HAVEIS NOS DECLARA A GUERRA
ACEITAMOS!
A crise capitalista veio por as coisas em seu lugar. O capitalismo está mostrando seu verdadeiro rosto, sem máscaras de nenhum tipo.
Nós trabalhadores já não somos cidadãos, e sim súditos, carecemos de qualquer direito em qualquer âmbito. As sucessivas reformas trabalhistas estão possibilitando o retorno da forma de exploração que acreditávamos abolidas.
Os desempregados são abandonados a sua sorte. Nossos direitos, tanto individuais e coletivos assim como políticos, são apenas aparentes. Como assim o demonstra a impunidade com que os corpos repressivos nos golpeiam nas manifestações, nos detêm; o processo contra os lutadores sociais ou os encarceramentos quando se incomoda mais do que é admissível para o Estado, mediante montagens jurídico policiais, sob acusações de pertencer a grupos terroristas.
Somos expulsos de nossas casas, famílias inteiras são jogadas na indigência, são já muitos numerosos os casos de suicídio/assassinato que se têm produzido. E além do mais, devemos procurar não adoecer, pois é possível que acabemos morrendo em qualquer esquina, sem poder receber nem um triste cuidado paliativo.
Desemprego, fome, miséria, desalojos, isto é o que nos oferece a corrupta classe política enquanto eles roubam a mãos cheias, e isto nos vem demonstrar que a via eleitoral é um engano após mais de três décadas de pseudo democracia e de corrupção sistemática dos partidos políticos, deixando claro que o problema é o Estado capitalista.
Enquanto tudo isto acontece, no passado mês de julho o conselho de ministros do Estado fascista espanhol autorizou um crédito extraordinário de 877,33 milhões de euros para o pagamento (com encargo para a dívida pública) de programas de aquisição de armamento pesado, como navios, aviões de combate, helicópteros e tanques. O custo final dos planos especiais de armamento que finalizarão em 2025 será de 29.500 milhões de euros, o que supõe 625 euros por cada cidadão.
Por outro lado o banco Santander obteve um lucro de 2.255 milhões de euros no primeiro semestre de 2013.
Isto deixa claro que o que durante 30 anos têm sido uma guerra escondida e de baixa intensidade contra a classe trabalhadora e as classes mais desfavorecidas deste país, hoje é uma guerra aberta e declarada, para a qual estão utilizando toda sua maquinaria repressiva. Repressão, controle social, tortura, detenções, encarceramentos e assassinatos, tudo vale a estes herdeiros do franquismo para defender os interesses capitalistas. Até quando vamos permitir? Que mais eles nos têm que fazer?
Que é o que tem que acontecer neste país para que os homens e mulheres que lutamos por um futuro em liberdade, igualdade e justiça nos demos conta de que só a unidade, a organização e a luta nos fará livres.
Já não é tempo de ambiguidades, nem meias palavras, nem para falsos debates utilizados como “apaga fogos”. É A HORA DE LUTAR! É a hora de organizar-se, a partir dos centros de trabalho, das fábricas até os institutos e universidades, até a insurreição popular!
Desde o cárcere, que supõe a repressão mais violenta do Estado, desde as entranhas da besta onde me encontro sequestrado, EU O TENHO CLARO: NOS TÊM DECLARADO A GUERRA? EU ACEITO!
Xabier
Prisioneiro Anarquista
Guerra à Guerra!
Tradução > Sol de Abril
agência de notícias anarquistas-ana
Lavadeiras de beira-rio.
Nas águas, boiando,
cores e cantos.
Yeda Prates Bernis
Avante!
Obrigado, Mateus!
Incrível texto. O Nestor não conhecia. Bravo!!
Tradução ruim para o título... No texto - se não nesse, no livro - ele faz uma distinção entre shit…
tmj compas! e que essa luta se reflita no bra$sil tbm!