistas-ana

velho haicai
séculos depois
o mesmo frescor

Alexandre Brito

[Itália] Liberilibri – Publicações Anarquistas e Libertárias em Exposição

26ª edição – na nova sede na Via Palestro 1.

Programação:

  • Sexta-feira, 29

17h00 – Abertura da exposição

seguido de um aperitivo musical com Gaetano Collura

  • Sábado, 30

19h00 – Andrea Guaia apresenta “Cinema dos excessos – os 100 filmes mais extremos da história do cinema”

seguido de um jantar vegano

a partir das 21h30 – concertos com Saturday Night Dengue e A Smog Museum + Micro Relik

  • Domingo, 1

18h00 – Lilith Verdini apresenta “Luigi Fabbri. Un maestro anarchico”.

Tullio Bugari conversa com o autor.

Exposição e biblioteca circulante acessíveis nos horários das 10h00 às 13h00 e das 16h00 às 19h45.

LIBERDADE É PARTICIPAÇÃO!

Centro de Estudos Libertários Luigi Fabbri

cslfabbrijesi.noblogs.org

agência de notícias anarquistas-ana

na folha orvalhada,
gota engole gota,
engorda, desliza e cai

Alaor Chaves