[Portugal] Lisboa: 1º de Maio Antiautoritário

Por um 1º de Maio antiautoritário e autogerido, pela insubmissão no trabalho e rebeldia popular nas ruas.

Há 139 anos atrás, em Chicago, o movimento operário travava uma dura greve pela jornada de trabalho de 8 horas. Este movimento deu origem a um intenso conflito conhecido como “Revolta de Haymarket”, que culminou num processo político onde o movimento operário e o anarquismo estiveram no banco dos réus, condenando à morte sete operários – os “Mártires de Chicago”.

Os protestos contra este crime do Estado e do Capital ocorreram um pouco por todo o mundo, dando origem ao que celebramos hoje como 1º de Maio, Dia Internacional de Luta dos trabalhadores.

A sociedade pela qual os “Mártires de Chicago” e os milhares de militantes lutaram e sonharam continua tão válida hoje como em 1886. A crise capitalista e a exploração nunca pararam de se intensificar, enquanto as condições de trabalho e vida se deterioram. A necessidade de um 1º de Maio voltado às suas origens torna-se mais intensa.

Porque tal como os “Mártires de Chicago”, carregamos nos nossos corações desejos de justiça e libertação social, lutando contra o Capitalismo e o Estado, no dia 1 de Maio, marchamos do Largo do Camões até ao Martim Moniz, nas Escadinhas da Saúde.

Este será o espaço para todas as organizações de esquerda e de base, anarquistas, socialistas, organizações de trabalhadores, comunidades e pessoas oprimidas e exploradas pelo Estado e o Capital celebrarem e lutarem por um 1º de Maio combativo e revolucionário.

Reivindicamos um 1º de Maio autogerido coletivamente pelos grupos, organizações, movimentos e indivíduos que nele participem, à margem do reformismo, imobilismo, patriotismo e controle exclusivo e autoritário que caracterizam a celebração do Dia do Trabalhador organizado anualmente pela CGTP.

A marcha terminará em festa nas Escadinhas da Saúde, no Martim Moniz, onde haverá microfone aberto, concertos e DJ set para que este dia seja também um momento de apelo ao ócio, preguiça, lazer e ocupação do espaço público que o Capital todos os dias nos priva.

Fonte: https://colectivolibertarioevora.wordpress.com/2025/04/04/lisboa-1-de-maio-antiautoritario/

agência de notícias anarquistas-ana

Dentro da lagoa
uma diz “chove”, outra diz “não”:
conversa de rã.

Eunice Arruda

[França] Acampamento de Praia Libertário

Com “Libertaire plage”, propomos passar uma semana juntos em um acampamento, quase como férias, mas político.

Acontecerá no norte de Lot, perto de Souillac, entre Cahors e Brive, às margens da Dordonha.

Compartilharemos discussões, pensamentos, mas acima de tudo jogos, culinária, faça você mesmo, criatividade…

Queremos FAZER juntos! Vamos compartilhar conhecimento e habilidades!

Todos estão convidados a sugerir uma oficina ou outro momento compartilhado, se desejarem.

Juntos, criaremos uma programação de workshops, exibições, karaokê, fabricação de fogões de galhos e descascamento de batatas…

As refeições serão preparadas em conjunto, num refeitório self-service, coordenado pelos frequentadores. A manutenção do local será gerida em conjunto.

Durante esta semana, queremos vivenciar a anarquia “na vida real”, criando um espaço que realmente queremos que seja inclusivo.

Uma semana coletiva e alegre para todos, durante a qual trabalharemos-abordaremos sistemas autoritários de opressão e mecanismos de dominação, sejam eles quais forem. Daremos atenção especial ao adultismo e ao capacitismo, porque muitas vezes eles são tornados invisíveis.

Estamos oferecendo uma semana o mais livre de álcool possível, durante a qual queremos que todos se sintam seguros. Por esse motivo também, os cães que nos acompanham serão mantidos no local.

(haverá um grande número de pessoas pequenas e muito jovens nesta reunião)

É uma aventura política coletiva, que esperamos que seja rica e alegre, longe do estágio de desenvolvimento… pessoal.

Mais informações em https://rencontre-plage.wolodex.org/

Inscrição necessária antes de 10 de abril de 2025 em: rencontre-plage@proton.me

agência de notícias anarquistas-ana

Cruzam-se nas ruas
muitas sombras alongadas —
Tarde outonal.

Carlos Martins

16 anos de PT | Uma leitura anarquista, sem dar palco ao moralismo reacionário.

Durante 16 anos, o Partido dos Trabalhadores ocupou a cadeira presidencial do Brasil, mas dizer que “esteve no poder” é outra história. O Estado, com sua engrenagem bicentenária de opressão, exploração e extermínio, jamais entrega as rédeas a quem está fora da lógica dominante. O PT, que nasceu com o punho fechado da luta sindical e com a boca cheia de democracia radical, precisou vestir terno e cortar o cabelo para sentar à mesa com banqueiros, latifundiários, generais, pastores, magnatas da mídia. Na prática, foi convidado a dançar no baile do inimigo, e dançou ao som da conciliação de classes.

Sob a ótica anarquista, que desconfia por princípio de qualquer poder centralizado, o que se viu foi uma aposta na governabilidade às custas da autonomia popular. Os anos petistas trouxeram avanços? Sim, e negar isso seria tão desonesto quanto endeusar o partido. Redução da miséria, expansão do ensino técnico e universitário, políticas de reparação racial e de gênero (ainda que tímidas), e algum respiro para os de baixo. Mas tudo isso dentro dos limites do que o capital permite sem se sentir ameaçado.

O PT não rompeu com o sistema, apenas administrou a crise. E, ao fazê-lo, engoliu o veneno de suas próprias contradições. Manteve, e por vezes aprofundou, o modelo extrativista, a criminalização de movimentos sociais, as mega-obras em territórios indígenas, o encarceramento em massa, o genocídio da juventude negra nas periferias. Tudo isso em nome do “desenvolvimento”.

E o trabalho? O trabalho continuou matando. O Brasil segue entre os líderes mundiais em acidentes e mortes no trabalho. Um acidente a cada 45 segundos. Uma morte a cada 3 horas. Debaixo das promessas de inclusão e progresso, as máquinas continuam moendo corpos como antes. O operário agora tem carro, mas morre esmagado da mesma forma. Tem acesso ao crédito, mas não à cultura. A reforma trabalhista, que o PT não conseguiu barrar nem reverter, institucionalizou a precarização. O sonho da carteira assinada virou o pesadelo dos aplicativos.

O capitalismo mata, e o Estado é cúmplice. O Estado é a máquina que organiza a morte de forma burocrática. E mesmo o PT, ao assumir o leme, não desmontou essa máquina. Reformou aqui, lubrificou ali, mas não tirou ninguém do moedor. Apenas regulou a velocidade da rotação.

A ilusão é essa: que um partido oriundo da luta operária pode “tomar o Estado por dentro” e usá-lo contra o capital. Mas o Estado, como dizia Bakunin, é a igreja do capital. Quem sobe no seu altar reza a missa ou é expulso como herege.

Hoje, muitos à esquerda choram a queda do PT como se fosse o fim da luta. Outros, mais jovens ou desiludidos, nem se importam mais: preferem memes. E talvez aí esteja a fagulha de algo novo. Porque não há saída por dentro da opressão. É preciso construir outra coisa do lado de fora, ou abaixo, no subterrâneo.

O legado do PT é ambíguo: mostrou que algum alívio é possível, mas também escancarou os limites da via institucional. Nos ensinou que sem ruptura, o reformismo acaba sendo o fiador do status quo. E, nesse sentido, o petismo pode ser o último suspiro de uma esquerda que ainda acredita no Estado como solução.

Nós, anarquistas, seguimos acreditando naquilo que o estado teme: a organização autônoma, a ação direta e a solidariedade. Sabemos que não basta mudar o gerente. É preciso desmontar a loja.

Porque enquanto houver Estado e patrão, enquanto houver polícia protegendo capital e leis punindo quem ousa sonhar, haverá mortos no trabalho e sangue nas mãos da “governabilidade”, e silêncio nos palácios.

A luta continua, mas não nos gabinetes.

Ela está nos becos, nas ocupações, nas cozinhas comunitárias, nas redes de afeto e nas sabotagens cotidianas.

Sem esperar salvadores.

Contrafatual

contraciv.noblogs.org

agência de notícias anarquistas-ana

Dentre os arvoredos
Apenas algumas réstias.
Sol aprisionado.

Franciela Silva

[Rússia] Deseje um feliz aniversário ao preso político e anarquista Ilya Shakursky!

Em 10 de abril, o anarquista Ilya Shakursky comemora seu aniversário. Ele faz 29 anos, 7,5 dos quais já passou na prisão. Ilya é um dos réus no “Caso Rede”, no qual o FSB fabricou uma organização terrorista inteira apenas para ganhar estrelas em suas dragonas. Em 2020, um tribunal controlado por Putin condenou Ilya a 16 anos em uma colônia penal de alta segurança.

Apesar da longa sentença, Ilya não desiste. Ele continua a publicar artigos, ensaios e poemas. No ano passado, seu livro “Notes from the Darkness” foi lançado em russo.

Ilya agora está passando seu oitavo aniversário atrás das grades. Você pode apoiá-lo com uma carta ou um cartão de felicitações.

Endereço para correspondência: Shakursky Ilya Alexandrovich, nascido em 1996, IK-17, Edifício 3 Lesnaya Street, 31161, assentamento Ozerny, Distrito Zubovo-Polyansky, Mordóvia, Rússia.

Observe que as cartas devem ser escritas em russo – você pode usar a tradução automática disponível online. Observe: o número de encomendas e pacotes que um prisioneiro pode receber é muito limitado, então certifique-se de que todos os seus itens sejam enviados apenas como cartas.

Fonte: Cruz Negra Anarquista Moscou

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amanhece
sol atrás do prédio
vestindo-se de luz

Alonso Alvarez

Pré-venda do livro “Nunca Mais? – o papel da psiquiatria na colonização e no extermínio do povo palestino”

O preço atual é: R$ 35,00.

Originalmente publicado em inglês pelo grupo Campaign for psych abolition, o livro mapeia o modo pelo qual a psiquiatria funciona como um dos pilares do sionismo seja por meio de técnicas de tortura ou pela patologização da resistência ao extermínio colonial.

TRECHO:

“O massacre de Deir Yassin é amplamente conhecido como uma advertência da iminente Nakba de 1948 – a limpeza étnica na Palestina – com o fim de criar um Estado sionista. Mais de 250 pessoas foram brutalmente assassinadas e enterradas em valas comuns, fazendo com que milhares de sobreviventes fugissem de suas casas aterrorizadas pelo que estava por vir. Neste lugar de violência inimaginável, grupos sionistas tomaram as únicas casas que não tinham destruído e as converteram em instalações psiquiátricas israelenses. Existe uma analogia mais poderosa para a relação entre sionismo e psiquiatria?

O papel da psiquiatria como agente do colonialismo continua sendo obscuro. A ‘autoridade científica’ que declara que o povo colonizado é sub-humano e precisa ser civilizado desempenhou um papel intrínseco no colonialismo de assentamentos ao longo do planeta, o que inclui o projeto sionista.

Neste zine queremos contextualizar a violência psiquiátrica e médica utilizada para consolidar a ocupação israelense e declarar, de forma explícita enquanto abolicionistas da psiquiatria, nosso apoio incondicional à resistência palestina. Também é importante chamar atenção para a ascensão da cultura popular reacionária do ‘bem-estar’ que está encorajando as pessoas do núcleo imperial a se recolherem em sua covardia sob o guia do ‘bem-estar mental’. Nos recusamos a deixar que esta narrativa psiquiátrica generalizada corroa e individualize as nossas lutas”.

Título original: Psychiatry’s role in the occupation of Palestine – critical understanding of psychiatry as a pillar of Zionism, dismantling Western mental health frameworks and depathologizing resistance, por Campaign for Psych Abolition, 2024.

Tradução para o português por edições insurrectas.

outono de 2025.

Coleção de bolso GUERRA À GUERRA

Detalhes: 96 páginas / 17×11 cm

Contato: edicoes-insurrectas@riseup.net

insurrectas.com.br

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Saci Pererê
fuma seu cachimbo
à sombra do ipê

Carlos Seabra

[Espanha] A exposição ‘Viviendo la utopía’ chega a La Fuensanta, Jaén

A exposição Viviendo la Utopía chega ao município de La Fuensanta, em Jaén. A inauguração acontecerá no dia 12 de abril, às 19:00 horas, e poderá ser visitada até 2 de maio. Através dos diferentes painéis, o público poderá submergir no processo revolucionário que aconteceu naquelas zonas onde o fascismo não triunfou durante a Guerra Civil, graças à força do movimento libertário.

Trata-se da exposição montada pelos companheiros de Extremadura que, centrada na Revolução levada a cabo nas zonas onde não triunfou o fascismo durante a guerra civil, repassa também os antecedentes e o exílio. Consta de 5 lonas com suporte mais outra lona de apresentação da exposição, todas de tamanho 1,80 x 0,80 m, e 75 painéis tamanho A3, cada um com uma fotografia, título, que o relaciona com cada um dos painéis, e legenda. Todas elas saídas de uma nova seleção dos fundos da FAL do período 1936-39 que repassam diversos aspectos relacionados com a resistência ao fascismo, a guerra, as coletividades agrícolas e industriais, hospitais, colônias infantis, cultura, etc.

Justificação historiográfica

Em 17-18 de julho parte do Exército espanhol se subleva contra o Governo da II República e contra o povo espanhol que armado de um grande arrojo e determinação detém a insurreição em amplas zonas do território peninsular.

Nesta exposição não só vamos falar dos milhares de mortos, desaparecidos, represaliados e deslocados que supôs este golpe de estado falido que acabou convertendo-se em uma Guerra Civil (GCE) de quase três anos. Mas também queremos transmitir a outra cara da GCE, quer dizer, a Revolução Social que acompanhou em todo o território sob o controle da República a luta contra os rebeldes. Ante o titubeio das autoridades republicanas e a fuga de patrões e proprietários, os trabalhadores se lançaram à rua para defender a vida e puseram em marcha uma economia necessária para manter a mais da metade da população espanhola e o ingente esforço bélico. Não só vais descobrir história; estes painéis, cartazes e fotos são reflexos de uma Ideia e um Sentimento. Viviendo la Utopía: Historia sentimental pasada, presente y futura.

Na CNT pensamos que não só devemos recordar a morte e o sofrimento que supuseram a GCE mas também, e sobretudo, mostrar às novas gerações como se organizaram seus avôs e avós; de que modo levantaram a maior rede autogestionária que conheceu a história da Humanidade (sindicatos, ateneus, escolas, cooperativas, coletividades…). Não se pode entender o levante de parte do Exército, da Igreja, os terratenentes e a burguesia contra a maioria da população espanhola sem conhecer o que supunha para o porvir do status quo a revolução social, política e econômica que esta auto-organização obreira e popular propiciava.

Onde? La Fuensanta (Jaén). Sala de exposições. Rua Real, 4ºB

Quando poderá ser visitada? A inauguração acontecerá no sábado, 12 de abril, às 19 horas, e poderá ser visitada até o dia 2 de maio.

fal.cnt.es

Tradução > Sol de Abril

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lua nova
ninja
do espaço

Alberto Marsicano

[Chile] Bloco Anarquista – Memória e Vingança Ativa por Julia Chuñil

Convocamos todos os grupos e coletivos antiautoritários, indivíduos afins, anarquistas de práxis, niilistas destrutivos, para fazer uma demonstração de força em solidariedade a Julia Chuñil¹.

8 de abril, às 19h30, no beco central de Los Héroes.

SOLIDARIEDADE ANTIAUTORITÁRIA COM JULIA CHUÑIL

[1] Julia Chuñil Catricura, liderança mapuche e defensora ambiental, está desaparecida desde 8 de novembro de 2024.

Conteúdo relacionado:

https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2025/02/05/chile-semana-de-agitacao-chew-muley-julia-chunil-catricura-esta-desaparecida-ha-88-dias/

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O rosto do filho –
Com a brancura do talco
o vento de outono.

Kuroyanagi Shôha

Por que a música ‘Bayar Bayar Bayar’ da banda punk Sukatani se tornou a música tema dos recentes protestos na Indonésia?

A música “Bayar Bayar Bayar” [“Pagar Pagar Pagar”] da banda punk Sukatani é considerada uma sátira à instituição policial. Após ser retirada de circulação, a letra da música punk foi usada como tema da ação ‘Indonesia Gelap’ [Indonésia Negra] na sexta-feira (21/02). Sukatani também foi “solicitada” a publicar um pedido de desculpas ao chefe da polícia por sua obra “antipolícia”

Desde a ação da ‘Indonesia Gelap’ [Indonésia Negra], a letra da música “Bayar Bayar Bayar” tem sido frequentemente cantada pelos manifestantes. Com base no monitoramento feito pela equipe da BBC News Indonésia nas ruas, centenas de manifestantes gritaram quando a gravação desta música foi tocada nos alto-falantes e carros de som.

Quem é Sukatani e por que “Bayar Bayar Bayar ” se tornou viral?

Sukatani é uma dupla de música punk de Purbalingga, Java Central, composta pelo guitarrista Muhammad Syifa Al Lufti e pela vocalista Novi Citra Indriyati. Ambos os músicos costumam usar máscaras em suas apresentações.

A música Bayar Bayar Bayar descreve a experiência de alguém que sempre tem que pagar ao lidar com a polícia, o que cria uma percepção negativa da imagem da polícia. A letra da música Bayar Bayar Bayar viralizou em várias plataformas de mídia social.

Na quinta-feira (20/02), Sukatani publicou um vídeo de esclarecimento e pedido de desculpas em suas contas de mídia social. No vídeo de desculpas, a banda, que normalmente se apresenta anonimamente usando máscaras, foi convidada a se apresentar sem as máscaras. Suas músicas também foram retiradas de todas as plataformas musicais.

A BBC entrou em contato com o pessoal da Sukatani para pedir confirmação, mas a pessoa em questão não quis fornecer informações.

Por meio de sua história no Instagram, Sukatani relatou que eles estavam bem e em um local seguro.

“Também gostaríamos de informar que nossa condição melhorou e estamos em um lugar mais seguro”, escreveu Sukatani em seu Instagram, sábado (22/02).

Sukatani expressou gratidão pelo apoio e solidariedade que várias partes lhes deram recentemente. “Nós da Sukatani gostaríamos de expressar nossa mais profunda gratidão pelo apoio e orações de todas as partes nos últimos dias”, escreveu Sukatani.

“Nós realmente apreciamos a solidariedade dos nossos amigos que nos mantém fortes”, continuou Sukatani. A hashtag #wewithsukatani virou destaque no X depois que Sukatani postou um vídeo de esclarecimento e pedido de desculpas ao Chefe de Polícia.

Muitos músicos apoiam a banda, mas muitos internautas criticam a polícia que estaria silenciando a liberdade de expressão nas artes. “Neste mundo, não há uma única pessoa que se desculpe voluntariamente por ter sido gravada em vídeo e retire seu trabalho sem coerção”, escreveu Okky Madasari, escritor e sociólogo, por meio de sua conta nas redes sociais.

Vocalista da banda Sukatani é demitida como professora

A Escola Primária Mutiara Hati IT em Banjarnegara, Java Central, confirmou que Novi Citra Indriyati, vocalista da banda Sukatani, já foi registrada como professora na escola e agora foi demitida.

O diretor da Escola Primária Mutiara Hati IT, Eti Endarwati, disse que a demissão de Novi não se deveu à canção de Sukatani intitulada “Bayar Bayar Bayar”, que se tornou viral nas redes sociais.

Ele disse que a demissão de Novi ocorreu muito antes do vídeo de esclarecimento de Novi ou da música “Bayar Bayar Bayar” se tornarem virais nas redes sociais.

“É verdade que ela foi demitida, mas o problema não é a música e o incidente viral”, disse Eti Endarwati. Eti revelou que Novi Citra Indriyati foi demitida do cargo de professora desde quinta-feira, 6 de fevereiro de 2025.

Segundo ele, Novi, que leciona na Mutiara Hati desde 2022, não é mais contratada como professora na escola porque violou o código interno de ética. “Relacionado à lei islâmica”, disse Eti.

Eti enfatizou que todos os professores da escola são obrigados a cumprir o código de ética. “Portanto, há regras que se aplicam a todos e há um código de ética para nossos professores. A violação mais fundamental do código de ética é a exposição das partes íntimas do professor”, explicou ele.

“O código de ética foi socializado no início do registro e desde o começo ela já sabia das consequências. Então, descobrimos nas redes sociais dela que havia partes de suas partes íntimas que estavam expostas”, disse ele.

Eti disse que Novi tinha sido professora titular. Novi também se comportava bem e tinha competência adequada.

Quais são as respostas dos músicos e ativistas?

O vocalista da banda de punk rock MCPR, Alby Moreno, acredita que a música “Bayar Bayar Bayar” “encontrou seu lugar” em meio à polêmica em andamento.

“Como compositores, definitivamente escreveremos e gravaremos todas as formas de ansiedade que sentimos. Essa também é uma forma de honestidade do músico em relação ao seu trabalho”, disse Alby.

A música “Bayar Bayar Bayar” pareceu “encontrar seu lugar” como grito de guerra para os protestos.

Segundo Alby, isso é indissociável dos resultados do trabalho que é feito “de coração”, de modo que atrai o interesse de muitas pessoas que têm “as mesmas preocupações”.

Alby disse que a questão Sukatani foi compartilhada por tantas contas nas redes sociais que sua música “representa perfeitamente que todos nós estamos ansiosos sobre a liberdade de expressão e opinião”.

“Especialmente como músicos, para nós [liberdade] é algo que absolutamente precisamos ter”. Alby aprecia que tanto os músicos da cena quanto os ouvintes estejam conectados através da música “Bayar Bayar Bayar”. “Ainda estamos na mesma sala. Ambos sentimos que compartilhamos o mesmo destino”, disse ele.

Enquanto isso, o Diretor Executivo da Anistia Internacional Indonésia, Usman Hamid, lamentou o incidente de remoção de obras de arte de espaços públicos sofrido por Sukatani.

Usman disse que “seria impossível para o grupo musical Sukatani fazer um vídeo de desculpas dirigido ao Chefe de Polícia e sua equipe” se não houvesse “pressão”.

“A Anistia pede que o Chefe de Polícia tome imediatamente medidas corretivas em relação à suposta pressão de qualquer forma sobre o grupo musical Sukatani”, disse ele na sexta-feira (21/02).

“A polícia deve revelar quem são as partes que supostamente pressionaram Sukatani a fazer um vídeo de desculpas e retirar a música Bayar Bayar Bayar do espaço público.”

Em dezembro de 2024, a abertura da exposição individual de Yos Suprapto foi cancelada porque várias obras do pintor de Yogyakarta foram consideradas muito críticas ao governo.

‘Como um déjà vu, de repente o espírito da Nova Ordem está de volta’

O observador musical e ex-editor da edição indonésia da revista Rolling Stones Wendi Putranto disse que o que aconteceu com a banda Sukatani foi “absolutamente” uma “repressão à liberdade de expressão e discurso que, ironicamente, veio dos próprios policiais”.

Wendi avaliou que “as tentativas de reprimir” Sukatani eram como “despejar gasolina em uma pilha de palha seca que nos últimos dias se tornou muito inflamável”. Isso, disse ele, “escapou dos cálculos da repressão policial”.

Wendi acredita que o grupo Sukatani reflete a verdadeira “alma punk”. Aos olhos do observador musical, a identidade do grupo era “autêntica”, “rebelde” e “anárquica” tanto em termos de vestimenta quanto de letras de músicas.

“Quer eles tenham percebido ou não, até mesmo o esforço de retirar a música e o vídeo de desculpas foi muito tático para desencadear uma resistência generalizada”, explicou Wendi.

Wendi acrescentou que a última vez que ocorreu um incidente de repressão severa contra a liberdade de expressão na música, como o sofrido por Sukatani, foi durante a era da Nova Ordem, especificamente na década de 1980.

“Então é como um déjà vu, de repente o espírito da Nova Ordem está de volta com a repressão contra Sukatani”, disse ele.

Fonte: BBC News Indonésia

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agência de notícias anarquistas-ana

Na brisa da tarde
penugens de um passarinho
cada vez mais longe.

Tânia D’Orfani

[EUA] Suprema Corte da Pensilvânia nega a Mumia Abu-Jamal permissão para apelar

Essa negativa encerra a contestação judicial de Mumia no estado da Pensilvânia para anular sua condenação.

por Rachel Wolkenstein, advogada

1º de abril de 2025 – Em setembro de 2024, o Tribunal Superior da Pensilvânia negou o sexto pedido de Mumia Abu-Jamal ao estado para reverter sua condenação de 1982. Um pedido à Suprema Corte da Pensilvânia por permissão para apelar foi negado em 26 de março de 2025. Na Pensilvânia, apelar à Suprema Corte estadual não é um direito automático; é necessário apresentar um pedido específico de “autorização” (permissão). Essa negativa da Suprema Corte encerra a contestação de Mumia à sua condenação no sistema judiciário do estado.

A juíza Lucretia Clemons assumiu o caso de Mumia em dezembro de 2021 e, sem realizar uma audiência, emitiu uma negativa em 31 de março de 2023. Esse sexto pedido se baseava em novas evidências corroborativas de má conduta da promotoria, violações do caso *Brady*, por incentivos não revelados dados às testemunhas Cynthia While e Robert Chobert; além de novas evidências de viés racial na seleção do júri, uma violação do caso *Batson*.

Esse sexto pedido não incluiu as substanciais evidências já presentes nos registros das audiências realizadas entre 1995 e 1997 diante do infame juiz Albert Sabo, nem as volumosas provas recém-descobertas da inocência de Mumia e da falsificação de provas contra ele por parte da polícia e da promotoria, que foram apresentadas aos tribunais estaduais e federais entre 2001 e 2003.

Nenhuma dessas novas provas de inocência foi considerada pelos tribunais. Todos esses documentos foram rejeitados com o argumento de que foram “apresentados fora do prazo”. No entanto, nenhuma das provas descobertas entre 1995 e 2003 foi incluída no sexto pedido, o que era necessário para fundamentar o argumento legal de que as novas evidências apresentadas em 2021 eram “materiais” e justificavam a anulação da condenação de Mumia.

A prisão, condenação e sentença de morte de Mumia foram politicamente motivadas e racialmente enviesadas. As evidências reveladas ao longo das décadas seguintes à sua condenação comprovam que Mumia é inocente e foi incriminado. A militância e as futuras ações, assim como novos desafios legais para conquistar a liberdade de Mumia, devem partir do entendimento de que ele é inocente e foi vítima de um complô envolvendo a polícia da Filadélfia, a promotoria, os tribunais da Pensilvânia e o FBI/Departamento de Justiça dos EUA.

A *Mumia Freedom Tour* (Turnê Pela Liberdade de Mumia), que acontecerá de 21 a 25 de abril, na semana do aniversário de 71 anos de Mumia, ocorrerá em diversas localidades da Área da Baía de São Francisco – incluindo Oakland, San Francisco e San Jose. Essa campanha é liderada por Jamal Ibn Mumia, filho mais velho de Mumia. Jamal falará sobre o impacto das crenças e ações de seu pai como integrante dos Panteras Negras, jornalista lendário, autor prolífico e combatente pela liberdade encarcerado, na vida dos filhos e netos de Mumia. Ele discutirá o objetivo da turnê: construir uma campanha renovada e vigorosa para lutar pela liberdade de Mumia e conquistar sua libertação incondicional da prisão.

Rachel Wolkenstein também participará dos eventos, destacando as evidências da inocência de Mumia e da armação contra ele.

Rachel Wolkenstein atua como advogada de Mumia desde 1987; foi coadvogada entre 1995 e 1999 durante a tramitação de seu primeiro pedido de revisão pós-condenação (PCRA); responsável pela investigação das provas; e chegou a ser presa no tribunal pelo juiz Sabo, em agosto de 1995, por se opor à negação da intimação de uma testemunha que deporia sobre os métodos de seleção de júri que resultaram em painéis racialmente segregados.

Fonte: https://sfbayview.com/2025/04/pennsylvania-supreme-court-denies-mumia-abu-jamal-permission-to-appeal/

Tradução > Contrafatual

agência de notícias anarquistas-ana

Um sopro de brisa —
A barra da cortina
suave, ondulando…

Guin Ga Eden

Grandes protestos na Espanha sobre crise imobiliária devido ao aumento dos aluguéis, conversão de casas em apartamentos turísticos e especulação

Em 5 de abril de 2025, dezenas de milhares de pessoas se manifestaram em toda a Espanha contra a chamada “crise imobiliária”. Cerca de 150.000 pessoas participaram da manifestação em Madri, enquanto manifestações menores foram realizadas em cerca de 40 cidades.

Os manifestantes protestavam contra a especulação imobiliária. Na Espanha, a habitação tornou-se a questão social número um, com o aumento dos aluguéis, a conversão de casas em apartamentos turísticos e a especulação tornaram o aluguel inacessível para muitos.

Esta manifestação faz parte de uma onda maior de protestos por moradia na Espanha. De tempos em tempos, acontecem manifestações e protestos relacionados à moradia, como a grande manifestação em Barcelona em 23 de novembro de 2024, onde os manifestantes exigiram uma redução de 50% nos aluguéis e ameaçaram fazer greve se a situação não melhorasse.

Além disso, o movimento de ocupação tem uma longa história na Espanha. Desde 2011, grupos como a PAH (Plataforma de Afetados pela Hipoteca) ocupam prédios vazios de bancos para abrigar famílias, promovendo a ideia de moradia como um direito sobre a propriedade privada.

1/10 do estoque habitacional na Espanha foi comprado por investidores ou convertido em aluguéis turísticos, reduzindo drasticamente a oferta de moradias para os moradores. Os aluguéis na Espanha dobraram nos últimos 10 anos, de 7,2 euros por metro quadrado em 2014 para 13 euros em 2024, enquanto as rendas, especialmente dos jovens, não acompanharam esse aumento. Além disso, 1,4 milhão de famílias na Espanha gastam mais de 30% de sua renda em moradia, 200.000 a mais que há 10 anos.

A crise imobiliária levou a uma desigualdade crescente, já que apenas os mais ricos podem pagar os aluguéis em grandes cidades, como Barcelona e Madri. A conversão de casas em apartamentos turísticos agravou o problema, principalmente em destinos turísticos como Barcelona.

Em Barcelona, ​​os manifestantes do dia 5 de abril levantaram palavras de ordem como: “Nem pública nem privada, moradia autogestionada”.

agência de notícias anarquistas-ana

Soneca da tarde.
Uma brisa companheira
chega sussurrando.

Alberto Murata

[Grécia] Contra o crime capitalista estatal em Tempe | Greve Geral em 09/04

Já se passaram dois anos desde a colisão de trens em Tempe, que matou pelo menos 57 pessoas e feriu muitas outras. Desde o primeiro momento, o aparato estatal e as instituições tentaram encobrir o que está se tornando cada vez mais claro a cada dia. Não foi um acidente, mas foi um assassinato capitalista de Estado!

Por mais que tentem suprimir as vozes da raiva e do protesto para que o capital possa fazer seus negócios em paz, é ainda mais necessário resistir às políticas estatais que levam a mortes nas fronteiras, nos trilhos e no mar.

A raiva não pode ser escondida, nem pode esperar que a justiça burguesa apresente suas conclusões. A rua é a única arma que temos em nossas mãos.

Todos nós nas ruas, todos nós em greve na quarta-feira, 9 de abril.

athens.indymedia.org

agência de notícias anarquistas-ana

na barra sul do horizonte
estacionavam cúmulus
esfiapando sorvete de coco

Guimarães Rosa

[Holanda] Evento de reparo de bicicletas da Comunidade ABC

Sua bicicleta está fazendo um barulho estranho? Você só precisa de uma chave inglesa de 15 mm para apertar as rodas? Ou quer melhorar sua bicicleta? A ABC está organizando uma sessão comunitária de reparo de bicicletas no Vrankrijk na 1ª e 3ª terças-feiras do mês, das 13:00 às 17:00.

Esse evento é organizado pela ABC, a Anarchist Bike Collective. Queremos realmente construir o compartilhamento de bicicletas. Com a crescente repressão contra ativistas e manifestantes, é fundamental criarmos recursos comunitários e praticarmos a provocação não violenta.

Inspirados pelas bicicletas brancas de Provo, temos consertado e distribuído bicicletas com cadeados de combinação em Amsterdã. Portanto, se você quiser consertar sua bicicleta ou tiver ideias sobre como obter, manter e utilizar o verdadeiro compartilhamento de bicicletas, venha tomar um chá.

Vrankrijk, Spuistraat 216, Amsterdam

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Brisa matinal —
O cãozinho fecha os olhos
por alguns instantes.

Edson Kenji Iura

[Espanha] Próxima edição: “Destrua o sistema. Punk anarquista como cultura de resistência”

Uma compilação de ensaios de todo o mundo sobre como o punk anarquista influenciou e inspirou a resistência em diversas lutas. O punk e o anarquismo estão entrelaçados desde que o punk irrompeu pela primeira vez na consciência pública há cerca de 47 anos e, embora a relação seja complicada (e não onipresente), o anarquismo tem sido identificado como a “principal companhia política” do punk. No entanto, a pesquisa aprofundada sobre as conexões entre o anarquismo e o punk tem sido escassa: ou é dada como certa, ou fica escondida no fundo de outros temas de análise, ou é totalmente ignorada. Vamos mudar essa situação com a publicação de quatro livros sobre diversos aspectos da relação entre o punk e o anarquismo, este é o primeiro!

As cenas punk anarquistas deste primeiro livro abrangem África do Sul, Cuba, Venezuela, Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, País Basco, Chile, República Tcheca, Croácia, Grécia, Reino Unido, Estados Unidos, Indonésia, Japão e China.

“Destrua o sistema! Punk anarquista como cultura de resistência”, 416 páginas. 19 cm x 14 cm.

Edição de Jim Donaghey, Caroline Kaltefleiter e Will Boisseau. Capa de Guy Denning.

Tradução da edição da Active Distribution, a quem agradecemos a confiança para editá-los em espanhol.

Up the Punks Rats!

editorialimperdible.com

Tradução > Liberto

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todos aos abrigos:
a avó de novo
com o mata-moscas

Elizabeth St. Jacques

[Grécia] Solidariedade internacional com o companheiro Salvatore Vespertino Ghespe

Em 15 de fevereiro, o companheiro anarquista Salvatore Vespertino (Ghespe), que estava foragido há dois anos, foi preso em Madri (Espanha). De acordo com a mídia, sua prisão foi resultado da cooperação entre as autoridades de vários países, incluindo a Grécia.

O companheiro foi transferido para a Itália em 4 de março, inicialmente para a prisão de Rebibbia, em Roma, e atualmente está detido na prisão de Spoleto. Ele foi condenado a 8 anos de prisão sob a acusação de posse, fabricação e transporte de um dispositivo explosivo, lesões corporais graves e danos no contexto da operação Pânico de 2017 em Florença. O dispositivo explodiu nas mãos de um policial de eliminação de bombas que nem sequer seguiu os protocolos de segurança e perdeu um braço e um olho. O companheiro foi condenado com base na única evidência de um teste de DNA que foi realizado de forma grosseira e não pode ser repetido. Afinal de contas, não é a primeira vez que misturas de DNA são usadas como prova para incriminar militantes pelas autoridades, enquanto métodos como o mencionado acima estão sendo contestados pela própria ciência. Análises que são realizadas nos laboratórios dos policiais e da autoridade policial em questão, com tudo o que isso implica em termos de confiabilidade dos resultados, não dando aos que estão sendo processados a oportunidade de um reexame.

De nossa parte, estamos em solidariedade inegociável com o companheiro que está preso nas celas da democracia. Por mais que o poder mobilize seus diversos mecanismos para prender e isolar os companheiros, para neutralizar e reprimir as lutas, para semear o medo, sempre nos oporemos. Enquanto os Estados se armarem com novos meios de repressão, fortalecerem os acordos transnacionais para proteger o capital e sua própria existência, enquanto tentarem eliminar qualquer vestígio de resistência dos indivíduos em luta, devemos mostrar nossa solidariedade internacionalista e não esquecer nenhum prisioneiro da guerra social e de classes. Da Itália das repetidas operações repressivas contra ocupações e companheiros e companheiras anarquistas à Alemanha da constante caça às bruxas de antifascistas e ex-membros de organizações armadas, sempre estaremos ao lado daqueles que lutam, se rebelam e se revoltam.

DA GRÉCIA À ITÁLIA, UMA LUTA MULTIFACETATA PARA DESTRUIR TODAS AS FORMAS DE PODER
SOLIDARIEDADE AO COMPANHEIRO ANARQUISTA GHESPE
FOGO EM TODAS AS PRISÕES E CELAS
ATÉ A LIBERTAÇÃO TOTAL

Assembleia de solidariedade com os prisioneiros, militantes presos e perseguidos

Conteúdo relacionado:

https://noticiasanarquistas.noblogs.org/post/2025/04/03/italia-o-companheiro-ghespe-foi-transferido-para-a-prisao-de-spoleto/

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Até do tô-dango
os bolinhos se encolhem –
Vento de outono.

Morikawa Kyoriku

[México] Maio Anarquista. Rodada pela memória anárquica.

A 114 anos da Insurreição anarquista em Tecate, Tijuana e Mexicali, território ocupado pelo estado mexicano.

Por Mauricio Morales e os companheiros insurretos de Chicago.

A memória… como um motor que impulsiona a ação defensora, como parte de nossa prática política permanente que se nutre de nossa história“… Francisco Solar – preso anarquista no estado $hileno.

A história não é um produto de museu nem tampouco a memória em um baú no qual olhar com nostalgia ansiando um passado ou futuro melhor.

A memória e a história especificamente a que nos atravessa como anarquistas, são deflagradores que impulsionam em seguida de um posicionamento em tensão contra o poder e toda forma que este adquira.

Mesmo posicionamento que iniciaram nossos companheiros presos, foragidos, assassinados, acidentados, exilados, desaparecidos, caminho insurreto que nunca se acaba porque a anarquia não é um ponto de chegada nem um paraíso terreno utópico cristão. A anarquia é tensão contra um estado das coisas.

A anarquia não morre na boca prevalece nas mãos ativas” – Mauricio Morales.

* Em breve mais infos.

agência de notícias anarquistas-ana

Ah! Oh! É tudo
O que se pode dizer —
Monte Yoshino em flor.

Yasuhara Teishitsu

“Estamos aqui! Somos queer! Somos anarquistas”, de Edward Avery-Natale

“Nos protestos contra o G20 em Pittsburgh, em 2009, um grito popular entoava a frase: “We’re here! We’re queer! We’re anarchists, we’ll fuck you up!” [Estamos aqui! Somos queer! Somos anarquistas, vamos acabar com vocês!”]. No entanto, é quase impossível que todos os integrantes do black bloc que entoaram esse grito se identificassem como queer em sua vida cotidiana. Neste artigo, defendo que a autoapresentação dos participantes do black bloc, especialmente quanto ao mascaramento do rosto com uma bandana preta e ao uso da própria cor preta, permite a destruição de uma identificação anterior e a recriação temporária de uma nova identificação. Enfatizo as teorias desenvolvidas por Deleuze & Guattari e Giorgio Agamben. Também analiso uma zine produzida pelos organizadores da resistência ao G20 em Pittsburgh para mostrar que minha interpretação da subjetividade black bloc se espelha nas reivindicações dos participantes do black bloc.”

>> O texto completo pode ser lido aqui:

https://transanarquismo.noblogs.org/files/2025/03/Edward-Avery-Natale-Estamos-Aqui-Somos-Queer-Somos-Anarquistas.pdf

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No telhado ao lado,
Sinfonia de pardais —
Ah… chuva vernal!

Teruko Oda