Sede do PSB sofre ataque incendiário em Porto Alegre

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[A sede estadual do Partido Socialista Brasileiro (PSB), em Porto Alegre (RS), sofreu um ataque perpetrado por desconhecidos na madrugada deste sábado (21 de setembro). Pneus foram colocados junto à porta do prédio, situado na Rua Barros Cassal, e queimados. Vizinhos perceberam o fogo por volta das 2h15, e acionaram a empresa de segurança do local. Não houve danos dentro do imóvel. Um bilhete foi deixado no local. A seguir, reproduzimos o bilhete encontrado junto a sede do PSB escrito supostamente pelos autores do ataque; e a nota de repúdio publicada no site do partido assinada pelo presidente estadual do PSB.]

Panfleto encontrado junto às chamas:

Toma! Por quê?

Parasitas, piolhos de pomba, conchavam em favor de suas ganâncias, por detrás desta cortina de ferro agora marcada a fogo. Poderia ser qualquer sede de partido político, aparentam diferenças, mas todos representam o mesmo, controlar a sociedade e cada ser, arrebanhando as pessoas, mantendo-as como cidadãs ao peso do martelo das leis da ditadura democrática, escravizadas no trabalho. Não nos convencem o contrário.

Por hora ascendemos esta fogueira no PSB na intenção de demonstrar nossa solidariedade com as quatro pessoas sequestradas pela “polícia política” do Pernambuco para interrogá-las com choque elétrico e espancamentos procurando informações sobre Black Bloc e Anonymous.

E foi neste covil onde Eduardo Campos (PSB), governador de Pernambuco, a pouco esteve sorridente lançando campanha para eleições presidenciais de 2014.

Um salve especial aos jovens combatentes do 7 de setembro que seguem sequestrados nas masmorras penitenciárias, um no Rio de Janeiro (RJ), e Rodrigo e Ameba em Belo Horizonte (MG).

Quem luta contra o poder não está só. De norte a sul, do Chile a Grécia, da Turquia a Indonésia.

Nos solidarizamos também com os detidos no Rio de Janeiro (RJ) pré 7 de setembro.

Chovendo no molhado destacamos a todos\as que têm optado conspirar e atacar o poder ,Estado\Capital, suas instituições, promovedores e também todas relações de autoridade, que esta decisão traz consequências, descarte a vitimização, afinal isto é uma guerra e mais que nada amigos\as pulem fora do Facebook ou irão em suas casa assim fácil. Procurem outros caminhos informais para se comunicar com os rebeldes e incitar a rebeldia, a ousadia de tomarmos nossas vidas para nós, a paixão em criar autonomia, em buscar a liberdade e atacar tudo o que a ofenda. Há muito que fazer!

Desta vez tentamos assim: um incêndio, um panfleto… e que se espalhe com o vento!

Texto divulgado pelo PSB estadual, na íntegra:

O PSB/RS manifesta seu repúdio ao atentado criminoso ocorrido na sua sede estadual, em Porto Alegre, na madrugada deste sábado, 21 de setembro. O incêndio criminoso na porta de entrada por muito pouco não se transformou em grande tragédia, colocando em risco a vida dos moradores do prédio residencial acima da sede.

Os autores, escondidos covardemente no anonimato, justificaram em bilhete seu crime em razão e solidariedade aos vândalos presos recentemente em manifestações de violência e depredação no país.

Fica evidente, na menção que tenta justificar o crime contra o PSB/RS, a existência de uma rede política e criminosa em nível nacional. Por isso, se impõe à Polícia Federal ação e protagonismo na apuração destes crimes conexos em todo o Brasil.

A Justiça brasileira precisa compreender que não se tratam de atos isolados, de simples danos materiais, mas sim de uma orquestra de guerra, como escreveram os autores do incêndio desta noite.

Confiamos na Polícia gaúcha para que, ao investigar este atentado, possa apurar responsabilidades e prender seus autores.

O PSB lutou e luta pela liberdade, mas não a liberdade para o crime, para depredações e atentados.

Reafirmamos nossa solidariedade ao povo brasileiro em seus legítimos protestos, no exercício soberano de sua livre manifestação, na luta contra a impunidade, corrupção e ausência de resultados sentidos na saúde, educação e segurança pública.

agência de notícias anarquistas-ana

Milhares de filhotes
Na maré de primavera —
Também borboletas!

Sonia Regina Rocha Rodrigues