No Teatro Verdi via-se penduradas as bandeiras vermelhas e pretas que enfeitavam os palcos e meio milhar de pessoas encheram a sala localizada no coração de La Boca. Poderia se referir a uma imagem tirada de outra época, quando congressos dos trabalhadores eram freqüentes no bairro de Buenos Aires. No entanto, o aniversário da Federação Obreira Regional Argentina, que completou, no último dia 25 de maio, 110 anos de existência, longe de ser um ato de evocação nostálgica de gloriosos tempos, foi um ato de reivindicação do ressurgimento do sindicalismo revolucionário.
Por mais de quatro horas, os mais de 500 trabalhadores vindos de diferentes partes do país, revisaram a história da organização e analisaram a perspectiva de luta atual. Nesta época, as práticas foristas encontram vigor e legitimidade na causa da ditadura sindical da CGT, corporativista e subserviente ao interesses dos empregadores, que cada vez mais se distancia de ser a resposta que esperam os trabalhadores.
Pelo palco do teatro foram passando diferentes atores do passado e presente da FORA, que abordaram diferentes posições-chave que levaram a esta organização secular a escrever as páginas mais brilhantes do movimento operário argentino. Além disso, realizou-se uma análise das perspectivas de ação que se abrem após importante processo de reestruturação realizado pelas novas gerações que conseguiram reposicionar novamente a FORA como um forte instrumento que os trabalhadores têm para conseguir sua emancipação.
O evento, que também contou com a presença de Carlos Marín, militante da CNT (Espanha) e delegado da Associação Internacional Trabalhadores (AIT), reuniu membros de todas as sociedades de resistência da Federação, bem como coletivos anarquistas afins, que mostraram seu apoio a uma organização gremial, que não só pode se orgulhar de ser a única remanescente fiel à sua ideologia, e que fortemente começa a renascer na Argentina.
Assessoria de Imprensa – Conselho Federal Fora (foracf@fora-ait.com.ar)
Quinta-feira, 26 de maio de 2011
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!