Com uma alta visitação, a 2º Feira da Autogestão aconteceu em Montreuil nos dias 8 e 9 de junho de 2013, e teve novamente sucesso, dados os objetivos que traçou:
Sobre a forma, ser uma “feira”, uma mistura de elementos amigáveis (música, cantina aberta, espaço infantil, discussões informais), estruturas políticas ou sindicais autogestionárias, ateliês de autonomização, cooperativas de produção autogestionada…;
Sobre o fundo, reunir as atrizes e atores da autogestão, em sua diversidade: de associações de pesquisa sobre autogestão aos coletivos autogeridos, até teóricos exigentes procurando renovar um projeto global de sociedade, àqueles que praticam uma autogestão no cotidiano.
A Feira permitiu à diferentes famílias autogestionárias compartilhar e confrontar suas aproximações, práticas e exigências cotidianas nas lutas e sobre o projeto de sociedade. O programa [da Feira] atesta isso.
Note-se que, dentre as 80 estruturas (sindicatos, cooperativas, associações, coletivos e organizações políticas) que compuseram o evento, um espaço cada vez maior tem sido dado à ecologia radical (confirmando assim a tendência da primeira feira). Assim, notavelmente, a ZAD de Notre-Dame-des-Landes [luta contra o projeto do aeroporto internacional de Nantes] foi foco de muitos debates.
Novidade dessa 2º edição: a vinda em peso de ateliês de autonomização (recuperação ou “Do It Yourself”), de fabricação de produtos de limpeza ou cosméticos, de construção de muitos “jerrys” (computadores construídos à base de recuperação), ateliês de apropriação do digital (com uma Vila do Software Livre), ateliês de vídeo e até consertos de bicicletas, passando por uma de iniciação em autodefesa feminista.
A Feira também, como no ano anterior, deu espaço aos momentos de realização coletiva, como a gestão horizontal da cozinha que garantiu as refeições durante os dois dias.
Feira viva e alegre, mas pela qual pairou o espírito do jovem Clément Méric, assassinado [por fascistas] algumas horas antes da abertura da Feira. Depois de uma homenagem pública de numerosos participantes, muitos seguiram para a manifestação organizada em Paris, na sequência do concerto de apoio à Ação Antifacista Paris-Banlieue.
Ateliês e fóruns da feira permitiram trocas em torno de um programa denso. Aliás, não só os ateliês, mas também os debates e fóruns, o teatro, com a peça Side in/Side out, a música, exposição de cartazes… sem esquecer a excelente cerveja da microcervejaria Zymotic.
Nós deixamos às estruturas participantes o cuidado de reportar e comentar o conteúdo dos debates e fóruns nos quais tiveram participação.
Quanto ao ambiente geral, veja o slideshow [imagens “iradas”] neste link:
http://www.flickr.com//photos/81811028@N05/sets/72157634144127670/show/
Obrigado a todos os participantes sem os quais essa Feira não seria plenamente pluralista, anticapitalista e autogestionária.
O comitê de organização da 2º Feira da Autogestão, 12 de junho de 2013.
Tradução > TAZ
agência de notícias anarquistas-ana
Nas frestas das árvores
o sol, a névoa, a poeira —
novo amanhecer
Marba Furtado
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!