Comunicado:
“Desde a África até a América Latina e da Ásia a Europa e América do Norte, os espaços de resistência não só não se extinguem, senão que voltam a se ascender constantemente. Se isto envolve aos movimentos e as formações coletivas, nem que sejam menores numericamente, mais individualidades questionarão o existente.”
— G. Dimitrakis
Vivemos em um tempo onde tudo está liquidado. Se nos anos anteriores o que podiam nos oferecer era o debilitamento do consumo e da evolução social, a partir de agora a única promessa é a de uma morte lenta. No momento em que a crise econômica se torna mais e mais profunda, mais e maiores segmentos da sociedade se radicalizam e se opõem ao existente. A luta através de todos os meios contra o Estado e os chefes têm se intensificado. Da luta de Keratea e Lefkimmi, a greve de fome dos 300 trabalhadores imigrantes, o movimento “Eu não pago”, os selvagens golpes dos enfrentamentos nos centros das metrópoles, as sabotagens a objetivos governamentais e capitalistas, os incêndios provocados para a desestabilização das estruturas do regime pelas organizações revolucionárias.
O Estado, por sua vez, levanta seu arsenal legal, material e técnico, tendo como principal objetivo o extermínio do “inimigo interno”. Devido a nova utilização de caminhões blindados com jato de água antidistúrbios e dos contínuos exercícios militares para reprimir as manifestações não conseguem impor a ordem, sem novas leis terroristas, sem novas “guilhotinas” para cair sobre as cabeças das partes mais militantes.
A atualização da humilhação através dos meios de comunicação não funciona só como um difusor de falsas notícias. Estas despolitizam e apresentam como simples crimes a atores políticos, anarquistas, revolucionários e lutadores. E neste caso, tomar medidas enérgicas por causa do inimigo interno é de grande importância, precisamente porque é a parte social-radical “perigosa”, a que é consciente de si mesma e que combate ao moderno totalitarismo. Este é o elemento regulador do equilíbrio, a promessa da existência e da continuidade do próprio capitalismo. Aqui a força antiterrorista, o “orgulho” da polícia grega, toma o controle… Cria perfis e os canaliza através da imprensa, que divulgam o segredo das conversas telefônicas e transformam as relações de amizade em “organizações terroristas”. Isto vai em direção à fabricação de montagens, como é o caso de Christos Politis. Precisamente por isso que não há margens para erros. O sistema está doente e os opositores políticos devem ser exterminados e isto se torna muito claro.
Se a partir de agora para nós existe uma aposta, esta é na continuidade da luta. E parte desta luta é nossa solidariedade aos combatentes presos e aos presos políticos. Se a escolha de sabotar as estruturas da soberania é um momento de ruptura e agressividade da guerra social de classes, a solidariedade é a relação qualitativa que une as diferentes partes que contribuem na própria desestabilização, estas partes que – conscientemente ou não – se movem muitas vezes agressivamente contra a estrutura capitalista.
Nós assumimos a responsabilidade dos incêndios provocados na quarta-feira, dia 2 de março de 2011, em:
• Eurobank na rua Ethnikis Antistaseos en Kesariani.
• Secretaria de Impostos em Holargos, na rua Eleftherios Venizelos.
• Diretórios locais da Nova Democracia (partido opositor de direita), na rua Panagi Tsaldari, área de Tarros.
Dedicamos nossas ações a:
Christos Politis, que está preso sem nenhuma prova em função de sua ação subversiva, assim como aos 5 que estão acusados pelo mesmo caso.
Aris Sirinidis que está sendo processado e seu julgamento será o “programa piloto” de uso de DNA nos julgamentos políticos.
Solidariedade com os companheiros chilenos que estão em greve de fome pelo “Caso Bombas”.
Liberdade a todos os lutadores presos!
Honremos para sempre Lambros Foundas!
Skie(r)s¹ para propagar a sabotagem noturna
[1] Jogo de palavras, se tirar a letra (r) significa “sombras” em grego.
Tradução > Juvei
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!