[Rússia] 17 de agosto – Aniversário do prisioneiro político anarquista Nikita Uvarov


O réu no “Caso dos adolescentes de Kansk”, Nikita Uvarov, completa 20 anos.


O grupo de apoio lembra que ele e outros jovens foram detidos no verão de 2020 em Kansk, uma cidade em Krai de Krasnoyarsk, por publicarem panfletos em apoio a presos políticos e criticarem o Estado. Um dos panfletos foi colado no prédio do FSB [Serviço Federal de Segurança da Rússia] — provavelmente foi isso que irritou os agentes de segurança. Usando pressão, ameaças e manipulação, as forças de segurança obtiveram acesso aos telefones dos jovens, bem como aos depoimentos de todos os detidos, exceto Nikita Uvarov. Esse depoimento logo formou a base do caso de “terrorismo”.

Em fevereiro de 2022, uma corte de três juízes proferiu um veredito: 5 anos de prisão para Nikita Uvarov e pena suspensa para os outros jovens. Desde então, Nikita esteve em um centro de detenção preventiva, uma colônia penal, um hospital prisional e uma colônia penal de regime geral para adultos. Ele comemora seu 20º aniversário no IK-31 de Krasnoyarsk, que tem má reputação. Lá, Nikita foi colocado em uma cela de castigo. Para defender seus direitos, o preso político fez greve de fome.

“Nikita não tem recebido muitas cartas ultimamente”, comenta seu grupo de apoio. “Não sabemos se é por causa da censura ou se as pessoas realmente começaram a escrever menos. Mas todos nós podemos escrever para Nikita.”

Parabenize Nikita Uvarov pelo seu aniversário! Escreva uma carta ou envie um cartão-postal. Nikita certamente tem uma alma forte e demonstra coragem, da qual pessoas mais velhas e com mais experiência de vida nem sempre podem se gabar. Ao mesmo tempo, o apoio de fora das prisões é um dos fatores que lhe permite não desanimar, acreditar nos ideais de uma sociedade livre e continuar a luta. Suas cartas, como mãos que cooperam, ajudam a atravessar a escuridão do sistema penitenciário, apesar da pressão da administração e do seu desejo de transformar prisioneiros em corpos obedientes.

O projeto Luzes da Liberdade relata que, antes de sua prisão, Nikita estudava as obras de Pyotr Kropotkin, ouvia as músicas de Yegor Letov, aprendeu a tocar violão e sonhava em ingressar na faculdade de jornalismo. Na prisão, ele não perde o ânimo, dedica-se à autoeducação, estuda montagem de produtos plásticos e lê livros sobre jornalismo. Já em cativeiro, decidiu se tornar vegetariano.

Endereço para cartas e cartões postais: 660111, Rússia, Krasnoyarsk, Rua Krazovskaya, 10, IK-31, Uvarov Nikita Andreevich, nascido em 17/08/2005.

Fonte: https://avtonom.org/news/17-avgusta-den-rozhdeniya-politzaklyuchyonnogo-anarhista-nikity-uvarova

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agência de notícias anarquistas-ana

Revolução é
o verme teimoso que vira
a terra do adubo.

Liberto Herrera

[EUA] O Livro dos Gatos de Ursula K. Le Guin (Pré-venda)

Ursula K. Le Guin (Autora)

“A presença de um gato me mantém em contato com o mistério, a falta de razão, a beleza e a teimosa selvageria do mundo não humano.”

Na vida como na arte, Ursula K. Le Guin foi fascinada pelos felinos. Este livro irresistível sobre gatos reúne poemas, reflexões e desenhos dedicados à criatura complexa que capturou sua imaginação. Aqui estão:

A Arte do Bunditsu, a rara meditação “tabbista” de Le Guin sobre o ato de colocar gatos em espaços.

Vinte e seis poemas sobre gatos, muitos ilustrados pela própria Le Guin

A histórica primeira edição da revista em quadrinhos felina de Le Guin, Supermouse Comix!

Correspondência Felina: cartas entre o gato de Le Guin e os de sua filha, detalhando as Cinco Deliberações que os gatos passam a vida estudando

Tai Chi Felino, retratado em uma série encantadora de desenhos

Uma coleção inédita vinda de uma lenda da ficção científica, este delicioso ronronar é um presente para amantes de gatos e fãs de Le Guin!

Ursula K. Le Guin (1929–2018) foi vencedora de múltiplos prêmios Hugo, Nebula, Locus e World Fantasy. Em 2014, recebeu a Medalha da Fundação Nacional do Livro para Contribuição Distinta às Letras Americanas. Durante sua vida, foi escolhida por pelo menos dezenove gatos.

Editora: Library of America
Formato: Livro
Encadernação: Capa dura
Páginas: 96
Lançamento: 7 de outubro de 2025
ISBN-13: 9781598538298
Preço: US$ 14,40
www.loa.org

Tradução > Contrafatual

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agência de notícias anarquistas-ana

Entre arranhões e lambidas
para cuidar de tanto gato
precisarei de sete vidas

Alvaro Posselt

O estado de Israel comete assassinatos. A Petrobras é cúmplice! E Lula 3 é um hipócrita! Contra o genocídio na Palestina!!!

Bancos continuam lucrando como nunca no governo Lula 3

• Lucro dos grandes bancos alcança R$ 26,2 bi no 2° trimestre: Os quatro maiores bancos de capital aberto do país — Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil — registraram um lucro líquido somado de R$ 26,2 bilhões no segundo trimestre de 2025, um avanço de 14,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. – Fonte: agências de notícias
 
• O Brasil está sendo assaltado – e o assaltante está de gravata: O maior roubo da história do Brasil não acontece com máscaras e armas. Acontece em reuniões de diretoria, com gráficos e planilhas. O verdadeiro assalto é institucionalizado, legalizado, aplaudido pelos mesmos que juram estar do seu lado. Lula pode até continuar dizendo que é o “pai dos pobres”. Mas, na prática, ele tem sido uma verdadeira “mãe dos banqueiros” – generosa, protetora e incansável em garantir que eles nunca passem aperto. Enquanto isso, o povo? O povo continua pagando a conta. – Diego Farias
 
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agência de notícias anarquistas-ana
 
Que lua, que flor
nada, bebo umas doses
aqui sozinho.
 
Matsuo Bashô

Chile: Não irei à guerra

Não irei à guerra porque não sou um criminoso, porque antes de tirar a vida de outros infelizes como eu, arrancarei a alma do corpo de todos aqueles que são a causa da nossa miséria.

Não irei à guerra porque não tenho pátria, porque a pátria do ser humano é o mundo, e no seu estado atual de putrefação e desordem nem esse nome merece; muito menos poderei limitar minha preferência a um pedaço de terra, pois não me pertence, já que foi roubada pelos ladrões burgueses.

Não irei à guerra, porque todas elas só buscam um interesse econômico, custeado pelo sangue proletário, aproveitável para os donos da terra e do capital.

Não irei à guerra, porque a guerra é o crime das nações e o suicídio dos povos.

Não irei à guerra porque não tenho uma cabana, uma renda ou uma liberdade para defender.

Não irei à guerra porque não quero que minha carne seja flagelada pelo chicote do quartel, para me impor servilismo e obediência.

Não irei à guerra, porque não quero ostentar em minha fronte, limpa, a afrontosa mancha da disciplina e da escravidão militar.

Não irei à guerra, porque não quero nem devo trocar meus pincéis e minhas brochas pela longa faca dos assassinos inconscientes (…)

Os inimigos do povo do Chile não são os argentinos, os peruanos ou bolivianos; são a fome e a miséria, o fanatismo religioso e a exploração das classes trabalhadoras pelos burgueses e capitalistas.

Luís Olea, jornal anarquista A Tromba (Santiago), 6 de março de 1898

Tradução > Liberto

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Campos desnudados
Ainda resistem ao vento
fios de capim seco

Sérgio Dal Maso

EUA: Lançamento: Orso | Diários de guerra de um anarquista

Lorenzo Orsetti (autor); James Stout (prefácio)
 
Orso: Diários de Guerra de um Anarquista é a narrativa em primeira pessoa de Lorenzo Orsetti — também conhecido como Heval Tekoşer Piling, agora Şehîd (mártir) Tekoşer — um soldado internacionalista em Rojava. Foi publicado em italiano após sua morte.
 
Esta primeira edição em inglês da Strangers in a Tangled Wilderness inclui ensaios adicionais e um prefácio de James Stout, compartilhando o contexto histórico e cultural em que Orso viveu, lutou e morreu, levando sua mensagem a um novo público. A luta contra o Daesh por uma região autônoma e livre em Rojava vai além de uma única pessoa, mas a vida de uma pessoa pode nos oferecer um vislumbre de um vasto projeto e de como uma vida pode se encaixar nele.
 
Editora: Strangers in a Tangled Wilderness
Formato: Livro
Encadernação: brochura
Páginas: 166
Lançamento: 22 de julho de 2025
ISBN-13: 9781958911075
US$ 18,00
www.tangledwilderness.org
 
Tradução > acervo trans-anarquista
 
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agência de notícias anarquistas-ana
 
uma folha salta
o velho lago
pisca o olho
 
Alonso Alvarez

[México] Anarquistas em Defesa da Cidade: um comunicado da CATL sobre as lutas contra a gentrificação

Pão, moradia e bem estar para todos!
Piotr Kropotkin, A conquista do pão

Em poucas palavras, gentrificação quer dizer que, através do aumento de preços e a construção exclusiva de moradias de luxo, estão nos expulsando aos mais pobres de nossos bairros, povoados e cidades. No México, isto já é uma realidade. No caso da CDMX [Cidade do México], por exemplo, os próprios números do governo projetam que, para 2035, a gentrificação terá expulsado a mais de um milhão dos lares mais pobres.

Os responsáveis deste despojo são a) as imobiliárias que especulam com a construção massiva de moradias de luxo com um preço médio de 7 milhões, inacessíveis para os lares mais pobres. É também responsável b) o governo que aprova e defende estes projetos, fazendo caso omisso da necessidade de moradia social. O terceiro responsável é c) o colonialismo. Pessoas de países do 1º mundo vêm a nossos bairros para ocupar essas moradias que nós não podemos pagar.

Paradoxicamente, em alguns casos, algumas das pessoas que vem a ocupar os bairros despojados, são eles mesmos vítimas da gentrificação em seus países. Expulsos pelos altos preços em seus países, vem ocupar nossos bairros. E nós ao sermos expulsos, terminamos mudando-nos a zonas mais econômicas e por sua vez, em alguns casos a gente da cidade gentrifica pouco a pouco essa zona periférica e expulsamos aos que viviam ali. A gentrificação se converteu em uma cadeia de despojo.

Mas não iremos sem lutar. Nos últimos anos, os moradores se organizaram para defender seus bairros.

Na CDMX, basta nomear as lutas dos pedregales de Coyoacán, em defesa da nascente, dos moradores da colônia Juárez, de Xoco, de Azcapotzalco, de Milpa Alta… O mês passado, a organização popular em Tepic, Nayarit, conseguiu frear um megaprojeto que pretendia destruir a Cidade das Artes. Ademais, devemos voltar a ver as organizações que estão criando cooperativas de moradia em espaços okupados como uma alternativa real à crise de moradia.

Neste contexto, as marchas contra a gentrificação do último mês conseguiram pôr o tema sobre a mesa na agenda nacional. Mas não basta marchar. Isto supõe limitar o movimento a só pedir ao governo, cúmplice do despojo, que resolva o problema. Marchar é o primeiro passo, mas devemos construir nossas próprias soluções ao problema da gentrificação. A moradia digna é nosso direito e a única forma de obtê-lo é exercê-lo.

Para dar o seguinte passo na luta, desde a CATL consideramos:

Alto à criminalização: O governo e seus meios estão aproveitando alguns danos à propriedade de empresas e instituições durante as manifestações para deslegitimar o movimento. Não façamos o jogo deles! Nos acusam de violentos porque alguns companheiros jogam sua coragem contra toda essa infraestrutura que nos exclui. Mas não esqueçamos quem são os verdadeiros violentos. São as imobiliárias que nos expulsam de nossos bairros, são as relações coloniais as que convertem nossos recursos em um botim para os países do 1º mundo; e é o governo que nos reprime quando protestamos. Eles são nossos verdadeiros inimigos, não companheiros que protestam de forma diferente da nossa. Mais além de nossas diferenças, nos une uma causa comum. Se conseguirmos nos entender, nos cuidarmos e nos apoiarmos desde nossas diferenças, seremos invencíveis.

Alto aos discursos xenófobos: Não esqueçamos quem são nossos verdadeiros inimigos, quem nos está expulsando de nossos bairros. No trabalho nos pagam salários de fome, as despesas e impostos estão cada vez mais elevados, as imobiliárias enchem os bairros de moradias impagáveis, não há acesso a moradia social. Ataquemos aos que nos oprimem: O Estado e os grandes capitais. Não é uma questão de cor de pele, o verdadeiro problema é a desigualdade e as instruções que a mantêm.

Há que levar a luta onde está o despojo. Como já dissemos, as marchas tem seu limite. Servem para visibilizar o problema, mas, se queremos defender nosso território e exercer nosso direito à moradia, há que regressar a luta a nossos bairros e povoados. É a nível local que podemos dar o seguinte passo, das marchas à organização e a construção de propostas autogestivas próprias. É momento de nos organizarmos com nossos vizinhos, nos conhecermos e nos prepararmos para resistir juntos ao despojo. Que podemos fazer?

a) O primeiro passo é informar e explicar a nossos vizinhos o problema e convidá-los a nos organizarmos a nível local.

b) Já juntos, podemos localizar e protestar contra os megaprojetos que nos afetam diretamente.

c) Podemos também criar organizações de inquilinos para resistir contra os aumentos de aluguéis, serviços ou possíveis desalojos.

d) Podemos, também, seguir o exemplo dos “realojos” de Canárias [Espanha]. Lá, para fazer frente à crise de desalojos, coletivas autônomas começaram a okupar edifícios vazios para que as pessoas despojadas de seu lar pudessem viver.

É o momento de defender nosso território urbano ou só nos restará resignar-nos e preparar-nos para sermos expulsos definitivamente. As marchas contra a gentrificação deram o primeiro passo, mas é o momento de converter todo esse descontentamento em organização e em alternativas reais à crise de moradia. Uma marcha pode protestar, mas uma rede de assembleias de bairros autônomas pode verdadeiramente resistir e derrotar os processos de gentrificação.

Coordenadora Anarquista Tecendo Liberdade
28 de julho de 2025.

Fonte: https://catl.noblogs.org/post/2025/07/30/anarquistas-en-defensa-de-la-ciudad-un-comunicado-de-la-catl-sobre-las-luchas-contra-la-gentrificacion/

Tradução > Sol de Abril

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Branco instante
entre verde e azul:
garça ou pensamento.

Yeda Prates Bernis

[Chile] Valparaíso: Encontro de Experiências Educativas de Trabalhadorxs Anarquistas dentro e fora do Sistema Público – 9 de agosto

ENCONTRO DE EXPERIÊNCIAS EDUCATIVAS DE TRABALHADORXS ANARQUISTAS DENTRO E FORA DO SISTEMA PÚBLICO

Companheirxs: como trabalhadorxs anarquistas da educação, acreditamos que é necessário poder incidir, questionar e trabalhar na educação dentro e fora do sistema, para construir resistência e luta desde as bases de uma pedagogia que nos liberte.

A autoconvocação nasce das diferentes perspectivas que se têm sobre esses processos educacionais e com o objetivo de poder criar e formar laços a nível local.

Nos reuniremos no sábado, 9 de agosto, no Espaço Katarcis, das 16h às 18h.

Qualquer dúvida, envie uma mensagem direta para a Sala Luisa Toledo.

https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2025/07/16/chile-convocatoria-te-interessa-a-educacao-libertaria/

agência de notícias anarquistas-ana

Caminho da escola –
as sementes pelo chão
pinhão, mais pinhão.

Eloisa Stefaniak Batista – 9 anos

[Alemanha] Hetzlumpen – uma publicação

Estas páginas abordam os excessos da repressão no reino da Baviera e buscam situar os ataques repressivos dentro do contexto mais amplo da militarização do Estado em curso. Além disso, esta publicação também trata da história da censura na RFA (República Federal da Alemanha), do espectro do “eco-anarquismo” e da sabotagem, do que realmente há de problemático nas turbinas eólicas e de como talvez seja possível lidar, no futuro, com o aumento das medidas de censura contra publicações subversivas.

Antes de tudo, porém, esta publicação é, acima de tudo, uma declaração e expressão de solidariedade com os projetos anarquistas reprimidos, com os camaradas presos M. e N., bem como com todos os demais anarquistas atingidos pela repressão no reino da Baviera.

Desde 2022, houve uma série de ataques repressivos contra anarquistas em Munique. O ápice provisório foi a prisão dos anarquistas N. e M. no final de fevereiro de 2025, acusados de publicar o jornal Zündlumpen junto com outra pessoa. A Procuradoria Geral de Munique decidiu processar e censurar o Zündlumpen e seus supostos editores como uma organização criminosa. Os crimes cometidos pela suposta associação criminosa da equipe editorial do Zündlumpen seriam a publicação e distribuição de incitação, aconselhamento e apologia a atos criminosos.

Se é crime apoiar a violência contra este sistema assassino, então somos todos culpáveis.

>> PDF para baixarhttps://actforfree.noblogs.org/files/2025/07/hetzlumpen-eng-A3.cleaned.pdf

Tradução > Contrafatual

agência de notícias anarquistas-ana

Suspensos na porta
ao entardecer caquis secos
As sombras estranhas.

Joso Naito

[México] Líderes indígenas e delegados internacionais se reúnem “para resolver e se organizar contra o capitalismo e todas as pirâmides”

Mateo Sgambati ~

O encontro está sendo sediado em Chiapas pelo Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), com o objetivo de “chegar a um acordo sobre o quê, como, onde e por quê” da demolição do capitalismo e de todos os sistemas hierárquicos. O evento foi aberto no fim de semana com uma marcha na qual todos carregavam bandeiras palestinas.

“Somos todas crianças palestinas”, disse o Subcomandante Insurgente Moisés na abertura do encontro. “Hoje, em uma das pequenas partes deste mundo, o sistema capitalista está cometendo genocídio contra o povo palestino. Não podemos esquecer, não podemos deixar de lado”.

Em comunicado anterior ao encontro, o porta-voz zapatista El Capitán (também conhecido como Marcos) havia se referido ao que significa “nascer, crescer, viver e lutar como povos indígenas em uma geografia onde ser ‘outro’ é motivo de desprezo, exploração, repressão e expropriação. ‘Ser’ onde ‘não ser’ é a norma e o estigma para aqueles que são diferentes”.

Vídeos da cerimônia de abertura e atualizações diárias das reuniões estão disponíveis na Rádio Zapatista.

Em outra parte de Chiapas, mais de 250 delegados de 60 comunidades e organizações reuniram-se de 25 a 27 de julho para um “Encontro Internacional em Defesa da Vida: Milho, Água, Território e Mãe Terra”. O evento de três dias reuniu grupos de base de todo o México, incluindo Oaxaca, Veracruz, Coahuila, Guerrero e Chiapas, além de participantes da Colômbia, Alemanha e do País Valenciano.

O foco do encontro foi o compartilhamento de experiências de resistência comunitária e a construção de estratégias comuns contra os “projetos de morte”: megaprojetos, militarização e crime organizado que ameaçam a terra e a água.

Os testemunhos destacaram lutas em curso. O MODEVITE (Movimento em Defesa da Vida e do Território) compartilhou sua luta de mais de uma década contra a rodovia San Cristóbal-Palenque. Coletivos de Oaxaca falaram sobre a resistência ao Corredor Interoceânico, às barragens e à mineração, enquanto ativistas de Coahuila relataram a defesa do riacho San Miguel contra a poluição industrial e o despejo de resíduos tóxicos. De Veracruz vieram denúncias sobre agrotóxicos distribuídos pelo governo, que prejudicam o solo e a saúde.

“Nossos territórios abrigam uma grande diversidade biocultural herdada de nossos ancestrais, hoje em grave perigo devido a um modelo de desenvolvimento extrativista enraizado numa lógica individualista, capitalista e patriarcal”, afirma a declaração final. As comunidades relataram pressões semelhantes: projetos impostos sem consentimento, consultas manipuladas, avanço do crime organizado e esforços sistemáticos para dividir assembleias locais em favor de interesses corporativos.

Delegados internacionais relacionaram essas experiências a lutas mais amplas. Redes colombianas descreveram a defesa dos rios no Vale do Cauca e a resistência das comunidades pesqueiras de Taganga contra a exploração costeira. O encontro também expressou solidariedade com os movimentos de mulheres curdas, as academias de Jineolojî em Rojava e com os civis sob cerco em Gaza.

“Sabemos que nem governos nem Estados resolverão nossos problemas”, afirma a declaração. “Devemos continuar caminhando juntos, tecendo nossos saberes e espiritualidades, pelo respeito à vida, começando por nossos próprios corpos e territórios”.

Fonte: https://freedomnews.org.uk/2025/08/04/zapatista-gathering-of-resistances-and-rebellions-opens-in-chiapas/

Tradução > Contrafatual

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Autogestão é
o musgo na pedra bruta:
vida sem permisso.

Liberto Herrera

[Chile] Santiago: Barricadas em memória dxs companheirxs Lupi, Tortu e Belén

“DEPOIS DA MEIA-NOITE…”
 
O Agosto Negro começa com fogo! A chuva que caía na capital não impediu que diferentes indivíduos se unissem para responder ao chamado em curso.
 
Xs companheirxs que morreram vivem em nossos corações e mãos que impulsionam a ação anárquica contra o poder.
 
Isso é apenas o começo, a expansão da palavra, traduzida em ação, é nossa prioridade.
 
Lupi, Tortu e Belén presentes!
Nada acabou, tudo continua!
 
Santiago, Chile
1° de Agosto 2025
 
Fonte: https://es-contrainfo.espiv.net/2025/08/01/santiago-chile-barricadas-en-memoria-de-lxs-companerxs-lupi-tortu-y-belen/
 
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agência de notícias anarquistas-ana
 
Bandeira negra voa
onde o Estado não colhe
flores do caos.

Internacionalistas espanhóis na Revolução Sandinista: Histórias de vida

A Nicarágua emergeria como um regime revolucionário, entendido como uma transformação profunda das estruturas políticas, econômicas e sociais do país. Diante desse cenário, os olhos do mundo se voltariam para esse pequeno território centro-americano que, vinte anos depois de Cuba, buscaria seu próprio caminho sob três princípios: economia mista, liberdade ideológica e não alinhamento.

Entre 1978 e 1990, formou-se no Estado espanhol um importante movimento de solidariedade com a Revolução Sandinista, que, junto a outros movimentos, o inseriu em uma nova era de transformações sociais. Tentar explicar tudo isso em poucas linhas seria demasiado ousado. Aqui, serão apresentados apenas alguns apontamentos sobre os diferentes tipos de internacionalistas espanhóis que lutaram em território nicaraguense, seja contra a dinastia somocista, seja em apoio à Revolução Sandinista. Para isso, o artigo está dividido em duas partes principais: o período da luta armada contra Somoza (antes de 19 de julho de 1979) e o período do governo revolucionário da FSLN.

1. O fim da ditadura dos Somoza (1978-1979)

Grande parte da vocação religiosa católica espanhola durante a ditadura franquista foi enviada para missões na América Latina. Muitas freiras e sacerdotes, apesar de terem sido ordenados sob o Nacionalcatolicismo, adotaram posturas de denúncia social ao entrarem em contato com as privações das classes mais pobres da região. No caso da Nicarágua, Gaspar García Laviana foi enviado em 1969 para paróquias próximas à fronteira com a Costa Rica. Ele ingressou na FSLN no Natal de 1977 e foi assassinado pela Guarda Nacional em 11 de dezembro de 1978. Laviana tornou-se o principal exemplo do internacionalista para o sandinismo, tanto por sua condição religiosa quanto por sua decisão de pegar em armas.

Muitos outros sacerdotes espanhóis foram expulsos pela ditadura somocista. Alguns, como Antonio Sanjinés (de Bilbao), chegaram a ser capitães do Exército Popular Sandinista (EPS) nos anos 1980. Outros, como José Álvarez Lobo (asturiano), atuaram no apoio logístico, evacuando feridos sandinistas a partir da Costa Rica. Já Pedro María Belzunegui (navarro) foi expulso em 1978 após ser descoberto com um depósito de armas em sua paróquia.

Um caso emblemático foi o do madrilenho Ángel Barrajón, que, junto a Sanjinés, fundou o Movimento Cristão Revolucionário para mobilizar jovens contra Somoza. Expulso, ele organizou redes de solidariedade na Europa, enviando recursos cruciais para a resistência.

No Frente Sur (fronteira com a Costa Rica), onde Edén Pastora liderava a luta, chegaram espanhóis como Pedro Ariza, que, após ouvir Ernesto Cardenal na Alemanha, decidiu viajar para a Nicarágua e integrar-se ao EPS, lutando posteriormente em El Salvador com o FMLN.

Os internacionalistas espanhóis na guerrilha dividiam-se em dois grupos:

  1. Religiosos radicalizados pelo contato com a realidade nicaraguense, vistos pela FSLN como parte de sua organização.
  2. Militantes desiludidos com a Transição espanhola, que buscavam na Revolução Sandinista um novo horizonte revolucionário.

 2. A Revolução Sandinista (1979-1990)

Após a vitória sandinista, chegaram à Nicarágua espanhóis de diferentes perfis:

  • Profissionais especializados(médicos, professores, engenheiros) enviados por meio de acordos oficiais.
  • Brigadistas(como os participantes da Campanha Nacional de Alfabetização de 1980).
  • Ativistas políticosque viam na Revolução Sandinista uma alternativa ao reformismo espanhol.

Muitos desses internacionalistas permaneceram no país, integrando-se a projetos sociais e políticos. Outros, como Mertxe Brosa e Pedro Ubero, continuaram ativos em iniciativas de solidariedade mesmo após o fim da revolução.

 3. Conclusão

A participação espanhola na Revolução Sandinista pode ser dividida em três fases:

  1. Luta armada contra Somoza(sacerdotes e militantes radicais).
  2. Apoio à reconstrução pós-1979(profissionais e brigadistas).
  3. Solidariedade nos anos 1980(jovens ativistas vinculados a movimentos sociais).

Esses internacionalistas desempenharam papéis variados: combate, logística, educação, saúde e difusão de informações sobre a revolução. Sua contribuição foi parte de uma ampla rede global de apoio ao sandinismo durante a Guerra Fria.

A Revolução Sandinista terminou formalmente em 1990, com a vitória eleitoral da oposição apoiada pelos EUA. No entanto, sua memória permanece viva entre aqueles que participaram dela.

Notas:

1 – Para conhecer melhor todo o processo de luta e a evolução da Dinastia Somocista, pode-se ler o livro:
Ferrero, María Dolores, La Nicaragua de los Somoza 1936-1979*, Huelva e Managua, Instituto de História da Nicarágua e Centroamérica e Universidade de Huelva, 2010.

2 – Para ampliar essas ideias, pode-se consultar gratuitamente a produção histórica do autor do artigo através do link do ORCID ou ler sua tese de doutorado:
Ágreda Portero, José Manuel, Internacionalistas, activistas y brigadistas. La red transnacional de solidaridad con Nicaragua desde el Estado español (1978-1991), Santiago de Compostela, USC, 2022.
https://minerva.usc.es/entities/publication/ef22b979-b532-4438-a2c6-a37840d80280

3 – A figura de Gaspar García Laviana ainda hoje é visível em sua terra natal, Astúrias. Lá, o Fórum Gaspar García Laviana mantém atividades e já publicou várias biografias e memórias de seus amigos na Nicarágua. https://www.forogasparglaviana.es/sobre_gaspar.html
Além disso, Amanda Castro realizou o curta «Terra de Guerrilheiros», que busca conectar a figura de Gaspar à memória do guerrilheiro José Mata Castro.
https://amandacastro.es/tierra-de-guerrilleros.php 

4 – García, Txema, Lava e cinzas. A Revolução Sandinista e o vulcão da solidariedade basca, Donostia, Txertoa, 2019.

5 – Entrevista com José Álvarez Lobo, Oviedo, 8 de janeiro de 2015.

6 – Diário ABC, «Detidos seis líderes da oposição na Nicarágua», 5 de setembro de 1978, p. 15.

7 – Entrevista com Ángel Barrajón, via Skype, 8 de março de 2016.

8 – Entrevista com Pedro Ariza, Manágua, 2 de agosto de 2015.

9 – Duarte, Carlos, «Os combates da Frente Sul e a queda de Gaspar García Laviana», Correo, 46, 7 de agosto de 2016, p. 53.

10 – Rodríguez Jiménez, José Luis, «Antecedentes e primeiras missões no exterior das Forças Armadas», La Albolafia: Revista de Humanidades y Cultura, 14 (2018), pp. 134-155.

11 – Para ver o envolvimento da elite espanhola na Revolução Sandinista, pode-se ler:
Blázquez, Belén, *A projeção de um líder político: Felipe González e a Nicarágua 1978-1996*, Sevilha, Centro de Estudos Andaluzes, 2006.

12 – Entrevista com José Antonio Lobato, Manágua, 17 de agosto de 2015.

13 – Entrevista com Víctor Pozas, Bilbao, 19 de junho de 2017. Entrevista com José María Recover, Madri, 22 de setembro de 2018. Víctor Pozas realizou uma tese doutoral sobre as relações internacionais da Revolução Sandinista, intitulada: Nicarágua (1979-1990). Ator singular do pragmatismo e protagonismo da revolução sandinista no cenário internacional, Bilbao, UPV, 2000.

14 – Homenagem a Carmen e Patxi Irañeta, Iosu Irañeta, 2016. Vídeo caseiro.

15 – Cardenal, Ernesto, A Revolução Perdida, Manágua, Anamá Ediciones, 2013, p. 316.

16 – Romero, Alberto, «As brigadas de solidariedade com a Nicarágua nos anos oitenta: uma expressão do internacionalismo nos últimos anos da Guerra Fria», em:
Gascón, Jordi, O turismo na cooperação internacional: das brigadas internacionalistas ao turismo solidário, Barcelona, Icaria Antrazyt, 2009, pp. 122-137.

17 – Leguineche, Manuel, Sobre o vulcão. Uma aventura da Guatemala ao Panamá, passando por El Salvador, Honduras, Nicarágua e Costa Rica, Barcelona, Plaza y Janés, 1985.

18 – Entrevista com Pilar Goicoechea, Madri, 24 de fevereiro de 2018.

19 – Entrevista com María Victoria Lamas, Elorrio, 2 de janeiro de 2019.

20 – Entrevista com Mertxe Brosa, León (Nicarágua), 8 de agosto de 2015.

21 – García Arias, Josefina, *Passagem para a Nicarágua. Minha experiência como cooperante 1986-1989*, Madri, El garaje ediciones, 2019.

Fonte: https://redeslibertarias.com/2025/07/31/internacionalistas-espanoles-en-la-revolucion-sandinista-historias-de-vida/

Tradução > Liberto

agência de notícias anarquistas-ana

durmo sob uma oliveira
com o musgo
por travesseiro

Rogério Martins

[Itália] Comunicado Agripunk sob despejo

27 de julho de 2025

O Juiz Honorário Dr. Mattielli, após a audiência de discussão de 4 de julho de 2025, emitiu duas sentenças referentes às ações judiciais movidas pela propriedade contra a Agripunk Onlus [Espaço social e refúgio autogestionado antiespecista] para obter nosso despejo do refúgio.

A ação por inadimplência de 2024 foi vencida graças à mega arrecadação que nos permitiu pagar os aluguéis atrasados, algo possível pelo compromisso extraordinário de todes que nos apoiaram.

Já a ação anterior (fim do contrato de locação em novembro de 2021), vencida em primeira instância, infelizmente foi perdida após ser convertida em ação por resolução contratual por inadimplência, devido a interpretações jurídicas questionáveis.

O juiz não aceitou a interpretação de nossa defesa sobre a natureza abusiva da cláusula contratual que obrigava a Agripunk a realizar obras caras de remoção de coberturas de amianto e outras manutenções extraordinárias.

Isso porque o juiz equiparou a atividade da Agripunk a “comercial”, ignorando completamente nosso status de associação onlus e negando a qualificação de pessoa física “consumidora” – categoria para a qual, segundo jurisprudência do Supremo Tribunal de Cassação, a cláusula abusiva seria aplicável.

Além disso, não foram consideradas as causas da interrupção dos trabalhos: o primeiro processo de 2019, os lockdowns da pandemia de Covid, o processo de 2021 com vistorias técnicas e pressões que suspenderam grande parte de nossas atividades – incluindo fechamentos preventivos contra a peste suína africana (que impossibilitaram receber voluntáries) e os impactos disso em nossa saúde física e mental.

A Agripunk Onlus, por seu próprio estatuto, busca converter um modelo empresarial em social, experimentando a convivência interespécies sem fins lucrativos. E é justamente por isso que sucumbimos ao sistema industrial de exploração animal, que nos vê como “pobres iludidas que não produzem nada”.

Assim, o refúgio da Ilha está destinado a voltar a ser “produtivo” para novos negócios, agroturismos ou talvez novos criadouros?

Como anunciamos há alguns meses, a propriedade rural está à venda. Com a data limite de 31 de dezembro de 2025, a Agripunk Onlus terá de sair – e não sabemos o que acontecerá com este lugar, nem conosco.

Estamos avaliando com o advogado Paterniti (a quem agradecemos pelo trabalho até aqui) como agir e, por isso, também pedimos sua opinião.

Todas as soluções possíveis envolvem custos altos e dificuldades logísticas significativas. Não é fácil permanecer, mas também não é fácil fazer as malas e mudar – especialmente porque precisamos primeiro encontrar um local adequado e garantir o cuidado com todas as vidas que habitam o refúgio e o entorno.

Por isso, mais uma vez apelamos ao nosso Município, aos demais Municípios envolvidos e à Região da Toscana para que apoiem nossa causa: manter uma atividade reconhecidamente essencial para nossa comunidade multiespécie e, acima de tudo, impedir categoricamente a reabertura de qualquer tipo de criadouro aqui. Também pedimos ajuda e apoio:

  • Da comunidade que frequenta este espaço e nos apoia há anos;
  • Da comunidade local, associações, coletivos e pessoas que se importam com nossa existência;
  • De órgãos e instituições que confiaram em nós e usufruíram de nossa função social de acolhimento e cuidado.

Como você pode nos ajudar neste momento delicado?

  • Divulgue este comunicado em suas redes e para a mídia;
  • Organize assembleias locais para criar uma rede de apoio;
  • Promova eventos de arrecadação de fundos para manter os animais resgatados e a resistência do refúgio;
  • Contribua financeiramente (se já ajuda, continue; se não, comece agora);
  • Participe ativamente das assembleias e ações futuras que anunciaremos;
  • Escreva-nos com propostas: consultorias, serviços, colaborações, alternativas (locais gratuitos/baratos ou ajuda na mudança);
  • Fortalecer o voluntariado, especialmente com pessoas experientes no refúgio, para nos dar tempo de organizar a transição.

Quem nos conhece pessoalmente pode entrar em nosso grupo no Telegram para compartilhar ideias e ações conjuntas.

Não esperávamos chegar aqui, mas era uma possibilidade que prevíamos. Tentamos o diálogo e propostas, mas, sem o poder econômico e privilégios de quem explora, a única forma de sermos ouvides é voltar a ser “o parafuso enferrujado que trava a engrenagem”.

Contato:

agripunkonlus@gmail.com
Assunto: AGRIPUNK SOB DESPEJO

AGRIPUNK

Fonte: https://umanitanova.org/comunicato-agripunk-sotto-sfratto/

Tradução > Liberto

agência de notícias anarquistas-ana

os fantasmas de cogumelos
viraram tinta:
pés nus no frio

Rod Willmot

[São Paulo-SP] Curso: Psicanálise e Anarquismo

Freud em “Novas Conferências Introdutórias” teceu duras críticas tanto ao anarquismo quanto ao marxismo, mas consideramos sua perspectiva acerca do anarquismo muito distorcida senão equivocada.

Nesse sentido, a ideia desse curso é reposicionar a questão levantada por Freud. O intuito não é considerar o anarquismo como uma visão de mundo, mas explorar as relações entre Psicanálise e Anarquismo a partir de suas construções teóricas e práticas.

Julgamos que as contribuições do anarquismo no campo político e social, deslocados para o interior da relação analítica, enriquecem e potencializam a clínica psicanalítica.

Portanto, nosso objetivo é dar início a pesquisas que visam refletir a relação entre psicanálise e anarquismo, assim como suas possíveis implicações clínico-políticas.

Quando:

23/08/2025 – 16h às 18h30
27/09/2025 – 16h às 18h30
18/10/2025 – 16h às 18h30
22/11/2025 – 16h às 18h30

Onde:

Centro de Cultura Social – rua General Jardim, 253 – sala 22 – Vila Buarque – SP

Mais infos, inscrições:

https://www.instagram.com/p/DMgBMDUPuLu/?img_index=1

agência de notícias anarquistas-ana

A panela vazia
ensina mais sobre justiça
que tribunais cheios.

Liberto Herrera

[Argentina] Lançamento: “Esquecer é impossível | Santiago, meu irmão”, de Sergio Maldonado

Esquecer é impossível é uma crônica envolvente e metódica, com a exaustividade de quem moveu céus e terras para encontrar a verdade. E aqui conta pela primeira vez, e na carne viva, sua odisseia.

Sergio Maldonado relata detalhadamente os dramáticos 78 dias em que seu irmão Santiago esteve desaparecido e sua vida mudou para sempre. A busca, as mentiras, a violência estatal, a desumanização, as operações de jornalistas cúmplices do poder, as narrativas absurdas tecidas propositalmente para dificultar o acesso à verdade, a fúria dos trolls, o descaso da Justiça, os infinitos corredores da impunidade. Mas, assim como o Caso Maldonado expõe os horrores de uma injustiça sistêmica que busca distorcer os fatos e encobrir a verdade, também deixa clara a solidariedade, as redes de apoio que se formam para acolher e acompanhar, e a grandeza da humanidade de pessoas comuns que sentem a dor alheia como própria e, no limite de suas possibilidades, ajudam. Esta é a história de Sergio. Um homem que segue clamando, onde quer que vá – para quem quer ouvir e para quem não quer – o nome de Santiago.

Mergulhar nestas páginas é abrir o coração e as entranhas.
Alejandro Bercovich

A busca infrutífera de uma família que antepôs à dor pura a pura dignidade.
Ana María Careaga

Santiago deixou outra vida para Sergio e dois mundos. Um onde está a crueldade, o pior e mais baixo dos seres humanos. E também o outro, onde surge o melhor, o sublime, o mais puro e maravilhoso das pessoas que o ajudam a seguir acreditando.
Pedro Saborido

Esquecer é impossível | Santiago, meu irmão
Sergio Maldonado
ISBN 978-987-823-086-3
248 páginas
Formato: 16 x 24 cm
$27900 (pesos argentinos)
www.editorialmarea.com.ar

Tradução > Liberto

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agência de notícias anarquistas-ana

Caem no telhado
gotas de chuva ritmadas:
fresca batucada.

Ronaldo Bomfim

[Espanha] V Acampamento Libertário, 12 a 17 de agosto

[Contra a Criminalização dos Espaços Sociais e Autogestionados]

Logo acontece o acampamento deste ano do CSOA La Algarroba Negra. Um espaço onde compartilhar, se conhecer, aprofundar e seguir gerando redes…

Após a vivência dos acampamentos anteriores, queremos seguir apostando nesta ação que nos demonstrou e que demonstramos, contribui e muito.

Neste tempo tão convulso, não imaginamos melhor proposta que juntar-nos e seguir resistindo ante a criminalização dos espaços sociais e da luta desde baixo.

A autogestão no dia a dia, a construção coletiva, a aprendizagem compartilhada, a reflexão entre afins e o atuar como método, com a intenção de seguir criando o mundo que queremos viver.

Como funciona o acampamento?

Nestes 6 dias juntos, na assembleia da La Algarroba proporemos algumas atividades e quem vier, pode também propor as suas. Desde palestras, oficinas, vídeo fórum, ações… Assim iremos completando o calendário.

As questões comuns, de cuidado e manutenção (limpeza, comidas, cuidados com o tempo, apoios sociais, reciclagem, água…) que fazem com que seja possível desenvolver tudo isto, serão distribuídas e auto assumidas pelos participantes… faz parte da autogestão de nossas vidas.

Para saber mais informações sobre o acampamento libertário podes visitar a web:

https://www.algranoextremadura.org/csoalaalgarrobanegra/campamento-de-resistencia-libertaria/

Recomenda-se realizar a inscrição para facilitar a gestão de recursos e tempos:

https://cloud.coletivos.org/apps/forms/s/JSZW8GCwtpwDWY46MKq2rAAG

Para qualquer outro tipo de consulta, enviar um correio a algarrobanegra@protonmail.com

Organizemos a resistência de uma maneira vivencial!

*Brevemente atualizaremos informações sobre o que receberemos através das inscrições.

Tradução > Sol de Abril

agência de notícias anarquistas-ana

As nuvens douradas
Flutuam no pantanal
– florada de ipê

Goga Masuda