Publicamos o texto dos detidos na manifestação do dia 18 de setembro, no bairro de Keratsini, realizada poucas horas depois do assassinato do músico e antifascista Pavlos Fyssas (Killiah P) por um batalhão de assalto do bando neonazista Aurora Dourada. O texto foi escrito e publicado em 19 de setembro, um dia depois das detenções.
Na quarta-feira, 18 de setembro, nos detiveram na manifestação que ocorreu no bairro de Keratsini, após o assassinato de Pavlos Fyssas por uma gangue de fascistas no dia anterior. Detenções feitas logo após uma ofensiva das equipes antidistúrbios.
Hoje (19 de setembro), estamos presos na Direção Geral da Polícia de Atenas, e “carregados” com uma série de acusações infundadas de “fatos” que nunca ocorreram. Muitos de nós foram espancados durante a detenção. Estivemos lá e, se pudéssemos voltar no tempo, estaríamos lá novamente: porque uma pessoa foi assassinada, desta vez por suas atividades políticas. Estivemos lá contra o fascismo e os ataques assassinos, seja de gangues neonazistas ou do próprio Estado e da repressão.
Negamos todas as acusações.
Para os nossos perseguidores:
Não vão usar contra nós a teoria dos “dois extremos” – a teoria elaborada por um Estado que mantém “distâncias” iguais contra os fascistas e os antifascistas, a fim de consolidar a imagem de “boa gestão” que supostamente fazem, nos puxando ao barranco da miséria cada vez mais.
Alguns tiveram que ser detidos para que se montasse pela enésima vez a mesma ladainha (a mesma história) das prisões e ataques, semeando o medo entre nós. Estamos muito conscientes de que o jogo é manipulado em prejuízo de todos.
Aqui, conhecendo-nos uns aos outros, nos sentimos mais fortes. Agradecemos a todos/as os/as solidários/as e os/as companheiros/as por estar em toda parte. Queremos manifestar o nosso apoio à família e amigos de Pavlos.
Os detidos e detidas do Departamento de “Proteção do Estado e do Regime Político” desde o 6º andar da Direção Geral da Polícia de Atenas.
agência de notícias anarquistas-ana
Falamos tudo e ainda
há o que
Silenciar
Carlos Vogt
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!