Aconteceu nesta quarta-feira (19 de outubro) na Grécia outro dia de greve geral; em Atenas foi registrado o maior protesto popular contra o Regime. Ontem, o Parlamento grego aprovou em primeira votação mais um pacote de medidas que prevê demissão de funcionários públicos e redução de salários e aposentadorias. Hoje acontece a segunda votação e o segundo dia da greve geral. A seguir curtas dos protestos em algumas cidades gregas durante o primeiro dia da greve geral.
Cerca de 1.000.000 de pessoas protestaram nas ruas de Atenas. Muitas pessoas comparam o protesto com o primeiro aniversário da queda da ditadura, que na época tinha reunido mais de 1.000.000 de pessoas.
Milhares de pessoas enfrentaram os policiais em diferentes pontos do centro de Atenas (e não apenas fora do Parlamento) com paus, pedras e coquetéis molotov.
Na cidade de Volos, mais de 12 mil protestaram pelo centro da cidade. O bloco anarquista-autônomo tinha cerca de 600 pessoas. Foram registrados fortes distúrbios, com ataques contra bancos e a polícia; muitas barricadas foram erguidas.
Na pequena cidade de Amfisa, cerca de 500 pessoas tomaram as ruas.
Rézimno (Ilha de Creta). Uma das maiores manifestações que a cidade presenciou, com aproximadamente 3.000 pessoas. Houve lançamentos de ovos e sacos de tinta contra bancos e carros patrulha da polícia.
Cidade de Komotini. Cerca de 300 pessoas protestaram.
Chania (Ilha de Creta). Mais de 10.000 pessoas nos protestos de rua. Houve a participação de um grande bloco anarquista. Ataques a bancos, caixas eletrônicos e contra um neonazista, membro do Amanhecer Dourado (a ambulância o levou para o hospital).
Cidade de Ioannina. Manifestação com cerca de 6.000 pessoas. O bloco da ESE (União Sindicalista Libertária) foi um dos maiores com mais de 500 pessoas.
Kalamata. Enorme manifestação chamada pela Assembléia Popular da cidade e pela Casa do Povo.
Ilhas de Jíos. A maior manifestação na história da ilha com cerca de 5.000 pessoas.
Larisa. Grande manifestação com a presença de um combativo bloco anarquista. A polícia tentou dispersar o bloco atacando-o, mas sem sucesso. Barricadas foram erguidas, e houve confrontos entre manifestantes e a polícia. Vários bancos foram atacados.
Ksánzi. Mais de 3.000 pessoas foram às ruas. Após a manifestação foi realizada uma Assembléia Obreira com a participação de cerca de 500 pessoas.
Serres. Cerca de 1.300 pessoas nos protestos de rua.
Sitia (Ilha de Creta). Cerca de 300 pessoas foram às ruas da cidade.
Nafplion. Grande manifestação com aproximadamente 1.000 pessoas.
Ptolemaida. Cerca de 1.000 pessoas nos protestos de rua. Houve uma presença anarquista com alto-falantes e distribuição de panfletos.
Orestiada. Cerca de 150 pessoas nos protestos de rua.
Corfu (Ilha de Corfu). Manifestação com aproximadamente 6.000 pessoas. O bloco anarquista tinha cerca de 80 pessoas. Ocorreram lançamentos de ovos e sacos de tinta contra os bancos.
Sparta. Manifestação de cerca de 600 pessoas. Houve presença do Local Autogestionado da cidade com cerca de 60 pessoas. Vários bancos foram pichados.
Mytilene. Manifestação de cerca de 1.000 pessoas. Após o protesto, o edifício sede do Distrito foi ocupado.
Kosani. Cerca de 1.500 pessoas nos protestos de rua. Houve um bloco anarquista.
Agrinio. Cerca de 3.000 pessoas nos protestos de rua.
Trikala. Cerca de 400 pessoas nos protestos de rua. O bloco anarquista juntou cerca de 30 pessoas.
Heraklion (Ilha de Creta). Forte manifestação com cerca de 15.000 pessoas. Grande bloco anarquista presente. Câmeras de vigilância foram destruídas, ataques a bancos, destruíram um carro patrulha da polícia, enquanto em outro o material foi expropriado.
Tessalônica. Grande manifestação com mais de 50.000 pessoas. Houve confrontos duros e ataques contra bancos e lojas de luxo.
Fotos:
http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1343855
http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1343793
agência de notícias anarquistas-ana
A Lua parece
uma canoa de prata
no mar infinito.
Humberto Del Maestro
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!